domingo, 17 de janeiro de 2021

IMPÉRIO - O OUTRO LADO DA HISTÓRIA - ODENKIR KHOLER

 


Esta obra é internacionalmente registrada com todos os direitos do autor reservado


INTRODUÇÃO: AS INVASÕES

 

 


Em 410 d.C. um grande percentual dos hunos foram expelidos para além da divisa no rio Danúbio. Constantino II eliminou os povoados em Adrianópolis com o apoio de Arcádio, após invadirem e derrotarem Valentino em 378 d.C.. Com a expulsão, o exército romano do ocidente passou a sofrer mais ataques nas cidades do império, quando hunos imigrantes se alojaram próximo às planícies dos Alpes.  As tropas andaram por volta de cinco meses às margens do Danúbio, percorreram a via Póstuma e por fim atravessaram a Ilíria sob liderança de Alarico. O ataque foi mais intenso nos Alpes, os hunos povoaram cidades do nordeste italiano situadas nas regiões de Cisalpina. Cerca de cento e vinte mil hunos em grande maioria descendentes dos latinos se alojaram por estas regiões.

            O clima da divisão causou muita rivalidade entre os dois lados. Este foi um dos principais motivos que levou Constantino II a poupar a vida dos seus próprios inimigos para desafiarem Teodósio permitindo a passagem pela Ilíria. Este episódio ficou marcado com a reconquista das cidades povoadas ao norte da Trácia pelos estrangeiros e parte do território de Adrianópolis.

            A jornada dos hunos surgiu desde a pressão dos godos sobre as delimitações de terras. Os conflitos iniciaram-se cerca de 150 d.C. nas regiões da Criméia e da antiga Ibéria situadas ao norte do mar negro. Após a derrota dos bárbaros pelos romanos os povoados de godos se expandiram por toda região ibérica entre o monte Caucásso e o golfo pérsico. Aproximadamente 370 d.C., os hunos foram forçados pelos godos a atravessarem o rio Diester para além das fronteiras romanas formadas pelo rio Danúbio em direção ao império romano do ocidente aonde receberam a permissão de Valentino para povoar a província. Ao derrotar o imperador romano Valentino na batalha em Adrianápolis em 378 d.C., destruíram a resistência romana do oriente e abriram novos caminhos para colonizarem o império, ainda no mesmo ano Valentino morre. Outros povos entre os hunos tentaram se estabelecer na Grécia em 380 d.C., entre estes havia uma fração de búlgaros que povoaram pacificamente a região da Trácia nas delimitações da românia, mas a maior concentração deste povo se intensificou nos Alpes em 410 d.C., após a expulsão de Constantino II. Por este período os hunos se dividiram, saquearam Roma e foram obrigados a fugirem para o sul da Gália, onde formaram pequenas colônias.

            A tribo foi divida entre hunos descendentes de godos, bárbaros, latinos chamados de herulos e soldados de outras classes sociais. A grande maioria preservava a cultura neo-ibérica. Os hunos se uniram para povoar o lado ocidente da península nas proximidades da atual cidade de Genova. Se separaram dos herulos e iniciam uma nova rota pelo lado oeste. Os hunos dirigidos por Alarico intentavam habitar o extremo oriente dos Alpes na divisa com Nabor, atual Marselhe. Para continuarem a migração, os hunos acharam necessário conquistar algumas regiões ao norte da Itália para arrecadarem depósitos e mantimento. Inicialmente, a região foi habitada pacificamente por pequenas tribos dos hunos. O grande exército se manteve no centro dos Alpes, em 412 após dois anos alojados sustentados por mantimentos conquistados pelas colheitas e com mercadorias saqueadas nas cidades do golfo Adriático.

            No entanto, pela costa oeste do mar mediterrâneo havia cidades mais populosas e fortificadas. As tropas dos hunos ao saquear o primeiro povoado romano desceram pelo litoral em direção sul. Os emissários romanos foram avisados pela população sobre as invasões, uma comitiva partiu para a capital. Com cavalos velozes foram mais ágeis, e notificaram o imperador Teodósio sobre os invasores que seguiam ao sul em direção à Roma. Ao ser informado a respeito da quantidade superior de soldados de hunos, Teodósio ordenou emissários para Gália a fim de fortalecer a saída pelos Alpes e enviou pequenas tropas para proteger as entradas das cidades ao sul. Ao retornarem seriam surpreendidos na batalha das planícies de Cisalpina.

