segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Gambit&Morlocks

Episódio 3 – O último emprego




Muitos anos passaram, Remy agora adulto, trabalhava como funcionário do Coquetel club. Local onde se reuniam diversas classes de pessoas em Manhattan, inclusive mutantes. Os principais produtos vendidos eram batidas, refrescos, sorvetes e coquetéis servidos em taças metálicas, porcelanas ou cristais. Um ambiente agradável preservava em torno de sua ilustre ornamentação, uma decoração elementar e moderna. As mesas se subdividiam entre duas colunas, outras se restringiam pelo salão superior. Os azulejos emitiam um contraste imaculado do brilho proveniente da polidez e dos reflexos das luzes das arandelas metálicas. Muitos garçons faziam o atendimento pela parte externa, usavam uniformes típicos, principalmente luvas e outros assessórios.

Muitos se ocupavam pelos compartimentos internos.

No setor de limpeza estava Remy e alguns funcionários que se ocupavam em diferentes tarefas. Um longo balcão era totalmente equipado para funções especificas, em algumas partes a ventilação eletrônica mantinha o clima arejado do local. Uma destas funções era exercida por Remy. Usava um jaleco de limpeza, luvas e óculos de proteção aos olhos tal como um equipamento de mergulho. Seria útil para disfarçar da íris vermelha nos olhos evitando a percepção esquizofrênica da mutação.

_Depressa! – alarmou o gerente ao entrar pela porta de impulso – Temos muitos pedidos, hoje será um dia de muito trabalho.

_Prepare os refrescos. – ordenou à um funcionário.

Andou alguns passo em direção ao local onde Remy lavava as taças.

_Apressa-se com isto garoto. – chamou sua atenção ao remoer os dentes – Se quiser seu dinheiro tente lavar estas taças... – virou contra a porta e disse em um tom de voz alto e áspero – Hector!

No mesmo instante um dos funcionários entra pela porta de impulso, usava tão-somente um jaleco, exibia um porte físico largo, em seu braço direito uma tatuagem discreta. Seu aspecto era rude, trazia uma bandeja cheia de taças.

_Quero que termine isto em um minuto. – ordenou de modo severo - Tudo estará limpo e seco! – ajustou o relógio.

Remy inicia uma lavagem rápida, enquanto isto pelo salão tudo parecia bem, de fato era um dia de bastante movimento. Os garçons saiam e entravam com as bandejas e os pedidos, um som de voz se dissolvia por todas as partes. As pessoas usavam trajes elegantes, um clima instável circundava o local, uma noite agradável parecia ser o cenário ideal para uma visita ao Coquetel club. Algo, porém, preocupava Remy, uma tarefa árdua deveria ser empenhada, a quantidade de taças era imensa. Entre os clientes havia um casal, um dos garçons logo surgia com o pedido, duas taças metálicas de framboesa com morangos na borda. As taças são postas sobre a mesa, o garçom se retira, a mulher do cliente o observava contente, este recebeu um susto ao tocar na taça. Uma pequena carga elétrica é misteriosamente emitida. Sua bebida é derramada, o cliente se estranha. Algo muito diferente havia ocorrido, o cliente solicita ajuda. Em pouco tempo outros clientes foram tendo a mesma frustração. As taças pareciam eletrizadas, muitos reclamavam pelas roupas finas agora manchadas pelo incidente. No local interno o gerente surgia enfurecido, as portas de impulso são movidas em um forte impacto.

Aproximando-se de Remy o gerente tentava diagnosticar a razão das reclamações.

_Tempo esgotado, um minuto. – disse enquanto secava as mãos.

O gerente ainda parecia insatisfeito, mantinha um aspecto bravo.

_Darei mais algum tempo para você explicar por que as taças estão eletrizadas? – Remy retira o óculos de proteção.

_Alguns clientes reclamam de pequenos choques elétricos, talvez haja algum cabo solto no armário, alguma tomada danificada. – reclinou pela parte inferior onde havia um pequeno depósito embutido, abriu duas gavetas, tentava diagnosticar o fundo da pia. Não encontrou nada se não as luvas que Remy usava.

_O que significa isto? - mostrou a luva da mão direita que apresentava sinais de queimadura. – Mostre-me sua mão.

Remy estende a mão, mas o gerente sabia que o ocorrido se originou do seu poder mutante.

