COPPERFIELD
Subtítulo: Os Morlocks Contratacam
Autor: Guilherme
Pseudo-nome: Odenkir Kholer
7 ª Edição
Na viajem de Roma para ida aos Estados
Unidos algo assustador acontece dentro do avião. O Clube Wingard passa por uma
área de instabilidade atmosférica. Os componentes do clube e outros que estavam
no embarque entram em pânico. Neste momento Jhason Wingard ordena Donald Pierce
a entregar cristais neutros para serem usados por todos. Havia certa porção com
Wald Ganiev em seus apetrechos, além do mais Ganiev é joalheiro e possuía
consigo algumas notas fiscais. Desta forma Jhason planejava tranqüilizar a
tripulação devido o poder de sono que sua mente cria em contato com cristais
neutros. Entretanto, aos cinco principais do grupo, Jhason os transporta à uma
dimensão longe dali. Donald Pierce, Henrry Leighland, Sebastian Shaw, Robert
Spencer e Emma Frost são assegurados de que se algo trágico ocorresse, eles
seriam salvos pelo poder de manipulação dimensional criado por Jhason.
O avião se movimenta muito, as pessoas
conseguem tranqüilidade, receberam cada uma, um pedaço do cristal neutro dado
por Ganiev. Algumas horas depois o avião pousa com segurança, o Clube Wingard
realiza uma fuga incrível levando consigo mais de duzentos milhões de dólares
do governo romano. Após o alvoroço apenas os seis componentes do clube restaram
no avião, a tripulação já estava fora e o avião permanecia em repouso. O agente
de bordo os desperta do sono e devido a transição do campo dimensional criado
por Jhason receberam poderes psíquicos adquiridos através do translado. Donald
Pierce agora possui grande habilidade com hipnotismo, Henrry Leighland possui o
poder com a cronologia sendo capaz de manipular o tempo em frações de segundos,
Sebastian Shaw possui o poder de manipular os cosmos, pode até mesmo prever os
fatos em frações de segundos, Robert Spencer é capaz de dominar o ilusionismo,
sendo até possível de criar pessoas em espectros, Emma Frost possui o poder de
controle psíquico e Jhason Wingard mantém sua habilidade em criar campos
mentais e manipulação de sonhos.
******
De longe ouvia-se os sons dos toques de
algum sapato se aproximando. Uma primeira interjeição é tomada após a passagem
por um longo corredor estreito. Este ao contrário era mais abrangente e
sombrio, mantinha suas entradas pelas laterais, mas nenhum poderia ser mais
interessante, senão, o gabinete do capitão de locomoção dos comboios chamado
Johnson. Um homem rude e atencioso preservava sobre sua face um semblante
singelo, estava a espera de seu visitante que naquele instante cruzava o
terceiro e último corredor de acesso ao gabinete. Andava apreensivo e ao seu lado
o acompanhava um dos subordinados do capitão Johnson. Algumas folhas contendo
gráficos e dados referentes eram depositados à gaveta quando nada obstante os
toques da mão de seu subordinado ressoa pela porta. No mesmo instante seu
aspecto surge acompanhado do visitante que ao contrário de farda e quepe,
vestia um fino traje com tons escarlates. Além disso alguns pormenores
combinantes do seu casaco davam destaque, mas nada inerente aos brasões
honoríficos que se reluziam pelo lado esquerdo do peito do capitão Johnson.
_Licenza
– disse o subordinado por um sotaque italiano, após escancarar a porta.
Sua atitude permitia a entrada do
visitante, o capitão parecia realmente a sua espera, demonstrou sua expectativa
ao remover os papéis da mesa.
_Acomode-se – estendeu o braço ao
visitante direcionando-lhe ao assento.
_Sr. Robert Spencer – condescendente,
o capitão cumprimenta Flammer– estava a sua espera.
Flammer havia feito um nome falso
antes da fuga na Itália. O clube Wingard havia extraviado duzentos milhões de
dólares do governo italiano e o nome Benayla Yriodict era o mais procurado
entre os suspeitos.
_Capitão Johnson! – respondeu após
se assentar – Pode me chamar de Flammer – agregou.
_Espero que não seja por uma vaga na
locomotiva?
Flammer sorri forçadamente, sabia
que a pergunta estava diretamente relacionada ao seu apelido.
******
Em outro lugar dali, um trem se
aproximava à uma velocidade incalculável, andava pelos antigos trilhos do
Kansas. Por baixo do último vagão estava um dos mais abusados aventureiros do
grupo. Rajid se segurava firme por dois ferros cruzados, por onde era preso
pela fixação do cinto sobre a interjeição dos ferros. Os ventos sopravam de
modo muito fugaz, o aventureiro conseguia se mover pouco na calda do trem. Dez
centímetros separavam sua mão esquerda do plano superior do conector de vagões.
Um dispositivo é instalado à menos de três centímetros do eixo. Voltando um
pouco para trás procurou se afastar do dispositivo afim de evitar a neblina
que, após o acionar do controle, começou a se espalhar em torno do conector de
vagões. David, o capitão daquele trem estava impossibilitado de enxergar a
neblina, manuseava a alavanca para convergir a esquerda de um cruzamento entre
dois trilhos. No mesmo instante o eixo se movia contra o encaixe do conector de
vagões. O último compartimento estava prestes a abandonar o trem.
Enquanto isso, quinze vagões
acompanhavam a conversão do capitão, que, apesar de não ter percebido a neblina,
conseguia enxergar uma pessoa próximo ao cruzamento dos trilhos. Inicialmente
não apresentava riscos a si mesmo ou ao trem, porém ao passar do décimo vagão,
se aproximou da alavanca na interjeição do cruzamento dos trilhos. Uma chave
adaptada a alavanca agora lhe concedia permissão para manuseá-la e ao contrário
do que o capitão imaginava, aquele sujeito começava a apresentar riscos ao
trem. Sua mão se movia lenta ao passar do décimo segundo vagão. A alavanca
direcionada para baixo converteria os vagões sem precedentes à outro destino e
como previsto, no décimo quarto a alavanca completa seu trajeto, o décimo
quinto, que já andava a cinqüenta metros separado do restante dos vagões devido
a separação do conector, agora dirigia separadamente à direita.
Uma velocidade diminutiva do décimo
quinto vagão fazia com que um misterioso grupo mais adiante se surpreende-se
com sua chegada. À medida que diminuía sua velocidade, mais se aproximava
daquele pequeno grupo que permanecia imóvel com apenas um vagão mestre, isto é,
um vagão contendo controles para manuseio de cargas.
De modo muito estranho aquele grupo
aguardava o último vagão, usavam roupas pretas, típicas dos funcionários da
locomotiva. Quando à cinco quilômetros por hora o grupo reagia contra o vagão.
Como uma bola de sinuca acerta o alvo, a cena se compatibilizava com o mesmo.
Um deles permanecia parado ao lado do vagão mestre e o último dentro da cabine
do vagão. Dos quatro homens um se adiantava à alguns passos separados e um
permanecia dentro do vagão mestre. O vagão com o cobre estava a chegar à sua
inércia. Henrry Leighland mais adiante apenas observava atônito o movimento do
vagão que em dez centímetros de distância do vagão mestre chegava ao repouso
absoluto. Henry foi capaz de controlar o tempo de distância. Ryan, após
saborear um momento de suspense, constata a incrível separação dos eixos junto
com o restante do grupo.
_Dez centímetros – disse Ryan após o
barulho da fita métrica contra a elasticidade da trava.
Ainda agachado o componente admirava
impressionado e como em um fracasso de jogo de sinuca ao receber o ausente
toque da bola ao alvo, assim acontecia com o grupo.
_Eu deveria ter estudado física. Com
certeza eu tiraria notas boas – ironizou Henry.
_Tudo foi perfeitamente calculado pelo seu
poder cronológico – complementa Elijah – talvez se o vagão ultrapassa-se estes
dez centímetros poderia haver um choque conosco no vagão mestre.
_Deixa de conversa e me ajudem a movê-lo –
disse Ryan enquanto se posicionava pelas costas do vagão a fim de empurrá-lo em
conexão com outro eixo adiante.
Um barulho de encaixe surgiu acompanhado
da queda de pequenos fragmentos de cobre que sobejava pela parte superior do
vagão, mais de trinta toneladas. O quarto homem vinha andando, Said apenas teve
a missão de mover a alavanca antes do último vagão.
_Será que alguém pode me ajudar – disse
Rajid pela parte de baixo do último vagão.
Um dos componentes obedece o pedido e
pressiona a trava do cinto amarrado sobre os ferros. O último componente cai
sobre os trilhos sem muitos danos. O plano estava feito. Assim o vagão mestre
conduzia a carga de cobre junto com os cinco componentes do misterioso grupo,
entre estes, o principal mediador do crime, fazia ressoar o barulho da buzina
do trem ao puxar o cordão de dispensa de fumaça que era produzida pela parte
elétrica do vagão mestre. Flammer transluzia sobre seu rosto um olhar arteiro,
sobre seu peito pelo lado direito via-se um sinete em cuja inscrição lia-se o
nome de um suposto capitão, a saber, capitão Johnson.
Enquanto isso, na empresa daquela
locomotiva no Kansas os assistentes do verdadeiro capitão o acudia
desesperados. Envolto por um pano sobre a boca e semi nu, não conseguia falar.
Após ser dispensado do pano sobre a boca, o capitão finalmente revela:
_Levaram o mapa do trem com destino a
Derby e as chaves do vagão mestre!
*****
Ao longo dos tempos, Sebastian Shaw,
um dos componentes do grupo e um dos principais no setor interno da empresa
Frost, foi adquirindo extensas dívidas que poderia ser a causa de um iminente
problema. Nada sabia que sua dívida com Lehman Vantoya estava diretamente
relacionada a uma antiga queixa de Sebastian Pig, dono de uma das mais
delirantes boates de Manhattan, a saber, o Clube Pig.
Sebastian Shaw foi incumbido a
viajar para Nova York para adquirir dinheiro, pois a quantia conquistada
através do roubo do cobre em Kansas foi todo investido para aprimoramento de
uma grande invenção de Henrry Leighland. Uma máquina de tele-transporte físico
seria uma espécie de um transportador à uma dimensão mental tangível e
elaborada pela própria empresa. Mais de um milhão e cem mil dólares foram
conquistados, mas ainda faltava dinheiro para a conclusão do artifício que está
chegando na sua fase final, o Clube Wingard pretende roubar mais cobre.