            Após dois meses de viagem as tropas romanas se estabeleceram no golfo mediterrâneo, os hunos atacaram outras cidades fora das proteções romanas, enviaram espias e foram notificados dos soldados romanos acampados em torno de Roma. Os hunos retornam, todavia estavam prontos para se depararem com um enorme batalhão romano. Este impacto foi decisivo, em 412 houve uma batalha acirrada, a maioria dos hunos foram derrotados, uma série de três batalhas seguidas culminaria com a morte de Teodósio, todavia o exército romano somente conseguiria expulsar os hunos em 419 que pretendiam conquistar o norte da Itália. O excedente ainda era muito numeroso, fugiram para Nicânia para as proximidades de Nabor. Em 422 d.C., uma década depois, atravessaram as cidades pacificamente, ao notarem a ausência do exercito romano enviado para as batalhas ao norte da Gália contra os Francos. Os hunos seguiriam rumo ao sul da Hispânia e dominaram completamente a região Citerior em 456.

            Os germanos declararam guerra aos alamanos e lombardos subalternos dos romanos. Inicialmente conquistaram vilarejos em Worms pelas fronteiras do Reno em 406 e dominaram a Normândia, norte da Germânia, durante três anos. Após a fragmentação do exército titular romano enviados às batalhas nos Alpes e o enfraquecimento das tropas em Dunberg, os germanos sob o comando de um general competente chamado Genserico, finalmente guerreiam contra os romanos em 413 d.C.. Em 437 d.C. os germanos sofreram novos ataques e a cidade de Worms foi totalmente devastada. Em 443 d.C. finalmente se estabeleceram em Subária, sul da Germânia, conquistando o reino germânico.

            O exército titular romano foi ordenado pelo imperador Teodósio em 412 a proteger a península especificamente nas planícies de Cisalpina ao norte da Itália. Este evento também favoreceu a investida dos Germanos, que percebendo o enfraquecimento do exército romano iniciaram novas invasões além das fronteiras do rio Reno. O período de um ano, a morte do imperador, as sucessivas invasões e a preparação germânica precederam os ataques em Dumberg de 413. Em 430 d.c. os germanos venceram o exército romano da Baviera nas fronteiras com a Germânia pelo rio Reno após se aliarem com alamanos infiltrados pacificamente no exército romano em Lechfeld. Esta conspiração debilitou o exército romano que dominavam os normandos até as fronteiras de Estenberg às margens do rio Danúbio. Após as primeiras conquistas, alteraram a dinâmica social dos povos nativos e aos poucos as colônias romanas ao norte perdiam as propriedades, os germanos herdaram a cultura dos alamanos preservados pelas colônias restritas que se submeteram à autoridade de uma nova elite.

            Simultâneas invasões na Gália também alarmaram as tropas romanas nas margens do rio Meuse. A pressão se intensificou quando o episódio tornou a se repetir com o crescimento populacional dos hunos na costa gaulesa nas regiões da atual cidade de Marselhe. As guerras ao sul da península e a transferência dos militares estrangeiros à hispânia enfraqueceria o poder militar do império romano e em 451 com a sucessão interditada pela convulsão política e militar os exercito franco dominaria Liége, Lutécia, Toulousse simultaneamente nos arredores da atual França. Com isto o poder imperatício passaria paralelamente ao religioso bispo Leão. Com a reconquista da atual região belga os francos fortaleceriam o exército para décadas mais tarde conquistar toda a Gália.

Por volta de 429 d.C. o exército Franco iniciou os primeiros ataques contra o Império Romano instalado em Gália. O imperador Honório se alarmou com as invasões, cerca de 235 hectares de terras foram diminuídos nas fronteiras com as colônias romanas. As informações de que os estrangeiros infiltrados no exército haviam permitido a ocupação dos francos nas terras conquistadas foram enviadas ao imperador Honório que ordenou imediatamente a retirada do remanescente dos mercenários. Aos comissários coube a tarefa de encaminhar o contingente estrangeiro que ainda restara do exército romano à Hispânia como precaução contra a integração franca.