_Como conseguiu fazer isto?

_Eu posso explicar.

_Está despedido. Já me basta este olho esquizofrênico e agora ter que lidar com o homem que fricciona taça e libera cento duzentos wats de eletricidade.

Remy saia constrangido por mais um conflito devido sua mutação. Tomou seu capacete, e fez um extremo ruído do pneu da moto sobre o asfalto. Da janela o gerente o observava. Aberração da natureza – indagou.

Gambit&Morlocks

Episódio 2 – Remy Lebeau




Após a retirada de todos os enfermeiros que auxiliavam a operação, permaneceu-se somente o doutor Stanberg, o médico responsável. Inquieto tentava diagnosticar a origem dos vestígios que surgiram misteriosamente. Uma injeção foi aplicada para análise das primeiras amostras. Provavelmente aquela estranha substância estivesse ocupado a região óssea. Depois da coleta do sangue não foi descoberto senão o aumento da hemoglobina devido a dilatação do endotélio. O exame de raio-x revelava uma placa mais consistente e escura em torno do anti-braço direito.

O médico fazia a comparação pela iluminação de uma arandela em seu escritório. O primeiro exame é mantido em um arquivo secreto. Mais tarde o médico teve a resposta para sua indagação, uma segunda amostra foi feita por um exame de sangue detalhado, o nitrogênio é identificado, nada parecia definido. Um só composto químico seria responsável por este fenômeno, o óxido nítrico, é um dos principais causadores da dilatação do endotélio que aumenta o fluxo sanguíneo e que contém o nitrogênio em sua composição.

Para descobrir a origem dos vestígios seria necessário saber a composição química do óxido nítrico. Alguns estudos foram realizados, soube-se que as altas temperaturas ambientais, o nitrogênio molecular e o oxigênio são capazes de sintetizar-se para formar o óxido nítrico. Porém a maior produção natural é produzida pelo relâmpago. Stanberg chegou à uma dedução sensata, descobriu que pelo relâmpago ao atingir alguns dos equipamentos, inclusive a incubadora, originou-se o óxido nítrico no soro injetado na criança. A pergunta sobre como este composto poderia ter interagido com o soro líquido era constante, o médico manteve o caso em sigilo, exceto, convidou um físico para dizer algumas evidências sobre o ocorrido.

Com a visita do físico as dúvidas foram esclarecidas, soube-se então que não era seguro o método utilizado para sondagem do soro. O líquido era mantido em um depósito metálico ao invés dos tradicionais plásticos descartáveis, embora fosse muito útil para economizar, neste caso foi o principal culpado pela difusão do óxido nítrico com o soro. Por ser um bom condutor de eletricidade, o metal conseguiu guiar a energia oxidada do relâmpago ao depósito metálico. O físico disse sobre o fenômeno que produz o óxido nítrico, disse-lhe:

_Enquanto os choques das partículas dentro da nuvem em uma chuva se intensificam, a quantidade de carga em sua superfície aumenta e, conseqüentemente, o campo elétrico criado por essas cargas também se eleva. Com o aumento da intensidade desse campo, as moléculas de ar entre as partes eletrizadas sofrem polarização e se orientam de acordo com o campo elétrico. O efeito de polarização se intensifica com o aumento da intensidade do campo até o ponto em que elétrons são arrancados das moléculas do ar tornando-se propensos à atrações elétricas. O campo magnético, dessa forma ionizado, se transforma em um condutor gasoso. Este campo tem certo limite de alcance à terra, porém, com o óxido nítrico ionizado, foi possível os raios elétricos atingirem alguns equipamentos em longa distância formando um caminho chamado de canal condutor.

_Genericamente, - continuou - o valor de campo elétrico que provoca ionização em um meio é denominado rigidez dielétrica desse meio. A respeito da rigidez dielétrica no ar, - disse-lhe o físico ao mostrar um exemplar entre seus documentos - ela varia com as condições da atmosfera. Isto é, quando o campo elétrico ultrapassa esse valor limite, diz-se que houve uma quebra da rigidez dielétrica do meio. Isso transforma um íon isolante em um condutor. Este fenômeno além de ter sido o responsável pela formação do canal condutor que conduziu o relâmpago até atingirem os equipamentos, foi também o responsável pela formação do óxido nítrico presente na atmosfera. Na verdade doutor, - acrescentou o físico - os relâmpagos apenas são capazes de eletrizar objetos bons condutores colocados em seu campo elétrico, como evidentemente aconteceu com o metal da incubadora.