Entretanto Sebastian Shaw precisa pagar sua dívida e arrumar tal dinheiro para
comprar um aspirador de pó industrial que servirá de mediador do cobre quando
roubado. Tudo estava combinado, faltava apenas o dinheiro do aspirador de pó.
Sebastian Shaw então convida Ryan e ao
invés de um roubo em Nova Yourk para cobrir outro roubo, Sebastian Shaw tenta
mudar o plano e cogita ir a Las Vegas para jogar nos cassinos e ganhar dinheiro
em apostas. Devido a idéia Elijah comenta:
_Conheço um clube que é bastante fácil de
ganhar dinheiro. Ocorrem apostas de hora em hora. É o famoso Clube Pig do nosso
rival Sebastian Pig em Manhattan!
_Ok, irei averiguar, não diga nada a Ryan.
_Ele já sabe que o clube pertence a
Sebastian Pig.
_Eu digo da mudança de plano para ganhar
dinheiro em apostas.
O dono aparentava-se ser um
verdadeiro porco. Seu porte físico largo unido com suas caríssimas roupas
típicas do final do século dezenove o concedia um caráter lúgrube e sutil. Seu
olhar afano agora encarava um dos porta-retratos sobre a mesa de escrínio.
Afagava o queixo de modo muito especulativo, permanecia como a espera de novos
rumores. Como se não bastasse, a sua expectativa se compatibilizava exatamente
com a desesperada chegada de um de seus capangas:
_O cerco está formado. Não temos saídas.
Assustado Sebastian Pig se levanta.
Colocou um óculos de uma lente sobre o olho direito e instintivamente observava
o envelope emitido pelo sujeito:
_Como essa dívida me pertence?
_O seu ataque à Lehman Vantoya não foi
suficiente. A dívida está diretamente conectada à seu nome.
_Porém, continuo dizendo que não tenho
dívidas com Vantoya. Quero que se equipem ao redor do clube. Este cafajeste não
terá sua grana através de contas inexistentes.
Entregando ao seu porco de estimação o
envelope que, como de costume, levou a um pequeno cesto de lixo no canto do
escritório. Por ali as cartas se acumulavam como se Sebastian Pig estivesse a
sofrer ameaças por mais tempo.
_Não acha que alguém pode estar fazendo
dívidas em seu nome? – Hector, um dos principais capangas indaga.
_Vamos nos preocupar com a escolta da área
– disse ao tocar sobre seu ombro o direcionando à porta ao mesmo tempo em que
movia sua bengala em toques repartidos ao chão.
******
No Clube Pig à noite estava como sempre
preenchida e contagiante. Na parte inferior as dançarinas se ocupavam com
ritmos frenéticos. Dois pilares de ferro fazia com que o poli-dance tivesse um
lucro à mais do que recebiam de Sebastian Pig. As moedas e as notas eram
emitidas. Uma das dançarinas chamava Rebeca Colibeuf, possuía relações ocultas
e indiretas com Flammer, um dos principais concorrentes do Clube Pig. Sabendo
que o patrão não poderia saber, ela permanecia em sigilo.
O baile parecia tranqüilo, rapidamente
Sebastian Pig se preparava para o anúncio de um vencedor do sorteio, o qual era
sempre feito no decorrer da festa. Tomando o microfone ele se apresenta, a
ausência da música e o ruído do aparelho fizeram com que todos admirassem o
anúncio.
Tudo estava praticamente perfeito, mas
antes que alguma palavra fosse emitida, ocorre uma surpreendente invasão.
Metralhadores cuspiam balas em torno de todo salão superior. Os aparelhos de
som e jogos de luzes foram sendo destruídos, houve alvoroço, as luzes se apagaram
muitos se agachavam ou corriam para se protegerem dos tiros. Uma grande neblina
se destacava pelas áreas internas, e um curto circuito exalava mau cheiro pelos
ares com indício de fogo junto com os cabos queimados de algumas lâmpadas já
danificadas.
Eram os homens de Lehman Vantoya, um dos
mais populares traficantes de Manhattan. Comandava uma máfia secreta e por
muitas vezes era importunado por dívidas vindas do nome de Sebastian Pig.
Seu verdadeiro nome é Sebastian Shaw,
havia se popularizado como Sebastian Pig. Tomou um tiro na perna em conflitos
com Flammer em Bangladesh. Outra vez a cena tornou a se repetir, o efeito seria
o mesmo quando em conflitos com outras máfias na Espanha.
Misteriosamente o grupo se retira deixando
apenas o clima de suspense e um rastro de ameaça junto com o assombro das
pessoas presentes. O dono nada pôde fazer, se afastou para os fundos a fim de
se recuperar do susto. O sinal de perigo estava lançado!
******
Em outra hora, por onde havia ocorrido o
conflito, Sebastian Pig se propunha a uma nova tática. O salão antes corrompido
pelos tiros estava novamente disponível ao público, houve uma reforma e o Clube
Pig ficou interditado por um mês. Tudo parecia bem, mas algo é informado pelo
chefe:
_Quero que alguém me substitua neste novo
anúncio. Como previsto, tivemos um ataque e não quero ser alvo de novos
conflitos.
Ken Stripper, um dos capangas presentes,
obedece a ordem e em seguida o Clube Pig dava continuidade ao festejo.
Em uma das mesas se posicionava Sebastian
Shaw estava ao lado de Ryan, ambos tomavam um leve drinque de champagne quando
uma atendente se aproxima no momento oferecendo entradas para apostas:
_Boa noite senhores, gostariam de fazer
suas apostas nesta noite?
_Como funcionam as apostas? – perguntou
Ryan.
_A pessoa paga cem dólares e registra seu
nome na planilha de sorteio, cujo nome fica inserido por um número na ordem do
registro. Se este número for sorteado com relação a bola escolhida
aleatoriamente, a pessoa ganha todo o dinheiro apostado e então seu nome é
anunciado publicamente para que ela receba o valor total.
Por um instante houve silêncio, ambos
sabiam que o nome de Sebastian Shaw naquele momento seria uma péssima idéia ao
ser anunciado.
_Ryan irá fazer a aposta?
_Não. Estou sem dinheiro neste momento,
trouxe o dinheiro para o drinque apenas e para uma dançarina que pretendo
investir.
_Eu irei fazer a aposta! – declarou Sebastian
Shaw.
_Mas e o Sebastian Pig? – interrompeu Ryan
– Se ele ouvir o seu nome irá desconfiar que estamos aqui e poderá nos
perseguir para saber sobre esta estranha coincidência.
_Não se preocupe! Hoje Sebastian Pig não
se encontra presente. Perceba que um dos seus funcionários faz a apresentação inicial
do show hoje.
Ryan olha em direção ao palco e observa Ken
Stripper nos bastidores, lembrou-se de que ele havia dado início a apresentação
das dançarinas.
_Realmente, porém acho que sua sorte
poderia se transformar em um grande azar.
_Não tenho nada a perder, – disse ao mesmo
tempo em que tirava sua carteira do bolso procurando a cédula referente ao
pagamento do sorteio – estou precisando de grana e hoje pode ser o meu dia de
sorte! – concluiu após entregar o dinheiro à atendente que apesar de ter ouvido
sobre o que aqueles clientes falavam sobre Sebastian Pig, não deu a mínima. Era
nova no estabelecimento e sabia pouco sobre seu patrão.
As horas passam e a hora do anúncio, como
sempre, chega após muita agitação. Um vencedor dos sorteios que eram feitos
deveria ser revelado. O ambiente se silencia, houve uma pausa. Os olhos são
voltados ao anunciador, nada obstante o nome do vencedor é anunciado por Ken
Stripper:
_Senhoras e senhores, é com muita gratidão
que eu venho lhes interrompendo para lhes revelar o ganhador do sorteio hoje.
São cento e cinco apostadores nesta noite e isto renderá muita grana para o
vencedor, isto é, mais de dez mil dólares. Por tanto peço que a senhorita
Colibeuf gire o globo das bolas selecionadas por número de apostadores.
Imediatamente a senhorita Colibeuf gira o
globo. As bolas concomitantes ao número de apostadores são espalhadas
aleatoriamente e de repente, após tomar a bola das mãos da senhorita Colibeuf, Ken
Stripper anuncia:
_E o ganhador da aposta de hoje é...
Um segundo de suspense domina o local, Ken
Stripper suspira e rapidamente o nome é dito:
_Sebastian Shaw!
Os aplausos se demovem por todo o público,
a pessoa vencedora se agita na mesa, mas Sebastian Pig parece nada conformado.
Ele se posicionava escondido no camarote da boate, ele estranha, não havia
feito apostas e um nome idêntico ao seu é dito em público.
_Hoje eu não combinei trapaças nas
apostas! Porque estão revelando o meu nome ao público? – questionou à Hector.
_Calma Pig, isto deve ser uma
coincidência, vamos esperar pela pessoa que irá receber a grana.
No mesmo instante Sebastian Shaw se
levanta para receber o dinheiro. Sebastian Pig o observava de longe, não
consegui o identificar à princípio, mas exigiu de Hector o binóculo.
Aquela pessoa avistada lhe parecia familiar,
ele se lembrou dos conflitos em Bangladesh. Um flash lhe passou sobre a mente,
lembrou-se também do dia em que foi preso na Índia.
Talvez fosse pela quantia a ser paga ao
vencedor, mesmo porque, o clube havia sofrido um ataque constrangedor e muito
dinheiro estava em jogo para a manutenção do clube. Contudo o nome dito era o
mesmo o qual Sebastian Pig sustentava sobre sua identidade.
_Não pode ser! – reclamou Sebastian Pig
após a confirmação da pessoa.
_O que houve? – perguntou Hector.
_Este é Bernard o sobrinho de Flammer.
Tenho notícias de que ele conseguiu fugir do tribunal anos atrás quando éramos
julgados pela encomenda de antibióticos na Índia. Soube por através de aliados
que o clube Barony havia migrado para a Itália. No dia da entrega ele havia
feito o pedido e eu tolo cai numa emboscada. Dias depois soube por através do
meu advogado Awstrinskiss que meus documentos, bem como certidão de nascimento
e fotos haviam desaparecido no tribunal.
_É evidente que Bernard tenha extraviado
os documentos para fugir do país à Itália.