            Algumas versões apontam Merovel como o primeiro rei a iniciar as conquistas no norte da província gaulesa em 448 d.C., após longo tempo constituiu-se a monarquia absoluta na região. Uma extensa porção de terra foi totalmente ocupada pelos francos ao norte. O território de partida dos francos compreendia a região saxisônica entre o rio Elba e rio Reno na costa norte do oceano Atlântico, atual região belga. Hamburgo foi uma das principais cidades que fazia separação entre Germanos e Francos. No entanto, o primeiro território a ser conquistado dentro das delimitações gaulesas foi Liége, o exército em 448 d.C. conseguiu expandiu a fronteira até o rio Meuse. No mesmo ano Átila é aprisionado ao tentar libertar os hunos aprisionados capturados nas proximidades de Ronsesville. Cerca de dois anos de guerra levaria a ocupação definitiva dos francos no território ao norte onde estava situada uma das colônias romanas, implantada nos tempos de Agripa procônsul romano. A guerra acabou por facilitar a fuga de Átila, que estava a beira de ser morto pelos romanos e terminou com a derrota do imperador Clemente contra o exército de Merovel. O ataque prolongaria por apenas dois anos de Átila. Em 450 d.C. foi derrotado pelo general Aécio tentando acobertar os últimos prisioneiros que foram libertos em Toulousse.

            A disputa se acentuou com a intervenção de Aécio, general romano que surpreendeu os francos nas primeiras batalhas em Toulousse comandando as tropas ao norte em 451 d.C.. Aécio apelou aos seus aliados em solo romano para ajudar a repelir uma invasão dos hunos ao sul. O exército tornou-se precário o que provavelmente agravou a defesa. O exército do franco se fortificaria em 455 d.C. derrotando completamente as tropas romanas lideradas por Martiniano em Farsalha. 

 

 

ROMA A.D O INÍCIO

 

Os sabinos, civilização que habitava as proximidades das colinas de Lácio, se empenharam na modernização da cidade, drenaram pântanos, construíram redes de saneamento, muralhas e aquedutos. A cerâmica, o bronze e a escrita eram materiais comumente usados no artesanato pelos latinos. Roma tornou-se uma República em 509 a.C., quando aristocratas agrários derrubaram a monarquia regida por Tarquínio e transferiram o poder das mãos do monarca para o Senado.

Durante este período o governo romano estaria sob controle exclusivo da nobreza que apropriavam terras, comandavam exércitos e elegiam os principais ministros que constituíam a Corte romana, local onde assumiam postos de magistrados: juízes que formulavam as leis, senadores: controlavam o financiamento público, patronos da política externa, também chamados de tribunos e cônsus: proprietários de extensos acres, terras de 125 hectares e eram responsáveis pela administração das províncias.

Os centrios era uma peculiaridade: conselheiros ligados a cronologia e os cosmos, acreditavam que o universo poderia ser dominado pela mente e dividido em três razões distintas, a palavra "cen" de universo e "tri" de três, denotam a teoria. Mais tarde seriam chamados de centuriões. Os centrios eram responsáveis pela nomeação dos magistrados. Acreditava-se que os cosmos teriam ligação essencial na escolha dos representantes. Os senadores eram nomeados pelos magistrados sob aprovação da Corte, os cônsus eram nomeados pela nobreza sob eleição do Senado e os plebeus teriam função crucial no campo.

Os plebeus, em suma, eram formados por pequenos proprietários de terras, além dos escravos, estrangeiros e os próprios nativos. Ao longo dos tempos os plebeus foram contestando a falta de representação política e de um código de lei social o que contribuiria para muitas reformas políticas. O impulso para muitas mudanças foi dado por longos conflitos entre donos de terras e plebeus que aos poucos foram conquistando a igualdade jurídica.

Na prática, havia se formado uma espécie de oligarquia política, em que plebeus influentes haviam unido suas forças às da antiga elite.  Cerca de 330 a.C. muitos ricos se tornariam tribunos, mas outros, devido alianças familiares ou políticas, tendiam a opor-se dos interesses urbanos em defesa da Corte.

A partir de então os senadores conquistaram o direito de formar sua própria Corte com mesmo direito de elegerem os membros que assumiam o dever de defender os direitos da plebe e que eram conhecidos como tribunos. Por volta de 450 a.C. foi criado a Lei das Doze Tábuas, código de leis escritas que concedia aos plebeus proteções contra sentenças lavradas pelos patrícios. O Senado conquistou mais abrangência e domínio, muitos cônsus foram se adaptando e conquistando territórios.

A existência da Corte dava um caráter aparentemente democrático no panorama político, mas o controle do poder em toda a trajetória republicana permaneceu sob o controle da nobreza. A união das Cortes foi fundamental para o fortalecimento do exército. As conquistas ampliariam o poder do reino criando um ambiente propício para o surgimento de generais poderosos. As discussões senatoriais aos poucos perdiam a importância. Muitos generais queriam o poder político centralizado e começaram a considerar a confiança de seus soldados para promover sua carreira política.