Ambos se despediram, mas ainda algo parecia incompleto para o médico. O caso foi explicado à uma das enfermeiras. Depois de algumas comparações com o demonstrativo do físico, o médico conseguiu chegar a uma conclusão sensata, ou seja, a difusão do óxido nítrico ocorreu pela oxidação que é a perca de elétrons da substância do soro pela influencia do raio, como a polarização das moléculas no campo elétrico.

_Estes são os exames de raio-x. – exibiu.

_Estranho. – suspeitou a enfermeira - calcificação?

_Não. Uma oxidação polarizada. Uma eletricidade altamente oxidada atingiu os equipamentos da incubadora até fundir-se ao soro. O óxido nítrico na forma de gás foi responsável pela fusão. A substancia infiltrou posteriormente pelos vasos sanguíneos até ser absorvida pelos ossos.

Em comparação ao raio-x do braço esquerdo, havia uma camada iônica difundida com os ossos, desde as mãos e em todo o ante-braço.

_A explicação desta absorção está na reação orgânica. – sugeriu a enfermeira - Um organismo de um recém-nascido necessita de cálcio na corrente sanguínea devido o mau funcionamento da circulação, porém irá repor a falta retirando o cálcio dos ossos, a interferência do soro e o fenômeno de oxidação ocasionou a ligação entre a substância e os ossos. A grande presença de magnésio nos ossos sintetizou-se com o óxido, formando então esta camada iônica.

Após algumas horas de análise a enfermeira se aproximava com alguns detalhes das pesquisas feitas em torno daquele fenômeno:

_Segundo as amostras, a ligação iônica das moléculas ocasionou maior influência de prótons no organismo. Mas se não fosse a sua alta solubilidade, jamais poderia atuar nas células sanguíneas e tampouco nas veias nervosas. Por ser um gás muito solúvel nos músculos, conseguiu absorção do corpo e mais tarde se difundiu com os ossos. Um conector permitiu que os íons passassem diretamente do citoplasma de uma célula para o de outra. – mostrou a imagem da célula - Neste caso ocorreu uma ligação elétrica, a passagem do impulso nervoso nessa região é feita por substâncias químicas neurotransmissores. Assim também por ser um gás neurotransmissor nas células nervosas, o óxido conseguiu absorção até atingir o nervo ótico afetando acidentalmente a retina. – mostrou o relatório do exame que constava a presença da substância em torno da córnea óptica.

_Com a retina afetada ocorreu-se uma polimerização, eliminando o pigmento castanho negro, chamado eumelanina. Além disso, a radiação ionizante causada pelo óxido, obrigou o licopeno, que tem por função de impedir a oxidação das substâncias químicas que ocorrem nas reações metabólicas, de atuar na reparação das células nervosas da retina, assim predominou-se a cor vermelho na íris do olho por reposição metabólica.

_Isto é uma aberração! – assustou ao observar o recém-nascido que permanecia imóvel sobre a incubadora com os olhos vendados.

_Esta substância realmente possui funções específicas, foi responsável por estas reações.

_Além disso, seu sistema nervoso foi modificado geneticamente, seu braço iônico contém elementos puramente positivos o que acarreta na atração de energias elétricas negativas provenientes da própria terra. E assim como a formação do canal condutor na atmosfera, seu corpo também se torna um bom condutor de energia. Isto possibilita a capacidade de absorver energia elétrica em voltagens talvez incalculáveis, concentrando especificamente em seu braço direito.

Estas reações foram melhor explicadas após a abertura dos olhos da criança, a enfermeira acompanhou o doutor Stanberg em todo o tratamento. O fato assustou à muitos, a notícia não se expandiu e foi mantida em sigilo pelo grupo. A criança foi abandonada após três meses de parto. A mãe de origem francesa não conseguia aceitar o fato de que seus olhos haviam sido afetados, jamais foi encontrada novamente, muitos acreditavam que ela tentou suicídio, mas a razão mais aceitável foi a migração para o sul do país, em Nova Orleans, onde habitavam os seus prováveis descendentes migrantes da França. A criança foi mantida em um internato de crianças órfãs após o tratamento de um ano sob a custódia do hospital. Recebeu o nome de Remy que após cinco anos finalmente foi adotado por Jane LeBeau.