_Sem dúvidas. Até hoje penso que foi tudo
arquitetado pelo clube Barony para me verem preso e agora para me usurparem e
denegrirem o meu nome!
_Óbvio!
_Na verdade soube do novo e famoso Frost Enterprise
aberto em Denver, Colorado, mas não imaginava que diante de muitos locais a
serem freqüentados este salafrário poderia vir aqui me importunar. Isto é o
insulto a minha pessoa, quero que elimine este desgraçado agora! – ordenou
asquerosamente após dar um murro sobre a mesa.
_Eu acho melhor esperarmos e investigar
sobre o nome do sujeito, talvez esta dívida que o senhor esteja em débito seja
fruto deste nome que Bernard está usando para se esconder.
_Devemos ser ágeis e aproveitar que ele
foi ganhador da aposta e está com grana, por enquanto, para tentar resgatá-la e
pagar esta dívida.
_E dar uma bela surra nele também senhor.
_Claro! – na verdade não gosto deste nome
mesmo, após descobri-lo penso que irão tratar de mudar os números de registro
da identidade, mas não mudarão o nome, pois imagino que Bernard se tornou muito
popular pela América como Sebastian Shaw, isto seria estranho a vista de seus
sócios. Mas quando descobri-lo irei mudar meu nome para Porco-de-Bengala, isto será
uma boa ocasião para isto.
_Eu não disse Ryan, tudo iria dar certo –
disse Sebastian Shaw ao colocar o troféu sobre a mesa. No mesmo instante a
atendente Colibeuf lhe entrega o dinheiro, pois ele estava sendo contado ainda
no momento em que Sebastian Shaw se levantou.
_Missão cumprida, vamos dar o fora daqui –
disse Shaw.
_Mas e as garotas, estou de olho nesta
Rebeca Colibeuf.
_Não temos tempo a perder meu caro.
Sebastian Pig não pode ficar sabendo disso se não irá nos estranhar, além do
mais Rebeca Colibeuf pertence a Flammer – disse ao mesmo tempo em que tirava o
dinheiro da conta – conheço outras boates por aqui, vamos!
******
Naquela mesma noite Sebastian Shaw se
direciona à uma boate chamada Dansart,
mas nada sabiam que um carro contendo três capangas de Sebastian Pig o
perseguia atrás. Após algumas horas, quando já de madrugada, ao receber um fora
de uma garota, Ryan desiste, pede a conta e impele Sebastian Shaw à porta dos
fundos.
_O que houve?
_A desgraçada tinha namorado, estou
cansado, vamos!
Contudo ambos são interrompidos por seus
perseguidores. Tasco, que abandonou o show, Harold e Hector estavam armados e
miravam para os dois.
_Passa a grana! – exigiu Tasco.
_São os capangas de Sebastian Pig. –
sussurrou Ryan.
No mesmo instante a porta dos fundos se
abre. Era um homem bêbado seguido por sua mulher e dois seguranças, ele começa
a vomitar e isto tira a atenção do trio que estava a espreita entre a
interjeição da porta e a dupla.
_Vamos fugir, disse Ryan.
Ambos iniciam uma fuga pressurosa, estavam
perto de uma esquina. Ao convergir a mesma Tasco dispara alguns tiros. Porém a
dupla consegue entrar no carro que por sorte estava estacionado naquela rua. Os
tiros são disparados sem chance de acertá-los.
_Veja Tasco! – disse Hector ao pegar a
carteira de Ryan no chão. Ryan havia deixado cair ao fugir.
_Está vazia, mas aqui tem o endereço de
uma garota, vamos passar para o Pig, poderá ser uma pista importante.
******
Novamente na Frost Enterprise, após um dia
bastante agitado, Sebastian Shaw retorna de avião com a grana estipulada.
_Aqui está! Dez mil e quinhentos dólares.
– jogou o dinheiro sobre a mesa a vista de Jhason Wingard.
_Como conseguiu esta proeza meu caro? Em
menos de um dia? Fez um novo empréstimo com Lehman Vantoya?
_Não, estou o devendo uma grana
exorbitante, isto foi uma questão de sorte! Eu apostei em um sorteio numa casa
de shows e fui o ganhador.
_Esteve em Las Vegas, pedi para que fosse
a Nova York, te passei a lista dos bancos junto com as estratégias de roubo.
_Estive em Nova York mesmo... No Clube
Pig.
_Não acredito! Como Sebastian Pig reagiu à
sua nova identidade?
_Ele estava ausente, mas como previsto
enviou alguns capangas para nos roubar o dinheiro recebido. Conseguimos fugir,
mas Ryan perdeu a carteira, por sorte havia outros documentos no bolso de trás,
o que facilitou nosso acesso ao avião.
_Estamos sob ameaça, devemos ficar
atentos. Acho que Said deve o revelar a Lehman Vantoya, antes que ele faça as
cobranças à Sebastian Pig.
_Ele é nosso concorrente direto, podemos
sofrer mais ameaças ainda!
_Não importa faça o que eu te pedi. –
finalizou Jhason.
Um dia depois, no salão principal da Frost
Enterprise, Flammer decide reunir o grupo para elaborarem o plano de um novo
roubo de cobres da linha de trem em Kansas. Todo o grupo permanecia assentado e
Flammer se aproximando lentamente da parte superior, retira um extenso pano que
cobria um potente aspirador de pó. Com cerca de duzentos quilos em um metro de
espessura e dois de largura, a maquina possuía um cano cumprido de cinco metros
de cumprimento e um largo espaço para a saída e remoção de resíduos tais como
areia, pós metálicos, poeira, líquidos e grãos. O aspirador de pó industrial,
sem dúvidas, é uma aquisição vantajosa para o Clube Wingard, haja vista uma
nova investida que o grupo pretende à uma linha de trem. O aspirador industrial
diminui o tempo de coleta de resíduos, pois tem uma sofisticada linha de
produção e alto poder de sucção.
_Esta máquina foi adquirida no mesmo dia
em que recebi a grana de Sebastian Shaw, ela custou cerca de dez mil dólares.
Esta máquina que todos estão vendo abarca um espaço maior de resíduos, o que
resulta em uma sucção eficaz em um curto período de tempo. – disse Flammer ao
retirar o grande pano azul que cobria o artifício.
_Além disso o seu consumo tecnológico de
energia elétrica é bastante simples, pois é movido a uma bateria de duzentos
watts de mobilidade e conta com um motor de alta suficiência. O aspirador de pó
industrial vem com diversos acessórios que facilitam ainda mais a sucção, tal como
a mangueira flexível. Também por ter rodas em sua parte inferior, permite o
deslocamento do aspirador em qualquer tipo de local. Ele é ideal para empresas
fabris dos mais variados segmentos tais como mineradoras e metalúrgicas.
_Desta forma poderemos o locomover até a
caminhonete que os senhores mesmo viram na garagem da empresa sem nenhuma
dificuldade. O veículo foi comprado com o dinheiro do primeiro roubo, trata-se
de uma caminhonete cabine simples com capacidade para mil e duzentos quilos.
Ele possui tração nas quatro rodas, isto devido o local que iremos percorrer.
Eu já havia feito pesquisas e decidi comprar um veículo bastante abrangente e
suportável. Tenho pressa em desenvolver o tele-transporte da empresa e falta
pouco para isso, portanto, aqui estão a máquina e o carro que levará um minuto
e seis segundos para atingir um quilômetro em uma reta de cinco quilômetros.
Assim teremos oito minutos para sugar uma parte do cobre do vagão. Este local
se trata de uma pequena região de Derby.
Explicava enquanto passava os slides do
retroprojetor no salão principal. As imagens emitiam a circunferência da região.
_O aspirador de pó tem capacidade de sugar
até duzentos quilos por minuto. Isto significa que em aproximadamente cinco
minutos teremos uma tonelada adquirida, ou seja, cerca de trinta mil dólares.
Se repetirmos a dose, sem que haja denúncias, conquistaremos sessenta mil
dólares e daí por diante.
_Podemos continuar fazendo o tramite até
com o ouro, ródio e platina. Além disso, temos toda a planilha referente aos
vagões quando furtada do capitão Johnson, ela nos mostra as linhas de trem
disponíveis. Temos que ser breves. De acordo com o embarque do minério temos
dois dias para efetuar o plano.
_Primeiramente Rajid se ajustará por cima
do vagão, implantará duas bombas relógio para tirar a tampa de cima do vagão.
Elas estarão programadas para explodirem em um minuto. Isto deverá ser feito
antes da reta. Quando atingirmos a reta teremos pouco tempo até sugar todo
minério. O carro será dirigido por Jhason que deverá andar paralelamente ao
vagão por todo trajeto. O cobre irá revestir todo o aspirador, mas não há risco
de danificar o aparelho, a cobriremos com uma lona.
_Todos deverão estar altamente preparados,
caso o condutor da locomotiva venha interromper o percurso, estaremos armados
com rifles ou metralhadoras.
_Já tem noção de quando o trem irá passar
por este trajeto? – perguntou Jhason.
_Fiz os meus cálculos estaremos o
esperando por volta das duas da tarde. Agora ao serviço. – disse ao acender as
luzes novamente – Os aguardo daqui dois dias.
******
Dois dias depois o grupo se encontrava a
beira da linha de trem em Kansas, numa caminhonete de cabine simples e cor
branca, Jhason se encontrava dentro do veículo e pelo lado de fora estava Ryan.
Ali os ponteiros marcavam uma e cinqüenta e cinco, Ryan reclamava, pois não
havia observado sinal algum de uma locomotiva a caminho e isto há um quilômetro
de distância. Como combinado Rajid estaria por cima do vagão para detonar os
explosivos, isto seria necessário para romper as tampas que prendiam o cobre.
Nada obstante Ryan sente a linha de ferro se mexer e emite um sinal à Jhason
que no mesmo instante aciona o carro já o deixando ligado. Um chiado bem agudo
e intermitente surgia aos poucos, ambos tiveram a certeza de que o trem estava
se aproximando.
Desta forma Ryan entra no carro, confere a
munição de sua arma e pelo retrovisor detecta a presença do trem ao se
aproximar. Bem devagar ele convergia uma curva, iria pegar uma reta de
aproximadamente cinco quilômetros agora, por outro lado não via-se muitos
obstáculos pela beira da linha de trem, apenas um campo aberto com pequenos
matos por onde o carro iria passar.