As discussões divergiam contra o Senado, entidade da Corte responsável pela nomeação dos cônsus. Mas tudo contribuiria para a eminente assunção de um rei que por conceitos inspirados da Corte e pela formação de um exército altamente qualificado entregaria toda a responsabilidade à um sucessor vitalício com a missão de cumprir com os mandatos e fazer ressurgir não-somente a influência monárquica, mas estabelecer um vasto império romano. Esta seria a ordem exigida por Júlio César antes da sua morte, que seria cumprida futuramente pelo seu sucessor Otávio Augusto.

Assim como o Direito, a religião romana compreendia um aspecto público e outro privado. As famílias rezavam aos deuses a favor de seus antepassados e a favor de seus descendentes a cada ano. Uma classe religiosa conhecida como penates, era dirigida especificamente para a purificação dos alimentos. Para atrair a proteção dessas divindades, os chefes religiosos, mais tarde conhecidos como bispos, acendiam velas periodicamente.

Lácio foi herói em Tróia, mas as muitas omissões o levou à uma fuga definitiva para Épiro, onde habitou e constituiu família. A grande diversidade de deuses, os dias intermináveis sem significados ou esperança e a incerteza da sua própria confiança, o conduziu à uma lástima profunda pelo que viveu durante muito tempo empobrecido. Com o passar dos tempos adquiriu fundos com plantações de cereais, por onde passou a vendê-los pelos caminhos inóspitos da Macedônia.

Passou a acreditar apenas nos sinais da natureza. Lácio era direcionado por tudo que fosse naturalmente atrativo. Trouxe prosperidades aos seus patronos, que realmente acreditavam ser as rezas de Lácio a autoria das chuvas constantes. Conseguiu frota para um porto marítimo na costa sul da península italiana próximo da região de Tarento.

O ingresso, além do alto valor, era parte exclusiva para a nobreza. Lácio adquiriu a viajem como acompanhante de seu patrono Enéias que o agradou devido sua servis. Suas rezas eram continuas de tal forma que foi conduzido pelos desertos de Sani através das suas premonições. Os viajantes e sua família que o seguia se surpreendiam a cada região encontrada.

Os relâmpagos eram os principais sinais que segundo a língua dos seus companheiros viajantes seria uma denominação referente à Caeser. Habitando com mercadantes e outras pequenas famílias de idioma diferente, cujo principal era o latim, batizou seu filho Ascâno com um ritual à Caeser, onde um relâmpago teria sido atraído próximo ao local. Este veio a ser o fundador do povoado Ascânia. Lácio revelou à seu filho os fenômenos de seu deus e todo progresso da família segundo os poderes de Caeser.

Foi incumbido em divulgar os deuses gregos, a mitologia e seus poderes, mas Lácio o proibiu de invocá-los devido a causa das suas piores chagas. Lácio foi fulminado no alto de um monte por um relâmpago, acredita-se que o fenômeno teria sido invocado para que a tribo fosse fundamentada a partir de sua morte

O mesmo nome denominado pelos ascânos era idêntico ao que se pregava nas regiões onde habitavam os sabinos, que posteriormente haveria de habitar algumas partes na Itália. Alguns descendentes de estudiosos gregos revelavam que o nome seria o mesmo de origem russa. A palavra etimológica Kaiser era um nome derivado, referia-se à um deus que possuía as mesmas qualidades citadas ao fenômeno do relâmpago pelos ascânos.

Segundo a mitologia russa, Kzar, nome original da língua, significava o maior entre os homens. Além de ser representante do deus Júpter nos antigos povoados, Kaiser, como foi denominado genericamente pelos sabinos, seria também o responsável pelos relâmpagos produzidos em tempos de chuvas. Kaiser, portanto, foi palavra originária do vocabulário de povos asiáticos que deram origem às colônias de umbros. Além destes existiam os latinos, estruscos, sabinos, sanitas, ascânos e romanos.

A cultura apnéiana das terras altas da idade do Bronze cedeu lugar a idade do Ferro, que atingiu a Estrúria e outros locais. Por volta de 750 a.C. uma nova cultura artística desenvolveu-se na Estrúria cultivada pelos celtispanos, habitantes celtas da península hispânica. Era o reflexo de uma sociedade complexa, originada pelos crescentes contatos comerciais entre as civilizações grega, feniciana e italiana. Os colonos migrantes conhecidos como estruscos fixaram povoados no litoral norte da península, os sabinos fixaram nas costas de Cumas e os gregos ao sul da Apnéia e regiões da Sicília.