A mãe adotiva se aproximava do local onde receberia o pequeno Remy acompanhada de uma das assistentes da instituição. Usava um traje fino, estava ansiosa, havia recebido a notícia da adoção. Jeane LeBeau realmente se interessava pelo órfão.

_Por aqui. – encaminhou a assistente.

Um salão possuía suas paredes brancas e neutras, algumas crianças exerciam algum tipo de especialidade mental. Usavam uniformes brancos e específicos e trabalhavam com objetos de ajuda psíquica. Remy ainda de costas tentava equilibra a última carta de baralho sobre uma coluna de castelo de cartas. A assistente se aproxima:

_Remy. – chamou.

As cartas no mesmo instante se desmontam, Remy atendeu ao chamado virando-se lentamente em direção à voz levando consigo uma das cartas do baralho. Seus olhos estranhos e oblíquos encaravam a pessoa desconhecida que estava presente ao lado da assistente. Permaneceu em silêncio por algum instante, mantinha uma aparência rude.

_Esta é sua nova mãe.

Uma lagrima corria sobre sua face, Jane estava um pouco espantada devido a mutação dos olhos. Seu sorriso ao mesmo tempo demonstrava alegria junto ao sentimento lamentável em ter que se despedir daquele garoto que entre muitos, apresentava traços extremamente especiais.

_Um novo lar o espera. – continuou.

Remy preferiu manter imóvel e em silêncio, não se manifestou, era o início de uma inesquecível jornada do mais recente membro da família LeBeau.



Gambit&Morlocks


Episódio I: O nascimento



Instantes depois dos primeiros sinais a gestante é conduzida ao hospital e recebida com cuidados especiais, a atenção naquela hora deveria ser recobrada. A maca passava entre os corredores guiada por outros cinco enfermeiros. A preocupação a respeito de sua sobrevivência era recobrada pela atenção. Chovia muito e a expectativa era intensa, muitos enfermeiros se dispunham à operação de parto. Raios extensos e trovões estrondosos eram constantes e às vezes impossibilitavam a comunicação entre os enfermeiros. Finalmente após muito trabalho os médicos conseguiram concluir a operação com êxito. Da janela apenas ouvia-se os primeiros sinais da criança.

O recém-nascido foi mantido sob o sistema de uma incubadora por um longo tempo. Um outro fator ainda preocupava os médicos, a alta incidência de raios que surgia simultaneamente por aquela região. Era noite, a chuva havia cessado embora ainda houvesse incidências de relâmpagos. Durante todo o período de assistência o tempo ameaçava uma nova chuva. Alguns raios retornaram em locais aproximados, em pouco tempo um primeiro choque atingiu as torres de eletricidades provocando um blecaute em todas as partes da região. O sistema automático dos geradores hospitalares possibilitou a continuidade do parto com luz normal. Aos poucos as luzes circunvizinhas foram voltando, um dos assistentes permanecia apreensivo pela janela.

Ainda por aquela hora ocorre novamente um novo blecaute. Um choque ainda mais potente atinge os geradores do prédio que comprometeria o estado físico da criança caso não fosse o sistema automático da própria incubadora de reativação dos controles de temperatura e sondagem. O fusível do gerador não suportou por muito tempo e foi danificado devido a incidência do blecaute, portanto, apagaram-se as luzes. Os computadores no mesmo instante do raio foram desligados, em frações de segundos, tornaram a funcionar, como no primeiro caso, as luzes ainda permaneciam apagadas embora os computadores estivessem em processo de reativação.

Porém agora, algo intrigava o doutor Stanberg, médico responsável pela conexão dos cabos via computador. A reativação dos demais aparelhos foi instantaneamente automática, a ativação da incubadora por outro lado, deveria ser feita por partes. Elementos tais como a sonda, controle de temperatura e gases puderam ser reativados normalmente, porém a válvula giradora responsável pelo filtro de ar, termômetro, e guarnições não foram ativados devido o reinicio do sistema no primeiro choque. O médico responsável pela operação analisava o monitor que descrevia o histórico do processo de ativação. A primeira descrição informava sobre a sonda, sua ativação estava aprovada. A segunda descrição surgia em letras aleatórias aprovando também o controle de temperatura e os gases de oxigênio internos sucessivamente. A próxima descrição parecia ser algo intrigante, a válvula giratória estava desativada, assim como guarnição e termômetro.