Por cima do vagão a bomba relógio já
marcava dez segundos para sua explosão, Rajid havia pulado outros vagões para
se distanciar da bomba. Tomou a distância de dois vagões e por ali havia se
deitado a espera do sinal para receber a mangueira do aspirador de pó. Faltava
menos de um quilômetro quando a bomba estourou, Rajid tinha que ser breve para
tirar a tampa, o trem continha vinte vagões ao todo e este pertencia ao décimo
sétimo. Logo Rajid se apronta, não teve dificuldades para tirar a tampa, o
maquinista nada tinha percebido ainda, o barulho foi distante, estava
distraído.
Porém adiante o condutor observa uma
caminhonete, imaginou ser turistas para tira fotografias, mas achou estranha
uma máquina excêntrica na carroceria, não a conseguiu interpretar, assim passou
o vagão mestre com um sonido de uma buzina. Por cima do décimo sétimo vagão
Rajid esperava a aproximação do trem à caminhonete para receber a mangueira e
mantê-la no devido lugar para sucção do cobre.
Como previsto o vagão se aproxima da
caminhonete que sem embargo começa a andar numa velocidade acima de duzentos
por hora. O trem andava numa velocidade razoável a cerca de duzentos
quilômetros por hora também, pois era um trem de carga alta e não poderia
correr mais do que necessário. Os ponteiros do carro atingem duzentos por hora,
Jhason ressalta:
_O trem não está muito rápido. Estamos a
duzentos por hora, é o ideal para não sofrermos perdas do minério com o atrito
no solo.
Logo o vagão contendo o cobre se aproxima,
Rajid recebe a mangueira de cinco metros de cumprimento. Ryan estava por cima
da carroceria da caminhonete, estava prestes a ligar a máquina. Quando tudo
pronto Rajid emiti o sinal de positivo, o grupo não tinha mais tempo a perder,
precisavam de apenas dois quilômetros para captarem uma tonelada. Ryan liga o
aspirador de pó, no mesmo instante o minério é absorvido para a carroceria do
carro, Ryan se contenta ao ver seus pés serem inundados pelo cobre.
_Maravilha, a máquina está sugando o cobre
rapidamente, estamos ricos!
Enquanto isso a caminhonete andava
paralelamente ao vagão principal, o caminho estava praticamente plano, não havia
muitos cascalhos. Todavia Jhason observa o trem aumentar a velocidade, sem
dúvidas o maquinista teria os percebido de longe. O carro atinge a marca de
duzentos e vinte por hora, realmente o maquinista havia aumentado a velocidade.
Em sua cabine conduzia desconfiado, não havia percebido a mangueira de longe,
não levou seu binóculo naquela viajem.
_O que é isto, não consigo enxergar?
Infelizmente não trouxe o binóculo! – exclamou David.
Porém o motorista tinha ao seu lado um
co-piloto que ao observar a companhia da caminhonete aconselha:
_David, porque você não usa a sua
Winchester, este carro pode se tratar de supostos ladrões.
_Boa idéia Kennedy, pegue-a no maleiro,
por favor!
Por outro lado um minuto e meio havia se
passado e, portanto, meia tonelada já havia sido aspirada. Ainda faltava espaço
na carroceria, mas algo parece assustar o grupo.
Um tiro de um rifle acerta o banco do
passageiro, de longe o capitão David não tinha muita flexibilidade com a arma,
tentava acertar severamente o condutor do veículo.
_O que foi isto? – assustou Ryan.
_Um tiro! Estão tentando nos acertar... Peça
a Rajid para descer imediatamente, estamos encurralados!
Ryan acena para seu companheiro por cima
do vagão, pedindo assiduamente para ele pular. Rajid não tem noção do perigo
procurou afundar a mangueira ainda mais para que ela não sofresse risco de se
soltar. Ele se assenta na borda do vagão, faltava trinta segundos, ele reclama:
_Temos tempo ainda!
_Franco atiradores Rajid, vamos morrer se
você demorar!
_Ok!
_Não se preocupe o cobre irá te amortecer.
– gritou Ryan desesperado.
Outro disparo é feito, quando menos de
quinze segundos para completar uma tonelada, o aspirador de pó industrial é
atingido, ocorre um curto circuito seguido de uma pequena explosão, todavia
Rajid consegue pular.
Ao perceber seu companheiro a salvo Jhason
diminui a velocidade dando condição a locomotiva avançar mais adiante. Ele
converge a esquerda rumo a rodovia principal. Capitão David consegue os
espantar e dessa forma o aspirador de pó estava perdido. Será que este é o fim
dos planos do clube Wingard para captação de mais minérios?
******
Numa outra hora, em pleno o Cherry Creek
localizado em uma rua da cidade de Denver, Flammer estava contagiante junto com
sua confidente Rebeca Colibeuf. Ambos tomavam uma bebida em um restaurante da
praça de alimentação. Flammer pagou uma passagem de avião à sua namorada mesmo
sabendo que a economia da Frost Enterprise estava estagnada. Na verdade ninguém
poderia fazer nenhuma movimentação brusca até a chegada do dinheiro advindo do
cobre. A empresa começou com seus trabalhos a pouco tempo e além da associação
incompleta de seus investidores, a empresa precisava arcar com a manutenção do
cérebro virtual. Uma espécie de máquina de tele-transporte dimensional que necessita
de mais dinheiro para aquisição de peças preciosas, tal como os chips de Nylengthy.
Um chip que irá transportar seres humanos a longa distância para as camadas da
plataforma de Odeong, uma intermediadora entre os tele-transportes. Um chip
produzido pelo próprio Henrry Leighland que agora precisa apenas de substâncias
de nórdios e neodímios para completá-lo. O clube terá que ser rápido, pois a
substância de nórdio é de interesse de terroristas para criação de arsenais
nucleares. Exportado da Holanda, o nórdio está em Nova York clandestinamente a
espera da compra, foi previamente encomendado. Trinta mil dólares é o dinheiro
exigido pelos cientistas e infelizmente o clube não consegue lucros suficientes
para adquirir o nórdio, todo o dinheiro foi investido no cérebro e todos os
milhões na conta da Frost Enterprise precisa ser preservado em contas secretas
para não causar procurações da polícia, devido o fato de que a empresa se
encontra clandestina. Flammer disse a Rebeca Colibeuf:
_Como foi a viajem, não havia te
perguntado?
_Foi ótima, precisei de uma semana de
folga para realizar esta viajem. Agora estamos livres.
_Não posso comprar sua passagem para o mês
que vem, tudo depende do acerto de contas de alguns sócios. – tentava disfarçar
sobre o dinheiro proveniente do cobre, não queria revelar a Rebeca haja vista
um dinheiro sujo.
_Não se preocupe eu receberei algumas
comissões no final do mês e isto facilitará meu ingresso. Posso contribuir com
você ou até mesmo pagar pelo pacote completo.
_Na verdade eu não poderia tampouco ter
comprado este pacote, estamos em crise, mas você é irresistível, não poderia
permanecer mais nenhum segundo sem te ver pessoalmente.
_Me desculpe, eu não sabia...
_Só um instante! – a interrompeu ao pegar
seu celular no bolso.
_Jhason, como estamos?
_Nada bem chefe, fomos atacados e não
conseguimos completar a carga. Provavelmente teremos um desfalque de vinte por
cento do cobre para a conclusão do mesmo.
_Ok, onde vocês estão?
_No desembarque do jato clandestino, na
Larimer Square
_Estou a caminho da Frost Enterprise. Nos
encontraremos lá.
_Meu amor, tenho que ir. – se apressou
dizendo a sua companheira ao mesmo tempo em que se levantava do banco.
_Te encontro em meu apartamento mais
tarde! – se despediu colocando seu paletó sobre as costas.
*****
Em sua sala particular, Flammer realiza
uma ligação urgente à Rowland. Um novo plano estava para ser desenvolvido e o
grupo precisava encontrá-lo o quanto antes para uma nova captação de minério.
Rowland possuía um eletroímã, capaz de atrair materiais denominados
ferromagnéticos. Este siderúrgico foi uma sugestão de Elijah:
_Senhor Rowland?
_Em que posso ser útil?
_Sou Flammer, da Frost Enterprise, Denver.
Soube de uma retro-escavadeira eletromagnética em sua posse, sou o chefe de seu
conhecido Elijah de Bangladesh.
_Exato!
_Gostaria muito que você me emprestasse
este trator para um devido trabalho em Derby.
_Sem problemas, Elijah já havia me passado
as coordenadas com antecedência. Inclusive já providenciou o caminhão para o
transporte do mesmo.
_Ótimo, te encontro no Aeroporto
Internacional de Wichita, às oito e meia da manhã.
Uma semana se passa desde o ataque à
Jhason, o Clube Wingard consegue converter o cobre em dinheiro, porém não é o
suficiente para a aquisição do nórdio ainda. No salão principal o grupo se
reúne para mais um plano, na verdade Flammer precisava de no mínimo duzentos
quilos de cobre para concluir o projeto. Como se não bastasse Elijah informa
algo surpreendente ao grupo. Um eletroímã pode ser a solução do problema, poderá
atrair níqueis em cujas planilhas do capitão Johnson, estão situadas em um dos
vagões do próximo trem à Derby.
_Bom, como todos sabem, estamos precisando
de cerca de seis mil dólares para a conclusão do projeto, o aspirador de pó industrial
foi danificado e chegamos a um estado de calamidade. Se não formos espertos
quanto ao nórdio, corremos o risco de ficarmos sem o mesmo. Ouvir dizer que
terroristas do Irã se interessam pela substância e agora temos menos que uma
semana para aquisição dela.
_No entanto Elijah me disse sobre um
funcionário de um dos sócios do clube Granville. – Flammer destaca o Clube
Granville que estava com a Frost Enterprise desde o funcionamento da empresa –
Este funcionário é de Wichita seu nome é Rowland, trabalha numa siderúrgica com
captações de metais ferrosos. Ele nos disse que não há problema nenhum em nos
emprestar seu trator de eletroímã. – Flammer aciona a imagem de um destes
veículos no retroprojetor.