Durante gerações, os ascânos mantiveram a doutrina de Lácio através das rezas. As crônicas foram copiladas em mano-escritos por povos latinos descendentes de Romúlo, patrono fundador do povoado romano, anos após a peregrinação de Lácio. Estes habitavam as redondezas do monte Captólio e foram inspirados pelas dedicações dos descendentes ascânos em manter a doutrina de Lácio, que incluíam as crônicas editadas por gregos.

Os mano-escritos também contavam com as feitorias de heróis operadas pela proteção de Minerva, que séculos mais tarde, próximo a queda da monarquia, seria transformada em religião romana. Na metade do século VII a.C. nos tempos dos reis assírios, iniciou-se uma nova contagem dos tempos, a princípio foram unidas segundo o critério das dinastias.

No final do século VI a.C., na era do império Babilônico e as peregrinações dos bárbaros da Polônia asiática, os reis romanos foram derrotados por povos estudiosos, conhecidos como sabinos, que pretendiam polarizar o poder.

O Império Romano, portanto, é a fase da história da Roma Antiga caracterizada por uma forma autocrática de governo. O Império Romano sucedeu o reino de Roma entre 509 a 27 a.C.. O reino de Roma se limitava à região da Itália, diferente do império que através das expansões romanas passaria ser a maior potência responsável por várias transformações sociais, inclusive pelo início da nova era. O reino de Roma tinha sido enfraquecido pelo conflito entre Caio, Mário e Sula. Caio e Mário transformaram o exército romano forte e abrangente favorecendo o surgimento de uma série de militares renomeados, entre eles Lúcio Cornélio, Sula, Pompeu e Júlio César. As guerras mitridáticas, combinando com as numerosas guerras que Roma travou na transição do reino para império, culmina com a guerra civil no tempo de Júlio César e a assunção de Otávio Augusto.

 

 

 

OS DEUSES

 

Vale frisar que por aquele tempo muitos deuses eram lembrados e venerados por seus escolhidos ou por seus seguidores. Mitras deus das águas foi lembrado por Vespasiano nas conquistas do porto de Aquéia e na reconstrução de Calipólis, região do extremo sul da Espanha. Evitou naufrágios tal como a embarcação de Calixto para a península asiática no bósforo de Bizâncio.

Jupter, deus das terras, da força e da majestade, cultuado pelos ancestrais de Júlio César, teve muitas influências para as conquistas de Graco. Seu irmão tendo se rebelado às profecias de Galba, tio de Júlio César, permaneceu por pouco tempo no governo. A devoção da família de Júlio César levou o mérito das porções de terras nas vitórias políticas de Graco. Acredita-se que Kaiser concebeu o batismo de Júlio César no evento conhecido como a tempestade de Kaiser, fenômeno que marcou a cerimônia.

Foi autor das vitórias por terras, beneficiou a assunção de Júlio César e a honra do nome César na era de Otávio, que prosseguiu na dinastia cesariana. Tibério, tendo omitido a adesão do nome César, embora cumprido com as leis do Triunvirato, não perdurou por muito tempo. Segundo os devotos, sua morte teria sido um castigo de Kaiser ao revogar a sucessão do nome César.

A população continuou com a homenagem até os tempos de Cláudio, após este período muitos foram perseguidos e proibidos de homenagear os imperadores pelo nome César. Uma lei imposta por Cláudio permitia a adoção do nome desde que fosse aceito pelo imperador eleito. Todavia os conseguintes imperadores foram cruéis e ignoraram a lei.

Muitas tribos se conciliaram com as religiões e formaram uma doutrina com base aos judeus messiânicos, em suma, a esperança do imperador César. É importante frisar sobre a existência de outros deuses romanos que por muitas vezes eram cultuados e idolatrados como, por exemplo, Baco, Vesta, Vanda, Diana, quando tratamos do público mais hostilizado da cidade; Ceres e Minerva quando a proteção monetária precisava de aprofundamento espiritual; Kaiser e Mitras que eram invocados pelos guerreiros.