_Ative o botão automático. – ordenou em tom de voz alto ao médico auxiliar – A válvula giratória está desativada. – preocupou-se.

_Não consigo identificá-lo.

Um dos enfermeiros, assustado, notou pequenas eletricidades em movimentos na incubadora em meio a escuridão, preferiu não comentar nada, pensou que fosse cabos eletrizados soltos. O assistente tentava se apoiar em algum objeto a procura do botão automático e mais tarde avisava aos demais a ausência de choro.

_A criança está muda. – assustou o médico responsável.

Assim iniciou-se um pequeno acúmulo de ar na cúpula. Após alguns segundos rápidos, voltaram-se as luzes do hospital dando finalmente visibilidade ao botão automático de abertura da cúpula em casos de emergência. Ao lado da incubadora, dentro do depósito metálico onde se depositava o soro, ocorriam algumas bolhas espumantes. Talvez o depósito estivesse superaquecido, para os médicos, algo fora do comum, mas aquilo parecia se identificar à uma fusão química.

Antes de pressionar o botão automático, muitos acreditaram ser o fim da operação, a criança era quase imperceptível, uma grande nuvem de gás havia se acumulado sobre a cúpula. O botão automático é pressionado, a abertura da capa sobre a cúpula envidraçada se desfez pela saída de uma grande neblina de gás. Aos poucos a criança foi ressurgindo com o gás dissipado, estava imóvel e inconsciente. Os médicos observaram-no atentos para conferir seu batimento cardíaco. Um dos aparelhos é posto sobre seu peito, e por causa do choque elétrico, o recém-nascido teve apenas um distúrbio adormecendo-se.

Stanberg reiniciou a operação com êxito, porém algo muito estranho surgia pelo monitor do sistema. A presença de pequenos vestígios de partículas substituía devagar as substâncias do soro antes adicionadas ao corpo pela sondagem, e isto pode ser notado devido a tecnologia de acompanhamento da sondagem monitorada pelo computador. Distinguiam-se, então, as partículas por cores.

_O que é isto? – estranhou após notar uma nova pigmentação que surgia lentamente pela mão direita do recém-nascido na imagem detalhada do molde corpóreo.

_Uma substância desconhecida não adicionada pelo sistema. – sugeriu o auxiliar.

As partículas desconhecidas vistas pela imagem fictícia exibida no monitor seguiam preenchendo todo o antebraço, desde o dedo onde fora aplicado a sondagem até o cotovelo. Antes que a substância ultrapassasse aquela região, Stanberg cancela a operação ao reiniciar o sistema.

Uma nova operação foi reiniciada, a sondagem era regular, porém estas partículas agora eram atraídas gradativamente para a região óssea. Aos poucos aquela estranha pigmentação se apagava da imagem dificultando ainda mais sua visibilidade. A sondagem era regulamentada pelo sistema, isto possibilitou que a substância fosse substituída pelo soro neutro.

_Talvez tenha sido algum erro na leitura do sistema. – comentou Stanberg.

domingo, 11 de novembro de 2012

O Retorno de Apocalipse - final

A DERROTA DE APOCALIPSE









Gambit, momentos depois de avisar sobre o ponto fraco de Apocalipse, é afetado por uma estranha energia psiônica de Apocalipse. Observando sair de repente da sala, Charles questiona:



_O que houve, para onde vai?



Sem dizer, Gambit se uni à Apocalipse. Em sua base secreta, sr. Sinistro o aguardava:



_Seja bem-vindo!



As portas automáticas se abriam para o mutante.



_Se não é nosso querido Gambit? - disse Sinistro em tom cordial.



Gambit parecia pouco inconsciente.



_Durante as experiências em suas pálpebras e no revestimento da camada iônica em seu braço, tratei em instalar um dos chips que seriam usados no ataque em Nova York. De modo secreto realizei o plano, sabia que você seria um bom aliado para um inesperado momento. E agora, estamos prestes a dominar Nova York.