_Com esta máquina poderemos atrair o
níquel, haja vista o cobre, que não é atraído pelo imã. Contudo o níquel é um
dos minerais inclusos na planilha furtada do capitão Johnson, o embarque deste
trem está previsto para amanhã às nove horas da manhã. O único problema que
teremos é quanto ao preço do níquel. – disse ao exibir um gráfico sobre o
painel – Ele custa a metade do cobre, mas talvez não seja um problema grave,
pois o eletroímã há de captar certa de uma tonelada de níquel o que nos
auferirá cerca de dezessete mil dólares, sairemos no lucro, não temos tempo a
perder.
_ Iremos nos deslocar pelo jato às oito
horas, com previsão de meia hora de viajem chegando ainda cedo. Nos
encontraremos com Rowland no Aeroporto Internacional de Wichita e em vinte
minutos chegaremos ao nosso destino. Não há como falharmos, segundo Rowland o
eletroímã se encontra em ótimo estado de funcionamento.
_O trator possui painéis elétricos,
instalação do eletroímã, guindaste, ponte rolante e braço hidráulico. – dizia
ao selecionar as imagens no painel – O trator consiste em um eletroímã circular
com capacidade necessária para atividade a ser realizada, painel elétrico de
comando simples sem sistema de reversão, gerador monofásico kolbach, conjunto de peças
complementares tais como polia, correia, chave de acionamento e desativação do
eletroímã, voltímetro de cabine, terminais e cabos elétricos, suporte de
fixação do eletroímã e instalação completa.
O eletroímã é um equipamento que utiliza
energia elétrica como fonte de alimentação para gerar o campo magnético,
possuía cinco metros cúbicos e um peso não muito superior ao carro. Sua
construção consiste na aplicação de um fio condutor elétrico em espiral ao
redor de um núcleo de aço. A corrente elétrica percorre o fio e de acordo com
sua tensão, gera uma corrente magnética propagada pelo núcleo, certamente
serviria de atrativo do níquel. O núcleo ferromagnético ao receber o campo
magnético gerado pela corrente elétrica aplicada ao fio condutor do eletroímã,
funciona como um imã permanente pelo período o qual a corrente elétrica for
mantida, isto é, poderia atrair o níquel em frações de segundos.
_Como das outras vezes, Rajid se
posicionará por cima do décimo terceiro vagão, implantará a bomba relógio com
um limite de um minuto para a explosão do dispositivo. Ao passar pelo túnel
tratará em remover a tampa e ao passar dele estaremos bem alojados com o
eletroímã para captar tudo em frações de segundos.
_O níquel com certeza estará a sobejar
pelo vagão. Estes não andam vazios. – disse Donald Pierce.
_Ao trabalho! – bradou Flammer.
******
O dia passa e chega a noite, Racquel
Morrison sai do seu escritório após um dia conturbado. Trabalhava como
estagiária de turismo em Nova York, descia o elevador do prédio rumo ao
estacionamento onde acionou a desativação do alarme do carro. De repente um
grupo de quatro homens a interrompe e armados pede para que ela os acompanhasse
à outro carro de cor preto. Ela se assusta, mas sem tempo para reagir ela
obedece.
_Fique quieta garota. – disse Hector ao
colocar uma fita prateada sobre sua boca – Somos do Clube Pig, seu namorado nos
deve cerca de dez mil dólares e você se tornou o alvo principal. Hoje você
dormirá em uma quitinete até que seu namorado venha nos pagar.
_Não se preocupe, já estamos fazendo
contato com ele. – disse Sebastian Pig ao dirigir o carro que era de cambio
automático devido a sua lesão na perna esquerda – Se não nos pagar, você pagará
pela vida garota.
Racquel Morrison se assusta, não tinha a
mínima idéia do que estava acontecendo, mas sabia que o assunto estava
diretamente ligado à Sebastian Shaw.
Ao chegarem no cativeiro Tasco faz uma
ligação, ao atender ele passa o telefone à Sebastian Pig que com um olhar
intimador e afano introduz:
_Estamos com sua garota Shaw!
_O que? Racquel Morrison?
_Exatamente. Não tive outra escolha,
talvez não se lembre do dia em que escapou das minhas mãos, uma dívida deveria
ser paga e você deixou o endereço dela cair no chão. Acho melhor vir para este
acerto senão teremos que judiar da sua garota. – soltou um riso inescrupuloso.
_Como assim, eu não te devo nada Pig?
_Mas deve Lehman Vantoya e está usando o
meu nome para gerar dívidas. Estou cansado das cobranças de Vantoya, você deve
se lembrar que este nome me pertence, deveria ser mais cauteloso amigo.
_Eu posso resolver, estou com o dinheiro
em mãos, por favor não a machuque.
_Vou te dar um prazo de vinte quatro
horas, amanhã por estas horas estarei no estaleiro para lançá-la no mar com as
mãos atadas. Espero que seja breve! Dez mil dólares está em jogo.
******
Oito e meia da manhã do dia seguinte,
Flammer, Jhason e Sebastian Shaw se encontram com Rowland. O trator é posto
sobre o caminhão, logo partem de Wichita à Derby. Nove horas o grupo se
posiciona um pouco adiante da saída do túnel. Tudo estava pronto, por cima do
décimo terceiro vagão estava Rajid, ele implanta a bomba antes de entrar no
túnel. Após um minuto ela é ativada, instantes depois o trem entra no túnel, o
condutor David se alarma, ouviu um grande estonido, mas não teve como
identificar Rajid. Com uma lanterna, conseguiu abrir a tampa do vagão, estava
muito escuro e isto requeria muita precaução.
O trem sai do túnel com velocidade
reduzida, capitão David imaginou ser algo relacionado ao acelerador. Rajid
esteve afastado na hora da explosão, mas se adiantou para operar a abertura da
tampa e novamente afastado agora esperava pela lateral a sua hora de abandonar
o trem. Pelo lado de fora o trem passa por debaixo do eletroímã que consegue
atrair cerca de uma tonelada de níquel, o grupo comemora, aos pouco o trem se
perdia pelos trilhos, Rajid salta corajosamente pelo chão antecipadamente. O
imã é solto e posto sobre a caminhonete enquanto o trator seguiu adiante pelo
caminhão.
Ao chegarem em um hangar próximo ao
Aeroporto Internacional de Wichita, o grupo desprende o níquel do imã e o
configura em alguns sacos. Logo o grupo parte viajem com o plano bem sucedido.
Em Denver Flammer imediatamente paga os cientistas pelo nórdio e neodímio.
Cerca de trinta mil dólares foi investido e a empresa não havia mais lucros
senão pelos contratos dos primeiros exploradores do cérebro, transações
secretas e o grande golpe na Itália que lhes renderam duzentos milhões de
dólares.
Dessa forma o cérebro começa a funcionar e
as pessoas associadas começam a vislumbrar de uma cidade artificial criada por
hologramas. O clube decodificou todos os estabelecimentos e paisagens da Cadeia
dos Andes, e as projetou de forma tangíveis e diferentes, foram instaladas em
uma dimensão mental criada pelo cérebro do Clube Wingard. Locais tais como
prédios e casas foram criados esquematicamente por Jhason de acordo também com
o seu poder mental de criar dimensões. Para se transportar a esta dimensão era
necessário acessar a Frost Enterprise e um capacete virtual, mas isto era
exclusivo para os funcionários. Existia um sistema de transfiguração pessoal em
que todos os sócios podiam escolher como poderiam se vestir ou se apresentarem
conforme uma variação étnica e racial. A cor da pele, bem como o cabelo, peso e
altura eram computadorizadas exclusivamente nesta dimensão. A partir do
tele-transporte que era ocorrido por um relógio contendo o chip de Nylengthy e
vendido aos sócios com substâncias de nórdio e neodímio tudo se transformava em
fantasia tangível. A empresa Frost começou a ganhar muito dinheiro e nunca mais
necessitaram de roubar, passando por um momento de crise como o da aquisição do
nórdio. Emma Frost se tornou a rainha-branca da plataforma de Odeong e a
principal mediadora das vendas dos relógios.
******
Antes do funcionamento do cérebro que
começou na mesma semana da aquisição do nórdio, Sebastian Shaw realiza uma
viajem a Nova York. Era noite, mesmo dia em que havia feito a extração do níquel.
Pela tarde esteve torcendo apenas para que o minério fosse vendido com sucesso.
Como se não bastasse o dinheiro é adquirido em cerca de dezessete mil dólares
que foi dividido para inteirar na compra do nórdio e para a dívida emergencial
de Sebastian Shaw concordado também pelo grupo. Afinal de contas o caso
tratava-se de vida ou morte.
Shaw lutava contra os ponteiros do
relógio, faltava pouco para completar vinte e quatro horas. Ele dirigia um
carro rumo ao estaleiro, havia feito uma ligação sem precedentes, Pig estava o
aguardado no porto. O carro converge uma rua, Shaw se aproxima. Ao se deparar
com uma rampa, Shaw arrisca e realiza um salto sobre o mar com o seu carro
entre a rampa e a comporta em direção ao piso do navio. Após um salto bem
sucedido Shaw desce do carro, Sebastian Pig estava com seus três capangas
Hector, Harold e Tasco, todos estavam armados. À frente do grupo estava Racquel
Morrison, Sebastian Pig a segurava pelos braços, já estava sem a tapa na boca,
não havia risco de alguém escutar seu grito, mas Racquel permanecia confiante e
tinha a certeza de que seu namorado apareceria para salvá-la.
Shaw pega uma maleta preta no banco de
passageiro, era o dinheiro exigido. Rapidamente desce do carro e ordena:
_Solte-a!
_O dinheiro primeiro meu caro. – exigiu
Pig.
Shaw coloca a maleta sobre o chão e
realiza um chute na mesma, que se desliza em direção ao grupo.
_Confere por favor Hector. – ordenou Pig.
Hector confere rapidamente, o dinheiro
estava certo, finalmente a dívida foi paga. Após o sinal, Sebastian Pig solta
Racquel que instantaneamente corre em direção aos braços de Shaw que pede
desculpas, ambos se beijam.
Antes de sair pelas portas dos fundos do
navio em direção ao estabelecimento interno, Pig revela algo surpreendente:
_A partir de hoje Shaw, não me chame de
Sebastian Pig, agora eu sou o Porco-de-Bengala. – disse ao jogar sua carteira
de identidade no mar – O caminho está livre para você meu caro, cuide bem do
nosso nome. – de modo insano Pig solta uma gargalhada.