Ainda assim, em muitos territórios exteriores conquistado por Roma conseguia-se ouvir falar de deuses tais como Gaia, Cosmo e Apolo. Da mesma forma na Grécia existiam deuses protetores, quando em pregações se ouvia Zeus, Herus, Afrodit, Atenas, Posoildon, Artemis e outros. Inclusive entre os nômades era possível identificar algum deus protetor entre estes, Jeptro, Órion, Centauros, Skarlet, Cromos, Brahma e por algumas vezes, através de imigrantes judeus, também conseguia-se ouvir falar de Moisés deus da bíblia.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

OS PRIMEIROS REIS

 

 

Tarquino realizou grandes obras como ligas de terras amordaçadas pela costa do mediterrâneo e foi sucedido por seu filho Túlio. Fez o primeiro muro de Roma, dividindo a cidade em quatro classes urbanas, construiu um santuário para cerimônias a Kaiser, que futuramente serviria como cultos a outros deuses introduzidos pela plebe e sabinos descendentes de gregos. Devido a restrição de Roma para a entrada de culturas heterogênicas, segundo a lei romana, muitos sabinos estudaram mitologias gregas em regiões próximas.

Construíram centúrias, principalmente na região que viria a ser a cidade de Neapoles, local onde se reuniam para discutir as religiões. Nos tempos dos astrônomos gregos do século IV a.C. e com as revoltas políticas, os sabinos conseguiriam finalmente introduzir outros deuses conforme os nomes dos astros. Todavia não foram aceitos como deuses pela a maioria romana, os estudos apenas contribuíram para o desenvolvimento científico e astrônomo.

Jupter continuou sendo o deus recomendado pelos romanos, assim como Marte, Minerva, Mitras, Minotauro e outros deuses que começavam com a letra M. O principal deles era o deus Mundo. Pompílio, segundo rei romano de origem sabina, organizou cultos religiosos em honra a Jupter e Minerva, deuses romanos.  Alba Longa, futura região romana, foi a denominação concedida aos albanos, imigrantes gregos que habitaram a região dos ascânos.  No século VII a.C. o patrono e rei de Alba Longa, havia morrido sem precedentes, seus legítimos herdeiros Rômulo e Remo filhos da rainha Sílvia, ainda eram recém-nascidos, pelo que Amúlio, usurpador do trono de Alba Longa, adepto do deus Numitor, ordenou a morte dos gêmeos Rômulo e Remo.

F            oram atirados ao rio Tibre por seus cavalheiros. Este fato marcaria a entronização permanente de Amúlio. No entanto foi destronado por um cavalheiro que surgiu misteriosamente no povoado alguns anos mais tarde. Se aliou a rainha Sílvia e afirmou ser o próprio Rômulo. Congregou uma cavalaria imbatível e tornou-se rei, ganhou muitos seguidores, que foram denominados romanos. Segundo a mitologia, os irmãos teriam sobrevivido das águas e foram sustentados pelos cuidados de um lobo, mas apenas Rômulo teria alcançado a sobrevivência adulta.

Posteriormente, Roma controlou o norte da Estrúria, cujos domínios compreendiam a Itália central e parte da Itália setentrional. Quando a supremacia romana se estendeu ao Sul da Itália, algumas cidades gregas aliaram-se a Roma, enquanto outras, como Tarento declararam guerra. Para conquistar as regiões italianas, os romanos atacaram a rica região de comércios em Tarento.

Os oficiais da cidade se aliaram a Pirro, governador de Épiro. Em 280 a.C. as tropas de Pirro chegaram à península, mas foram derrotados pelos romanos durante a batalha de Benevento. Em 272 a.C. Tarento se rendeu a Roma que transformou o território em protetorado romano. Com a anexação da Estrúria em 265 a.C., a vitória dos gauleses e a ocupação de Tarento, os romanos passaram a controlar, com maior potência, a península itálica.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

AS PRIMEIRAS GUERRAS

 

 

 

Ao longo dos tempos foi-se afirmando a supremacia romana. Em 338 a.C; rompeu-se o protetorado e dissipou a liga republicana Latino-romana. A região ocupada pelos romanos foi definitivamente denominada província de Roma. O território de algumas das cidades que a integravam foi incorporado ao governo, que as organizou sob a forma de povoados rurais. Com outras cidades foram firmados tratados, pelos quais, embora essas cidades mantivessem sua autonomia administrativa, não tinham o direito de declarar guerra. Outras cidades mais próximas também foram incorporadas e organizadas, além das quatro tribos urbanas reconhecidas por Túlio no final do tempo da Realeza em 499 a.C.