_Pyro! - de longe o mutante surgia trajado de preto - Gambit o fará companhia no conflito.



_Preparem-se. - Apocalipse emitia uma nova ordem pelos fundos do salão - Faremos o ataque em breve.






Era noite, Charles ainda se preparava para as buscas do Adamantium, algumas informações diziam que poderia ser encontrado no oriente-médio, mas Apocalipse ressurge inesperadamente. A equipe é informada, era noite quando Cable e os X-men se unem. Magneto, que não havia conseguido libertar Pyro do poder de Apocalipse se uni para a batalha final. Os mutantes renegados ao lado de alguns ciborgues de Nathaniel Essex e Bolivar Trask estavam ao lado de Apocalipse.






Lançando os carros para os lados de uma das avenidas principais, o vilão tentava atrair os X-men.



Os X-men finalmente surgem na grande avenida. De um lado ao outro ambas as equipes se preparavam para o conflito. Um novo conflito generalizou entre os grupos. Charles solicita ajuda à seu rival Magneto, a princípio tentou ignorar o pedido, o caos era intenso, as lutas eram incessantes e muitos lugares eram destruídos. Magneto sabia que seu poder seria o único capaz de aprisioná-lo.



Pyro enfrenta Ice-man em conflito direto. Muitos oponentes eram derrotados pelos mutantes da X-men, Wolverine estava ausente. Gambit é vencido em conflitos contra Ciclope. O professor ordena ao grupo para mantê-lo protegido. Gambit é resgatado.



O poder de Apocalipse era sobrenatural, os X-men estavam por ser vencidos quando Wolverine reaparece com as garras. Kitty Pryde quase derrotada não conseguia entender porque Apocalipse estava liberto.



_Quem o libertou? - queixou-se após ser lançada do último golpe.



_Eu o libertei. - Wolverine surge secretamente ao exibir suas garras.



_Como pode, estamos em perigo?



O X-man, sem dar explicação, corre em direção a Apocalipse. Uma grande luta se findou. Sabedor da localização do fusível agora, Wolverine o vence ao destruí-lo. Um giro sorrateiro pelas costas do inimigo rompeu a placa de ferro que emoldurava o fusível pelo seu dorso. O sinal é dado à Ciclope que com seu raio telecinético consegue destruir o fusível secreto. Apocalipse é derrotado junto com seus ciborgues.



Era o fim de uma terrível ameaça. Pyro e Gambit são resgatados.



Na mansão-X todos se regozijavam após o conflito.



Gambit surge com seu punho protegido por um tipo de curativo, Charles ressalta:



_Um dos chips de Apocalipse foi retirado, está a salvo!



_Obrigado professor, não sem como agradecer. Na verdade nunca poderia imaginar que este dispositivo estaria instalado em meu braço. Devo desculpas!



_Não se preocupe.



_Antes, gostaria de pedir sua permissão para partir à uma viajem. Desejo me recuparar sozinho durante este período?



_Você é sempre bem-vindo. - sorriu. Ambos se despedem.






Todos habitantes agora estavam seguros e Nova York seguia com tranquilidade e harmonia como nunca antes.









FIM

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O Retorno de Apocalipse - parte 21

APOCALIPSE É DETIDO POR POUCO TEMPO




















A cápsula transportada à Irmandade junto com o Adamatium é entregue à Magneto e Steven Lang realizava o trabalho. Um problema, porém, tornou a causa de uma nova preocupação. O Adamantium derretido não era suficiente, de modo que o cilindro deveria ser totalmente preenchido para que o sistema fizesse a distribuição exata das substâncias. Ainda faltavam cerca de dez por cento, equivalente à dez litros e em nenhum outro lugar do planeta poderia existir o material mais próximo e mais fácil de ser encontrado, senão, pelas próprias garras de Wolverine.





Charles Xavier é comunicado sobre o problema e uma proposta foi feita:





_Steven Lang é um cientista confiável. Se esta quantidade for preenchida pela doação de Wolverine, Apocalipse será detido por pouco tempo até que mais quantidades sejam encontradas para substituirmos o Adamantium que novamente será devolvido. – informava o professor aos membros da X-men.





O perigo estava próximo, Wolverine não tinha escolhas, suas garras foram entregues ao cientista para concluir a missão até que uma nova porção fosse encontrada. A cápsula é posta em um local estratégico. Apocalipse ressurge com seu tenebroso exército de ciborgues.