******
Seis meses se passaram, a Frost Enterprise
já contava com inúmeros sócios entre estes o Radiance, uma loja de jóias e
artigos importados da Rússia gerenciada por Wald Ganiev, o Cocquetel Club, uma
filial de Manhattan, sorveteria que também vendia bebidas e sucos, estava
localizada no hall do prédio dirigida por Byron e gerenciada pela capitã Morloney.
Havia também o Clube Barony, chefiado por Sebastian Shaw, era uma espécie de
escritório a favor das contas e empreendimentos medicinais em Bangladesh e
Índia. O Clube Wingard funcionava a favor das contas e empreendimentos
medicinais em Roma, era chefiado por Jhason Wingard. O Marauders’club era uma
boate afiliada com jogos de pocker localizada no subsolo gerenciado por James
Proudstar o Apache. Morlocks’clan dirigida por Leech e Vantoya Club dirigida
por Lehman Vantoya que teve seu ingresso em três meses após a abertura do
cérebro, Bengal’s Pig gerenciada por Porco de Bengala que teve seu ingresso em
quatro meses após a abertura do cérebro, o acordo foi feito através de
conversas e reparações com Robert Spencer, Clube Granville e o Clube Essex,
dirigido por Nathaniel Essex. O China Town Bank era um banco agregado e o
Elegance Club era uma loja de artigos de roupas e acessórios de marcas
relacionados aos mutantes. A X-Force era uma unidade de contenção policial
formada pela Frost Enterprise a fim de proteger os seus clientes nas bases de
acesso às plataformas e a Startup Enterprise era uma agência terceirizada da
empresa e além dessas havia mais outros noventa e nove escritórios agregados.
No início surgiram trezentos clientes para
povoarem o cérebro, isto porque foram feitos trezentos chips iniciais de
Nylengthy. Com o decorrer do tempo a sociedade foi crescendo e mais chips foram
produzidos. Cerca de um milhão de dólares eram pagos para a Frost a fim de
terem acesso ao cérebro com direito ilimitado. Por através de hologramas o
clube conseguiu decodificar lugares tais como a Ilha Muir, Cadeia dos Andes e
Antártida que eram lugares planisférios. Galáxia de Shiar e Galáxia de Órion que
eram grandes bases localizadas na troposfera. Todas as plataformas continham
uma estufa invisível cuja atmosfera controlada por computadores fazia reações
climáticas com previsões do tempo e temperaturas predeterminadas. Todas também contendo
uma pequena sociedade interna. E a plataforma de Odeong, local de intercessão
entre as bases. A Graymalkin, no
entanto, é uma estação espacial localizada na estratosfera, base militar
exclusiva da X-Force para a segurança dessas sociedades secretas. Com seus
relógios de tele-transporte, todos os clientes podiam acessar tanto na Frost
Enterprise como em um local escondido das vistas de outras pessoas.
Para o controle de acesso às sociedades
dimensionais, o Clube Wingard contratou alguns mutantes tais como Gambit,
Psylocke, Siryn, Arclight e Cyclone que operavam no turno da tarde. Pela manhã
operavam Jhason Wingard, Sebastian Shaw, Donald Pierce, Henry Leighland e Emma
Frost, Robert Spencer como fundador de toda a economia da X-club, incumbiu Jhason
como líder do club Wingard desde a fundação da Frost Enterprise. Para a
manutenção dimensional às camadas da plataforma de Odeong o clube contratou os
Morlocks cujos membros são: Masque,
Leech, Caliban, Facade, Lucid, Calisto, Plague, Erg, Rictor, Vertigo, Torpid,
Medula e Litteburg. Estes estavam incumbidos a manterem as sociedades limpas. Seus
asseclas trabalhavam em prol do saneamento, meio ambiente, postos de
combustíveis e serviços gerais. Em uma sala reservada, com monitoramento amplo
e tecnologicamente desenvolvido, os Morlocks se posicionavam em computadores
usando capacetes de transmissão dimensional, eles tinham acesso a todas as
sociedades, mas eram restritos de assuntos mais delicados como, por exemplo,
finanças e economia.
Em
determinado momento o club chegou a contar com cerca de cem mil habitantes nas
plataformas em geral, sendo que trinta mil se concentrava especificamente na
Cadeia dos Andes. Foi por esta plataforma que tudo aconteceu conforme os planos
de Nathaniel Essex. Era manhã de intenso calor, os Morlocks trabalhavam com
seus computadores respectivamente. Havia um revezamento entre os Morlocks,
enquanto alguns monitoravam nos plantões diurnos, outros monitoravam em
plantões noturnos. Naquele plantão estava Plague que logo emite uma mensagem a
Leech, líder do grupo naquele plantão, porém à noite Masque era líder.
_Temos uma
nova mensagem de Nathaniel Essex! – Plague direcionou a Leech.
_Sobre o
que se trata?
_Ele deseja
ter uma conversa em particular e com urgência.
_Diga à ele
que estou a caminho. – disse ao mover seu capacete para fora da cabeça – Erg
assuma o controle. – ordenou.
Nathaniel
Essex era um membro efetivo da Frost Enterprise, possuía um cartel de pílulas
alucinógenas que circulavam clandestinamente nos Estados Unidos. Também era um
ambicioso vilão e tentava se enriquecer à custa da Frost Enterprise.
******
Leech toma
o elevador até o escritório de Nathaniel Essex, e com pouco tempo chega ao seu
destino. As portas automáticas se abrem Leech entra em um grande ambiente
escuro iluminado por arandelas de cristais de quartzo:
_Caro amigo
Essex... Espero que tenha me chamado para me presentear com um comprimido de
êxtase.
Essex
permanecia por detrás de uma extensa mesa de mogno africano escuro.
_Não seja
por isso. - no mesmo instante retirou de sua gaveta um frasco e selecionou um
comprimido para entregá-lo.
_Porém o
assunto é outro...
_Sei que
está interessado na compra do Weekend. Um alucinógeno que pode deixar a pessoa
sob efeitos inofensivos por até uma semana?
_Não tenho
mil dólares para comprá-lo.
_Como
sabemos a Frost Enterprise é uma empresa fantasma com capacidade de criar
plataformas virtuais a fim de lucrarem com seus respectivos clientes. Como se
não bastasse a criação de novas plataformas poderia lhes render muito mais
dinheiro do que imaginam. Mas como meio de se prevenirem, eles se limitaram a
sete dimensões apenas para não gerar rastreadores espaciais. É notório a
utilização do satélite Fênix para a criação destas dimensões. Por isso conto
com sua ajuda e dos Morlocks para sabotarem a senha de acesso aos dados do
satélite Fênix e me trazerem as codificações em algum lugar da troposfera.
Pretendo com isto criar uma base robótica para criar um exército de andróides,
a dimensão será chamada de Astradrômeda. Você me fornecerá também o chip de Nylengthy
para tele-transportar à base, e isto é tudo que preciso.
_Perfeito! – Leech concorda – Porém, o que
ganho com isso?
_Bom, você poderá comprar o Weekend ao
invés de mil dólares, por dois dólares apenas. Na quantidade que você quiser.
_De acordo. Estarei providenciando o
código de uma dimensão na troposfera pelo satélite Fênix hoje mesmo. Reunirei o
grupo e breve estarei comprando as pílulas na sua mão.
Ambos se despedem, Leech agora tinha uma
missão, sabotar o satélite Fênix.
******
Em uma outra hora, no Morlock’s clan,
situado no Frost Enterprise, Leech reúne todo o grupo. Todos permaneciam
assentados a espera do anúncio de Leech que logo inicia:
_Hoje consegui uma proposta irrecusável de
Nathaniel Essex. Como todos sabem trabalhamos e não ganhamos muito por isso.
Contudo me foi oferecido a venda ilimitada do Weekend por apenas dois dólares
pelo nosso anfitrião Nathaniel Essex. Temos um desconto de zero virgula um por
cento, pois o Weekend, como sabemos, é vendido à mil dólares. Mas para realizar
esta compra deveremos sabotar o satélite Fênix e codificar uma dimensão
particular na troposfera para entregar à Nathaniel Essex. Ele pretende com isto
construir um exército de andróides.
_Mas não temos muito dinheiro na conta para
comprar uma quantidade que nos traga lucros inestimáveis. – indagou Masque.
_Quanto temos na conta Erg? – perguntou ao
tesoureiro.
No mesmo instante Erg acessa o noteboock,
realiza o cálculo e faz o extrato:
_Vinte mil dólares.
_É o bastante. Com vinte mil, compramos
dez mil pílulas, que vendidas nos gera um lucro de vinte milhões de dólares.
_Se a Frost Enterprise começou com este
investimento bilionário por apenas dezessete mil, podemos também arriscar com
esta grana. – sugeriu Calisto.
_Sem dúvida. Mas o problema será como
vender dez mil pílulas alucinógenas sem sermos descobertos? – questionou
Rictor.
_Não se preocupem pessoal. – interferiu
Leech – Iremos sabotar não somente a dimensão de Astradrômeda, mas também a
dimensão de Bellmont. O grande vulcão adormecido da Indonésia. Com a ajuda do
satélite Fênix e hologramas, codificaremos o interior do vulcão e construiremos
um grande complexo para um evento onde pelos controles do computador cérebro
controlaremos o clima interno, a infra-estrutura, as luzes e faremos invenções
de alojamentos externos para a estadia dos convidados em uma semana. Faremos os
convites aos interessados habitantes da plataforma de Andes, cerca de dez mil
convidados, isto é, um terço dos habitantes da Cadeia dos Andes. Como é sabido
entre nós, não é permito que se altere o subconsciente com substâncias químicas
nas plataformas da Frost Enterprise, caso contrário o habitante é banido
instantaneamente. Isto conforme o chip instalado no relógio, capaz de fazer o
cálculo de sanidade mental. Nesta altura do tempo muitos clientes devem estar
ansiosos para sair das dimensões e fazer uso de substâncias alteradoras. Sempre
estão inconformados por não poderem usá-las da maneira desejada. Dessa forma
faremos convites confidenciais, será uma surpresa para os interessados saberem
que existe uma plataforma apropriada ao uso. Solicitaremos que o ingresso seja
apenas pela compra da pílula, explicando seu efeito duradouro, no prazo de uma
semana e mais o dinheiro da consumação, sendo que o alojamento é gratuito.
Venderemos mil Weekends, e com o dinheiro arrecadado podemos comprar bebidas e
comidas antes da inauguração.