Após a morte de Alexandre, o grande, seu império foi dividido entre Macedônia, Síria e Egito, cujas lutas mútuas permitiam a Cartago construir um império no Mediterrâneo ocidental. Roma e Cartago entraram em conflitos na Sicília em 264 a.C. e após três batalhas os romanos conquistaram cerca de cinco províncias. No oriente próximo, a primeira conquista dos romanos foi a Macedônia em 146 a.C., seguida pela ocupação da Ásia-menor, correspondente à Bitína, Frígia, Partiria, Lídia, Cilícia, Galícia e Síria; Chipre e Creta seriam territórios insulares posteriormente conquistados.

Contudo, a administração dos territórios sobrecarregou a constituição que não havia sido idealizada para a expansão de áreas insulares. Em 395 a.C., os romanos conquistaram as cidades etruscas meridionais. Uma invasão de gauleses interrompeu a expansão e foi seguida por revoltas de povos latinos que viviam sob domínio dos romanos.

Após sérios conflitos contra a tribo apnéiana (habitantes das regiões ao sul, também conhecida como apenina ou alphena) que ameaçavam a cidade de Cápua, os romanos ampliaram o território e em 300 a.C. estenderam até as planícies de Capnéia (região ao norte também conhecida como Campânia). As cidades latinas aliadas foram anexadas em 338 a.C.

De 327 a 290 a.C., Roma guerreou três vezes contra os sanitas pelo domínio da fértil região da Campânia. Na terceira guerra, os romanos enfrentaram e venceram povoados de estruscos e latinos. A maior parte dos sanitas acabou se aliando aos romanos. Em 326 a.C., o governo da cidade grega de Neapolis (atual Nápolis) expulsou a guarnição sanita. Iniciou-se assim o contato formal de Roma com sanitas para a conquista do território. As primeiras guerras tiveram caráter essencialmente romano, atraídos pelo solo fértil das regiões litorâneas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

AS TRÊS GUERRAS PÚNICAS

 

A Primeira Guerra Púnica ocorre por volta do ano 264 à 240 a.C; teve Cartago como protagonista do avanço bélico. Tudo começou quando Roma, ainda essencialmente agrícola, formou uma potência naval e expulsou os cartagianos primeiro da Sicília. Em seguida, no ano 238 a.C., avançaram Córsega e Sardenha, ganhando por fim duas províncias insulares. Cartagianos e gregos de Siracusa dividiam o domínio sobre a Sicília e acabaram necessariamente se aliando quando soldados romanos ocuparam Méssi e Régio no estreito entre a ilha e a península.

Após a reconquista a aliança tornou-se novamente motivos de constantes conflitos cívicos a favor do protetorado de Méssi. Por conveniência os messinos gregos aliaram-se aos romanos, que por outro lado, pretendiam dominar o território cartagiano. Em 264 a.C. tendo os gregos perdido grande potencial nas primeiras batalhas, foram logo vencidos nos primeiros conflitos por atrito, que perduraram cerca de duas décadas. Os romanos constituíram um enorme exército marítimo e ocuparam especificamente o estreito de Régio.

Após o fracasso das primeiras batalhas os romanos finalmente declaram guerra naval. Aliaram-se com gregos de Tarento e em 240 a.C. dissipou os cartagianos. Durante este período frotas inteiras, de ambos os lados, foram destruídas. Os romanos perderam cerca de sessenta navios e dez mil homens, afundaram cerca de cinqüenta navios inimigos.

Com vantagem em quantidade de navios, alcançaram Méssi, causando por fim um espantoso encontro na costa da Sicília. Capturaram outros cinqüenta mil homens por terra e vingaram os gregos com a ocupação de todo território. Cederam aos aliados o direito de habitarem o protetorado romano de Siracusa e instalaram o tratado de paz com os habitantes da ilha.

Os cartagianos, porém, reorganizaram com agilidade desde a costa meridional-africana, antiga Mauritânia, até Cartago. Habitaram a península Hispânica, que devido a sua riqueza em metais e rijos de origens celtas e ibéricas, contribuíram para o remanejamento militar cartagiano. Os acampamentos militares seria o prenúncio de novos conflitos entre Cartago e Roma que em 218 a.C. enviou uma missão diplomática a Cartago para tentar convencer os colonos a limitar a influência à costa sul da península.

Na Segunda Guerra Púnica em 218 à 200 a.C., Aníbal intentou invadiu a Itália, formou uma tropa de dez mil cavaleiros, atravessou a região de Narbo, costa sul da Gália, mas foi derrotado pelos umbros ao se alojarem nos Alpes. A aliança de macedônios e gregos trouxe graves problemas aos romanos na costa-oriental da Itália na batalha de Canas em 216 a.C. que atravessaram o mar Adriático desde Épiro.

