segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O início











No hospital os enfermeiros conduzia a paciente que estava prestes a dar a luz. Ao longo da operação houve bastante trabalho, a criança nasceu prematura e deveria ser encaminhada com emergência à uma incubadora. Naquela noite, chovia muito e relampejava. Os médicos injetaram o soro fisiológico na mão da criança e ativaram o gás neutro no interior da cápsula. Um primeiro raio atingiu a torre elétrica causando um blecaute em toda região. Mas pelo sistema de gerador de energia usado pelo hospital, as luzes em poucos segundos voltaram ao normal. No computador por onde um dos médicos gerenciava a ativação dos comandos da incubadora houve uma falha. Três comandos tais como controle de temperatura, sondagem e gás foram ativados, porém a válvula giradora responsável pelo filtro de ar, não foi ativada, interrompida pelo blecaute.

A incubadora possuía um sistema de energia própria, não sendo desativada como os outros aparelhos hospitalares. Durante aqueles segundo contribuiu para o acumulo de ar na cúpula. Consequentemente mantinha-se a transmissão do soro, porém o médico notou uma pequena diferença no painel do monitor. De acordo com a imagem simbológica do corpo da criança, havia uma substância desconhecida sendo transmitida ao braço destro. Pelo monitor foi identificada por um pigmento avermelhado. A substância aos poucos atingia todo o ante-braço da criança. No momento em que o médico analisava o histórico de ativação, constatando falha na circulação de ar, ocorreu novamente um relâmpago. Possuía uma carga elétrica extraordinária, uma corrente poderosa tendo a capacidade de danificar o próprio fusível do gerador. Por este motivo a luz do hospital demorou a retornar.


Durante este momento no escuro, os médicos tentavam desativar o sistema da incubadora que mesmo assim permanecia ligado. O sistema foi desativado, impedindo que o soro com a substância desconhecida e o ar acumulado continuassem. Em seguida a luz retorna, não se ouvia mais a voz da criança. Um deles avistou faíscas elétricas em uma das mãos, mas pensou ser algum cabo solto. Este mesmo aperta o botão altomático na máquina, a porta da cúpula se abre, a cortina de gás acumulado no interior sai aos poucos, a criança estava desacordada. O outro médico que gerenciava os comandos pelo computador certificou-se que a criança estava viva pelo batimento cardíaco e reativou devidamente os comandos. Na imagem simbológica do corpo o vestígio avermelhado desaparecia aos poucos e o soro voltava a circular normalmente sendo representado pelo pigmento azulado.





Após a retirada dos médicos, o responsável pelo acompanhamento permaneceu espantado com o fato. Não havia comentado com os outros, mas em particular, fazia uma copia de raio-x em ambos ante-braços. O resultado foi surpreendente, no braço direito havia uma camada escura em comparação ao esquerdo. Com uma injeção ele retira uma amostra e descobre a origem da substância. Seria um oxido nítrico, sintetizado com o magnésio e outras substâncias. A molécula havia sido absorvida para a região óssea. Por ser um gás lipossolúvel, conseguiu absorção dos músculos e mais tarde se difundiu com o cálcio. Um conector permitiu que íons passem diretamente do citoplasma de uma célula para o de outra. A fusão das substâncias causou uma radiação química devido a função endotelial do óxido o que produziu uma placa altamente iônica em torno do ante-braço. A ligação iônica das moléculas ocasionou maior influência de prótons.


O médico queria saber a respeito deste fenômeno e convidou um professor físico para fazer as avaliações. Segundo os conceitos da física, o óxido nítrico teria sido formado pelo raio. As altas temperaturas atmosféricas, o azoto molecular e o oxigênio podem combinar-se para formar o óxido nítrico. Mas a maior produção natural é causada pelo relâmpago. A explicação da substância transmitida ao organismo deve-se a oxidação do soro que é a perca de elétrons das substâncias pela carga do raio. Isto ocorreu devido a aparelhagem metálica para depositar o líquido. Por ser tratar de um metal, teve maior facilidade para conduzir eletricidade. Talvez se o depósito fosse tradicionalmente plastificado teria-se evitado o acidente.


Por ser um gás com função neurotransmissor, teve acesso rápido ao sistema nervoso. Pelo nervo óptico atingiu a retina, na córnea houve uma polimerização e a predominância do pigmento castanho negro, chamado eumelanina. Esta reação química resultou-se na pigmentação de toda a esclera ocular. Na íris, ocorreu uma alta radiação ultravioleta, houve uma oxidação, atraindo assim o pigmento licopeno de cor avermelhado, que tem função anti-oxidante. Consequentemente alterou-se a melanina. A radiação realmente causou as alterações e em poucos dia a criança havia aberto os olhos, a mãe espantada com o fato resolve fugir após três meses. Sem saberem sobre aonde a mãe poderia ter ido, permaneceram com a criança sobre a tutela hospitalar. Nada se sabia sobre o seu paradeiro, muitos diziam que ela teria migrado ao Texas onde foi criada com sua família. Após um ano na maternidade sob cuidados medicinais a criança recebe a aprovação médica para ser encaminhada à um internato. Três anos depois, após várias tentativas a criança finalmente foi adotada, sua mãe se chamava Jane LeBeau. Posteriormente viveria com seu tio Luck LeBeau, o pai adotivo. O médico guardou sigilo, não revelando sobre a fusão dos ossos. Teria eliminado as provas do raio-x secretamente, tudo que se soube foi o fenômeno nos olhos que não foi revelado em público.