_E quando devemos começar? – perguntou
Facad
_Hoje à noite. Torpid entrará pela tarde
no setor administrativo onde trabalham os mutantes. Antes do turno da noite
existe um intervalo para a troca de comando onde apenas um mutante fica na
espreita. Torpid usará seu poder para desmaiar seu alvo e neste instante pegará
a senha do computador principal. Em seguida usará seu poder de reversão
sensorial para acordá-lo e sairá com o arquivo em mãos. À noite uma parte do
grupo usará as chaves de acesso ao terraço que eu mesmo providenciarei com
Jhason Wingard alegando falta de transmissão nas antenas, nesta hora
codificarei as chaves com um laser. Com cordas descerão até o último andar.
Quebraremos os vidros e eu entrarei para desativar os alarmes com meu poder de
bloqueio sensorial. Calisto com a visão noturna localizará os interruptores e
Torpid ativará o cérebro. Teremos uma hora para codificar as duas plataformas, será
tempo suficiente para sermos tele-transportados. Não deixaremos rastros nos
dados do computador, nossa localização será ocultada. Após nos alojarmos na ilha
Bellmont faremos os convites e assim que conseguirmos um terço dos habitantes
da Cadeia de Andes, a semana do Hell Club começará.
_Ao trabalho! – bradou Masque.
******
Era tarde, pelos corredores internos Emma
Frost caminhava ao lado de Donald Pierce, que relata sobre um ocorrido na
plataforma dos Andes:
_Senhorita Frost, os meus relatórios
constam três adolescentes banidos na plataforma dos Andes semana passada. Foram
encontrados com eles substâncias psicoativas e estavam sob efeitos da droga.
_Este incidente tem sido constante em
todas as plataformas eu sugiro que trabalhe para usar seu poder de sinergia
para tratar destes clientes exatamente na estação Graymalkin onde temos uma
base de reabilitação mental, para sócios em estado de degradação psíquica devido
as transições espaciais.
_Posso programar as consultas, mas o
difícil será convencer os jovens usuários a participar das mesmas.
_Farei um plano obrigatório, onde após a
infração na sua plataforma o sócio deverá passar por pelo menos três consultas na
estação Graymalkin. Assim então você entra em ação. – esclareceu enquanto
caminhava em direção ao cérebro.
No por do sol, na sala de administração,
os mutantes se preparavam para a troca de plantão. Durante à noite permaneciam
Ryan, Rajid, Elijah, Wanda Kassid, Sheyla Shin, Racquel Morrison e Rebeca
Colibelf que não eram mutantes. Em horário de menor transição mental não se
necessitava de muita força psiônica para manuseio do cérebro. Como previsto
apenas um mutante permanecia na sala, estava entretido, não percebeu a entrada
de Torpid, que por trás dele usa seu poder de deteriorar energias. Logo Cyclone
deita sobre a mesa, Torpid tinha pouco tempo para acessar o computador, checou
os arquivos e descobriu a senha, rapidamente gravou no disco que é posto sobre
a bolsa e usou seu poder sensorial revertido para acordar Cyclone. Sem saber o
que estava acontecendo ele pergunta:
_O que está fazendo aqui? O que houve?
_Nada, eu acho que você pegou no sono!
_Em que posso ajudar?
_Houve uma falha na transmissão de dados
dos últimos acessos na plataforma de Órion, estão usando perfis adulterados.
_Estes usuários estavam sob comando de
Psyloke, no meu sistema não apresenta falhas.
_Ok. Irei tratar com ela na sala de
reunião. – aproveitou o momento de ausência de Psyloke para não ser contestada
e sabendo disso se retirou despistadamente sem voltar ao assunto.
O tempo passa e agora era hora de Leech
entrar em cena. Na sala de reunião, no vigésimo terceiro e último andar da
Frost Enterprise ele encontra com Jhason Wingard. O encontro havia sido
informado antecipadamente, tratava sobre uma suposta falha na transmissão da
antena. Logo as portas automáticas se abrem, Leech entra.
_Existe um grande fluxo de dados no
sistema dos Morlocks que está atrapalhando na transmissão dos nossos asseclas.
Preciso das chaves do terraço para configurar a antena.
Leech se apresentava todo revestido por
equipamentos falsos, que na verdade não seriam utilizados para a manutenção da
torre, mas continha apenas o principal, que era o laser para decodificação das
chaves. Sem embargos Jhason o entrega as chaves ao retirar de um quadro
envidraçado no mural da parede. Leech se retira e ao chegar ao terraço, utiliza
o laser codificando as chaves. A primeira parte do plano estava cumprida.
******
Uma hora da manhã, cidade de Denver,
acesso à torre de antenas da Frost Enterprise, ali se posicionava Leech e os
Morlocks, aguardavam apenas a saída do último operador da sala de comandos para
que finalmente pudessem invadi-la e sabotar o cérebro. O horário já estava
vencido, pela madrugada não permanecia ninguém nos comandos cibernéticos, ou
seja, dentro das plataformas naquele período ninguém podia entrar e nem sair.
Ao amanhecer tudo voltava ao normal.
O local é liberado por Ryan, o último a se
desconectar do cérebro. Leech envia um sinal, logo Erg e Ricto descem pelas
cordas em rapel, contendo nas mãos um cortador de vidro. Rapidamente abrem dois
círculos num raio de um metro cúbico. Em seguida Torpid e Calisto descem pelo
mesmo caminho. Calisto se adianta e usa seu olho biônico para enxergar sobre o
escuro, nada obstante identifica os conectores para ativação do cérebro. As
luzes se ascendem, Torpid se apressa e com a senha em mãos, aguardava pela
recarga dos computadores para ativar os comandos.
Tudo parecia pronto, Torpid fez o
impossível, que era acessar o cérebro. Porém agora Leech surgia por trás. Com
sua técnica em cibernética tomou a direção dos controles para poder adaptar uma
dimensão à Nathaniel Essex. Em pouco tempo conseguiu criar uma base na troposfera
onde arquivou os dados em um chip de Nylengthy. O plano estava quase concluído,
Astradômedra estava em mãos, agora Leech se preocupava em criar um clube dentro
da ilha Bellmont na Indonésia, fez uma conexão com o satélite de Odeong e
também criou alojamentos ao derredor. Tudo foi sendo codificado pelo satélite
de Odeong. Leech consegue ocultar as duas plataformas do cérebro, porém os
Morlocks deixaram rastros pela janela ao invadirem. Em poucas horas tudo
parecia feito, o Hell Club foi decodificado, a equipe é tele-transportada e
naquela mesma noite os Morlocks iniciam sua aventura na ilha.
Após serem tele-transportados à uma base
de comandos na ilha da gruta, Leech precisava apenas de fazer os convites à dez
mil usuários da plataforma de Andes. Dessa forma, Plague averigua primeiro os
usuários que já foram banidos por causa de substâncias alteradoras. Assim
ficaria mais fácil receptá-los ao convidar para a compra do Weeckend. Plague
informaria o uso liberado da substância e a estadia durante uma semana dentro
de uma plataforma dimensional sem problemas com expulsões em decorrência do uso.
O que, sem dúvidas, acabaria com aceitação do convite feito.
Depois Plague procura por usuários que
contêm registros de experiências passadas com substâncias químicas nos dados
arquivados. Após um longo trabalho em equipe, os convites são feitos, apenas
cinco por cento não se enquadrava nos quesitos para receberem os convites,
talvez estes poderiam denunciar aos administradores, a equipe preferiu não
arriscar.
******
O dia amanhece, os Morlocks fazem a compra
de dez mil pílulas de Weekend após entregarem o Nylengthy decodificado à
Nathaniel Essex. Tudo ocorria com a transmissão de comandos por um sistema
adaptado em uma base criada por hologramas e concretizada em um local da ilha.
Por outro lado o Clube Wingard se depara com a sala de controle totalmente
corrompida.
_O que significa isto? – perguntou.
Emma Frost assusta ao notar os painéis
ativados e os vidros da janela quebrados.
_Fomos invadidos! – declarou Sebastian
Shaw.
_Rápido, ligue os rastreadores, vamos
verificar se há intrusos nas plataformas.
_Ok.
Em frações de segundos os convites foram
enviados a maioria dos habitantes da Cadeia de Andes pelo chip de Nylengthy
instalado nos relógios de acesso dimensional. Os Morlocks exigiam apenas uma
quantia de mil dólares para a aquisição do Weekend, mencionando o tipo da
substância, ou seja, uma pílula, com efeito alucinógeno com duração de uma
semana sem bloqueio na plataforma dimensional pela alteração da mente. Além
disso os Morlocks advertiam sobre o dinheiro extra para a consumação das
iguarias e bebidas, sendo que o alojamento na área adjacente seria
disponibilizado gratuitamente pelos organizadores. Aos poucos foram surgindo
interessados, o acesso à outras dimensões seria bloqueado por uma semana e isto
havia sido informado antecipadamente. Logo os Morlocks foram arrecadando
dinheiro. Era o primeiro dia da semana, quando chegou a tarde já contavam com
cinqüenta por cento do total estipulado.
Enquanto isso na Frost Enterprise ouvi-se
um aviso:
_Emma, tenho uma péssima notícia! – disse
Arclight - Os Morlocks estão inativos, fui a sala de manutenção e não encontrei
ninguém. Além disso, muitos clientes reclamam da ausência dos servidores para
prestarem serviços nos seus respectivos postos. Não foi encontrado nenhum
assecla nas imediações do cérebro.
_Estranho! – disse Emma ao se virar contra
a janela – Tenho a mera impressão de que os Morlocks estejam envolvidos com esta
invasão do cérebro.
Era quase pôr do sol, um terço dos
habitantes que foram convidados já estava quase completo. Naquela hora uma
cliente da plataforma de Andes ainda pensava sobre o convite feito, seu nome
era Roni Clover. Sua ficha constava um
histórico marcado por uso constante de drogas alucinógenas, portanto, mais uma
escolhida pelos Morlocks. Todavia Roni Clover havia cessado o uso há alguns
anos atrás. Achou estranho a saída empolgante de sua melhor amiga após aceitar
o convite. À princípio pensou em denunciar aos administradores, mas achou melhor
aceitar o convite para acompanhar sua amiga de perto e por curiosidade desejou
ver o que significava o Hell Club.