Como planejado os Morlocks invadem o Banco Central. Armas especiais disparavam chips contra os acionistas. Um êxtase repentino impedia que as atividades fossem executadas. O eclipse possibilitaria a ação de Apocalipse, faltava pouco tempo para o fenômeno. Cable e os X-men são acionados pelos agentes que não conseguiram deter os invasores preocupados em acudir os acionistas.




Assentado em um trono cibernético, Apocalipse se via contra a vidraça principal do salão. Em poucos segundos o sol ia se desaparecendo pela ação do eclipse.





_Finalmente. - regozijou Apocalipse ao perceber que sua ação psiônica se desenvolvia com maior intensidade através do bloqueio lunar.





_Ative as transições. - informou à Leech que operava em outro setor - Os operadores já funcionam à nosso favor!





As teclas de abilitação foram ativadas. Em poucos segundos o dinheiro bancário foi sendo transferido para os cofres de Apocalipse. Os agentes em outros departamentos não conseguiam conter a transição, embora fosse acompanhada por um monitor rastreador. Os acionistas estavam definitivamente dominados pela misteriosa influência psiônica.










Os X-men são acionados, em pouco tempo Charles comparece ao local. Era eclipse quando finalmente Magneto se unia à Charles. Enquanto isso uma ação telepática foi feita para analisar o ocorrido. A misteriosa influência é identificada. Os X-men são ordenados:





_Retirem todos do local. - ordenou Charles - Uma influência está surgindo do último andar. Não ouse, porém, impedi-lo. Poderão ser feridos ou afetados pelo oponente, iremos atacar após a proteção dos acionistas.





A luz solar retorna em pouco tempo, no mesmo instante as pessoas iam se acordando do êxtase ao serem acolhidas pelos X-men. Os chips foram retirados da maioria dos afectados. Apocalipse observa que a transição diminuía aos poucos. Uma nova ordem é direcionada à sr. Sinister:





_Ativem os jatos para meu resgate, o plano parece ser interrompido pela X-men.





Sinister, que havia se ocupado em uma base aérea, junto com Bolivar Trask, envia os jatos com ciborgues para acobertarem Apocalipse.





Magneto, contudo, estava unido à Charles. O magnetismo faz com que os jatos vindo das fronteiras fossem impactados ao banco central. Antes Charles havia obedecido a ordem de Magneto para liberta todos os funcionários do banco.





Após o impacto o prédio é derrubado, todos foram salvos e isto impediu que Apocalipse fosse detido ainda no banco, seu plano estava cumprido. Uma nuvem de poeira originou caos à todos que presenciavam a atitude de Magneto. Muitos fugiam pelas ruas a fim de se protegerem da catástrofe.





Em seguida, após o ocorrido, algo parece assustar a todos. Ainda soterrado nos escombros Apocalipse reage e surge de repente, ocorre luta, mas Magneto o conduziu até à cápsula.





_Renda-se Apocalipse! - dizia Magneto ao vê-lo resistir ao seu poder.





Cable que direcionava seu braço mecânico, se aproximava devagar a fim de ameaçá-lo. Apocalipse, ainda resistente, transfere sua energia psiônica ao sistema instalado no braço de Cable. O comandante se assusta, uma misteriosa força fazia com que seu braço contornasse em direção à seu próprio corpo.





_O que está havendo?





As forças de influências se misturavam em três poderes. Sem muita resistência Cable saca uma arma de seu coldre a fim de se livrar do seu próprio braço mecânico. Apocalipse perde força, com menos energia é conduzido para trás.





_Não conseguirá me deter. - disse Apocalipse faltando pouco para ser ajustado à cápsula.





Fanático que muitas vezes lutava à favor de Magneto, porém, surgia como em câmera-lenta. Todos se assustam, Fanático corria contra Apocalipse, mesmo sabendo que o poder psiônico poderia instantaneamente detê-lo.





_Não consigo afetar o sistema em seu capacete. - Apocalipse estranha.





_O capacete mítico! - indagou Charles.





Um forte impacto o arrasta finalmente para dentro da cápsula, os anéis automáticos são ativados. O braço direito de Apocalipse, contudo, se manteve fora, tentou resistir, mas Magneto consegue vencê-lo. O gás é ativado instantaneamente fazendo com que o detido fosse adormecido. Era o fim do conflito. Apocalipse estava detido por pouco tempo.





O exército de ciborgue é facilmente vencido, Nathaniel Essex e Bolivar Trask fogem. A procura pelo Adamatium deveria ser feita, senão, Wolverine estaria sem suas garras. Enquanto Charles Xavier desenvolvia novos planos para capturar a substânsia, Wolverine é revelado sobre o segredo de Apocalipse.





Gambit, um antigo ajudante de Nathaniel Essex o mediador de Apocalipse, se recorda do fusível nuclear que foi adquirido para servir como combustível nuclear ao construir os robôs e para que Apocalipse conseguisse energia vital. Somente o fusível poderia ajudá-lo.





_O fusível se encontra em seu dorso, se destruído, sua força será esvaecida. - informou Gambit, que passou a ter contatos com os X-men, incluindo as lutas contra o Apocalipse.





Wolverine pasmado, o toma pela gola da blusa:





_Porque não disse-nos antes?





_Espero que não esteja envolvido com Apocalipse. - o soltou, e de modo bastante enfurecido saiu da sala misteriosamente.










sexta-feira, 2 de novembro de 2012

O Retorno de Apocalipse - parte 20

A BUSCA PELO ADAMANTIUM





Os X-men, saíram a procura pelo carro revestido pelo Adamatium, muitos carros usados no depósito de materiais inutilizados se espalhavam por todas as partes. Muitos eram empilhados, a quantidade parecia dificultar sua localização. O tempo passava, dois grupos dos X-men se dividiram a procura do carro usado por Magneto no primeiro plano para libertar os mutantes. Entre os corredores do depósito os grupos percorriam atentos, muita procura foi feita, o carro porém ainda não era encontrado. As duplas novamente se encontram:


_Não temos outra solução teremos que procurar pelo Adamantium em algum lugar no mundo. – sugeriu Wolverine.


Uma nova missão seria desenvolvida pelos X-men a mando do professor de Charles Xavier, e em nenhum outro lugar poderia ser encontrado quantias de Adamantium, senão, na Sibéria.


A nave-X é acionada, uma mineradora subterrânea na Sibéria é procurada, o local do Adamantium é identificado. Uma longa busca pelo material é feita por Ciclope, wolverine e inclusive, Gambit. Após muita insistencia finalmente as primeiras rochas de Adamantium são encontradas. Tamanhos originais formavam blocos de espessuras variadas, era o princípio da missão em que Apocalipse poderia ser detido.







ECLIPSE EM NOVA YORK






O grande dia em que Apocalipse em fim atacaria o banco central de Manhattan havia chegado. Muito suspense envolvia à todos incluidos no plano.


_Finalmente, - disse Apocalipse em voz de triunfo - hoje é o dia em que veremos o eclipse solar pousar sobre todos os tetos de Manhattan. Tanto tempo passou até que pudessemos apreciar este fenômeno. Sem o qual, nunca poderia mobilizar todos os funcionários alvos do prédio sem o bloqueio do sol.


_Realmente estes dispositivos se tratam de modelos frageis à radiação solar. Um sistema ultra-violeta foi totalmente inibido e sucessivamente substituído, ao implantarmos os dados compatíveis ao modelo tecnológico usado no seu sistema-cibernético para a ação pisiônica dos dados no chip. - explicou Nathaniel Essex.


_Por este motivo, tratei em reunir o grupo que será enviado à esta missão. - sobressaiu Bolivar Trask - Suponho que pouco antes do eclipse, os acionistas sejam atacados de surpresa pelos Morlocks. O primeiro impacto causará apenas inconsciência subita, ou seja, um extase impedirá que todas as tarefa sejam efetuada. Assim como Pyro, estão desacordados até que a ação psiônica de Apocalipse se efetue com maior impacto.


_A partir de então, somente a força psiônica conseguirá movê-los às transições bancárias em nossos cofres. Mas isto não poderá ser feito, senão, pela ação do eclipse solar.


_Vamos nos preparar para o ataque, o elipse está previsto para as duas horas. Acione o grupo. - disse referindo-se aos Morlocks que seriam incubidos aos disparos contra os acionistas do banco.