Ao cair da noite os Morlocks atinge um
terço da população da plataforma de Andes. Imediatamente Leech ordena aos
moderadores para que deletem os convites remanescentes para não deixar rastros.
No mesmo instante os convites são apagados. Roni Clover foi tele-transportada
na última hora. Com o seu relógio de Nylengthy entrou em contato com sua amiga
e a localizou.
_O que está fazendo aqui Roni? Faz tempo
que não curte este tipo de adrenalina? – disse enquanto organizava suas roupas
no armário.
_Eu vim te proteger!
_Você deve estar enganada. – deixou
escapar um sorriso – A partir de hoje estarei comemorando os melhores dias da
minha vida.
_Você pode estar correndo perigo. –
alertou - Esta dimensão talvez não esteja de acordo com as regras do cérebro.
_Se não tivesse como tudo poderia ter sido
criado sem a autorização dos administradores.
_Eu não vejo nenhum deles por aqui. Eu
suponho que esta dimensão seja clandestina.
_Não se espante amiga, talvez a Frost
Enterprise tenha criado esta dimensão para oferecer a seus clientes um ensejo
diferente. - disse ao fechar o armário – Agora vamos senão vamos perder a
cerimônia de abertura do Hell Club.
******
Era meia-noite quando o último turno se
retira do cérebro da Frost Enterprise. Cyclone, que foi escalado para
inspecionar o sistema no momento de ausência do fluxo, começa a averiguar o
cérebro logo após o encerramento operacional. Algumas horas se passam e Emma
Frost surge:
_Alguma pista?
_Pesquisei sobre o fluxo de transmissão e
um terço dos usuários da Cadeia de Andes foi transportado para uma plataforma
desconhecida através de uma conexão clandestina da qual não pude identificar. –
explicou Cyclone.
_E sobre a plataforma?
_Foi ocultada pelo sistema. Apenas alguém
da nossa linha de comando poderia fazer essa conexão.
_Foram os Morlocks, eles nos traíram,
estão ausentes, eles e seus asseclas.
_Provavelmente Leech está no comando.
Podemos rastreá-lo.
_Não adiantaria rastreá-lo, a esta altura
ele já deve ter alterado o chip.
_Eu preciso apenas da localidade, pois
esta plataforma pode estar em qualquer lugar da galáxia, os nossos satélites
não são capazes de rastrear perfeitamente o paradeiro desta dimensão, mas se
tivermos a informação precisa do local, em poucas horas decodificamos a base e
conseguimos conexão com o cérebro.
_Vamos tentar encontrar pistas com os
usuários remanescentes. – alertou Emma – Abordaremos os familiares das pessoas
desaparecidas e tentaremos saber se foi revelado algum paradeiro antes do
teletransporte dos desaparecidos.
_Ok. Vou desligar o rastreador. Vai levar
horas para atingir toda a América. Até concluir já estaremos iniciando nosso
plantão pela manhã.
_Ótimo, te vejo amanhã junto com a equipe
na Cadeia dos Andes para a investigação.
Ambos se retiram da sala, o sistema é
encerrado sem nenhum resultado, a Frost Enterprise está em perigo, enquanto
isso, na ilha de Bellmont, a festa de abertura do Hell Club inicia com muita
música eletrônica e bebida. Todos os convidados parecem já sob efeito do
Weekend, de menos, Roni Clove, que apesar de comprado a pílula, por ser de
caráter obrigatório, acabou a desperdiçando e ficou por conta de vigiar sua
amiga e espiar os organizadores do evento. A semana do Hell Club foi se
passando, as horas demoravam pelos ponteiros do relógio, um terço da população
de Andes não parecia perceber o clima interno do grande sino, também não
contavam com o amanhecer e o por do sol. Tudo foi categoricamente instalado de
tal modo que as larvas e o calor da gruta pareciam apenas cenas de efeitos
especiais nas quais não se podiam transmitir calor às pessoas. A gruta interna
e profunda do vulcão artificial parecia exalar vapores por algumas partes, em
sete pátios gigantescos havia pistas de dança onde muitos pareciam não pararem
por um segundo sequer.
******
Roni Clover aterrorizada com o que via,
acompanhou sua amiga Deyse, ela parecia psicologicamente sem equilíbrio mental,
não associava as coisas ao redor tampouco notava que alguns garotos tentavam
abduzi-la. Roni Clover esteve vigiando-a, tentou convencê-la para os
alojamentos externos para descansar, mas ninguém até aquela hora arriscava
dormir, apenas saíam para os campos adjacentes para tentar passar a adrenalina
do alucinógeno.
No sétimo dia Roni Clove consegue adquirir
todas as pistas sobre o paradeiro da base de tele-transporte à Frost
Enterprise. Enquanto Leech andava pelas trilhas para fazer transições secretas,
Roni o acompanhava por distante. Era pôr do sol, hora em que por dentro do Hell
club, a neblina das larvas e do fogo exalava uma fumaça que ao invés de tóxico,
era completamente inodora e produzida artificialmente, como todos os efeitos
atmosféricos, por efeitos virtuais e transmitidas àquela plataforma por
configurações dimensionais na base de controle criada pelos Morlocks.
Finalmente ela consegue observar uma porta
de vidro eletrônica que se abria por censor corporal. Leech ao entrar não
percebeu que estava sendo seguido, imediatamente tele-transportou, Roni
conseguiu acesso e rastreou a conexão com os comandos da Frost Enterprise. Após
alguns minutos Roni é atendia, era quase noite, Cyclone, o operador oficiou
daquele plantou atende.
_Serviço de atendimento ao cliente Frost
Enterprise, Cyclone, em que posso ser útil?
_Sou Roni Clover, é urgente, estou em um
local desconhecido onde membros desta empresa se encontram controlando uma
festa clandestina usando de artifícios pertinentes à Frost Enterprise para
manipular comandos.
_Certo, me passa os dados do servidor que
estaremos providenciando a X-Force para detenção do grupo.
Rapidamente Roni passa a informação,
Cyclone pega os dados e informa a Gambit o operador suplente:
_Gambit, encontrei o paradeiro da população
perdida de Andes. Se encontram na ilha de Bellmont, observe. – mostrou a ele a
descrição.
_Ótimo, pelo que vejo foi tudo
decodificado, os Morlocks nos traíram de fato e bloquearam o retorno da população
a nossa base. Arclight, Pyslock, Syrin, Prisma, Crystal, preparem-se, vamos
enfrentar os Morlocks juntos com a X-Force.
_Cyclone, o que está esperando acione
Robert Spencer e o seu grupo e os avisem logo.
******
A noite chegou e o Hell club estava mais
um dia em festa. A música não parava, os Morlocks tinham asseclas para apoio a
todos os participantes, mas mal sabiam que em breve a X-club chegaria ao
encalço dos seus intrusos. Não demorou muito e todo grupo da X-club se reuniram
em uma só unidade para enfrentarem os violadores do chip para criação da
plataforma Hell club. Como previsto o grupo consegue acesso, um conflito se iniciou
contra todos os participantes para detenção e ajuda as vítimas, houve um
alvoroço, pessoas fugindo, algumas dopadas pelo alucinógeno Weekend, mal
conseguiam entender o conflito. A X-club, junto com a X-force e os mutantes, conseguiram
capturar os asseclas, que com muita resistência revidaram o ataque usando
poderes mutantes. Porém não foram páreo para o grupo, foram detidos por Cable,
o capitão da X-force que emitiu um comando à equipe:
_Quero que transfiram todos os capturados
para a ilha Escalibur, na base de detenção irão prestar depoimentos, até que se
justifiquem de sua aliança com os Morlocks.
Por outro lado os mutantes pretendiam
capturar os principais membros dos Morlocks, que fugiram por possuírem
prioritariamente o comando de tele-transporte de translado à outras dimensões.
Gambit e os mutantes chegam após uma vistoria na base de controles utilizando
sondas virtuais para localização dos chips portados pelos Morlocks.
_Não encontramos rastros dos Morlocks. –
disse Gambit ao retornar para o interior da gruta – Fomos até a base por onde
chegamos, averiguamos os comandos criados por Leeck, mas eles conseguiram
fugir.
_Como pôde acontecer? – perguntou Robert
Spencer.
_Provavelmente bloquearam a saída de
todos, exceto o translado por meio dos seus próprios chips.
_Quero que a nossa equipe faça a divisão
dos asseclas e as vítimas. Todos os envolvidos pelo que esta plataforma lhes
ofereceu deverão ser diagnosticados por profissionais da área mental e
obrigados a exames. Envie-os para a base da Graymalkin onde nosso centro de
reabilitação deverá ser criado pela Odeong para ocupação de toda esta gente.
Vejo que estão sob efeito de algum alucinógeno.
_Temos que relacionar os familiares das
vítimas para retorno das mesas conforme a recuperação. A intervenção dos
responsáveis para a retirada é essencial. Serão liberados até que o nosso
detector de efeitos psíquicos por substância possa comprovar a desintoxicação,
assim poderão ser desligados do regime que será proposto pela Graymalkin. Isto
quanto aos que são nossos clientes individuais. – disse Emma Frost.
_Jason, faça o processo de translado às
bases correspondentes, todos serão observados, até que consigamos encontrar os
Morlocks para demiti-los.
_Provavelmente os Morlocks não conseguiram
se render até a criação de alguma base para intrusão de nossas plataformas. –
disse Jhason.
_Faremos o bloqueio dos chips de
Nylengthy. Se conseguirem, codificação, terão que viver em esgotos
subterrâneos. – declarou Flammer.
Em poucos minutos Jhason consegue executar
a ordem e a divisão entre os envolvidos foi feita, a ilha Bellmont é desocupada,
a X-force ficou responsável pelo tratamento das vítimas na dimensão Graymalkin
e a X-club, pelos seus comandos na Frost Enterprise, responsáveis pela punição
dos asseclas na ilha Scalibur.
******
Após muito trabalho a X-club consegue
voltar a suas atividades normais, houve uma reunião unânime com todos os
líderes da Frost Enterprise. Flammer como fundador da economia da X-club e
principal mediador da construção do edifício, designou Byron, gerenciador do
Coquetel’club à responsável pelo club Barony. A Frost Enterprise continuou
sendo uma empresa fantasma com todos os seus sócios agregados, exceto os
Morlocks, procurados por suspeita de fraude.
FIM