O rei da Macedônia havia se aliado a Antíoco rei da Síria, mas foram combatidos por uma aliança formada entre Epifânio rei do Egito e Quíncio governador de Roma. Os soldados responderam com desolação a costa-ocidental da Macedônia com um exército marítimo composto por setenta navios. No mesmo ano os cartagianos intentavam nova investida sob o comando de Asdrúbal irmão de Aníbal na batalha entre as fronteiras da Sicília, no porto de Parmos.

Os cartagianos recuaram a Zama, povoado norte-africano, por volta de 200 a.C, desferidos pelas forças do comandante romano Doncípio, que pôs fim a segunda guerra Púnica. Em 189 a.C. o rei da Macedônia se rendeu definitivamente a Roma. O cônsul Quíncio havia dominado a maior parte do território albano, estabelecendo o fim definitivo da influência helenística.

O comandante Perseu da Macedônia reiniciou novos ataques contra a influência romana, mas foram derrotados novamente em 168 a.C. pelo comandante Emílio de Roma.  Os cartagianos foram obrigados a entregar seus domínios da península hispânica pela cidade de Numância aos romanos conforme o decreto de Quíncio que deteve dois quartos da esquadra militar incluindo a infantaria cartagiana e obrigou os cartagianos ao tratado de paz pela vida de um quarto restante da esquadra militar aprisionados nos povoados de Roma. A cidade inicialmente foi sendo controlada pelos proconsus enviados de Roma para mais tarde tornar-se província anexada aos romanos.

Os principais centros coloniais de Roma neste período eram as regiões da Cicília, Tarento, Cartago e Nicâmia da Hispânia.

Desprovido de seu potencial militar, Cartago voltou-se para o cultivo de terras especificamente na Hispânia Citerior que incluía as regiões da costa sul desde o porto de Córdoba às fronteiras de Narbo que mais tarde daria início a divisão pirinéia. Nada obstante, as safras cartagianas passaram a concorrer com os agricultores umbros que comerciavam para as colônias gaulesas, o senado instigado pelos proprietários de terra, procurava expulsar os comerciantes cartagianos que após quase cinqüenta anos de paz reagiram à uma investida nas proximidades de Numância, pelo que Roma enviou um exército de oitenta mil homens e estabeleceu a retirada dos comerciantes da revolta contra os umbros e toda a população cartagiana que correspondeu com guerras.

Em 150 a.C. foram fracassados pelo cônsul Cômodo de Roma e repelidos para a costa litorânea. Este fato terminaria na delimitação implantada pelo comandante entre a Hispânia Citerior, equivalente aos povoados de celtibérios, afros e cartagianos e Hispânia Ulterior, equivalente aos povoados de lusitanos, romanos e celtispânos.

Roma também voltou sua atenção para o Mediterrâneo oriental, onde havia derrotado os monarcas helenísticos da Macedônia. Manteve o impulso expansionista pela Hispânia durante meio século e em 146 a.C. finalmente anexou a Macedônia que tornou-se província romana. Em 133 a.C. Átalo legou à Roma a Ásia-ménor em protetorado romano.

Na Terceira Guerra Púnica os conflitos entre Roma e Cartago iniciaram-se a partir da expansão romana ao anexar os portos de Tarento e após a aliança com Neapoles. Estes fatos geraram o combate da colonização cartagiana. Sob a ostentação de Siracusa, os romanos dominaram regiões da Sicília, pelo que os cartagianos declararam guerra aos romanos.

Nas Guerras Púnicas entre 264 a 150 a.C. os romanos venceram os cartagineses, dominaram a Sicília, Córsega e Sardenha. Os cartagineses, com monopólio comercial e um império insular no mediterrâneo ocidental, ignoravam a Itália central, até então agrícola. Em 264 a.C. constituiu uma extensa liga territorial. Os romanos fortaleceram sua influência ao fundar colônias ligadas à redes de estradas.

Os romanos faziam do território conquistado uma civilização dependente. Essas áreas passavam a protetorado, e finalmente, anexadas como províncias. Cabia ao Senado o estabelecimento civil e as obrigações oficiais da república romana através das Cartas Provinciais. A frente da província era colocado um administrador, chamado cônsul (que no período do império viria a ser o procônsul), o pretor recebia poderes civis e apoio do legado. Os bens confiscados tornavam-se propriedade romana. A província em sinal de submissão pagava tributos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A GUERRA CÍVIL

 

O comandante e também filósofo Marco Aurélio, cultivava ideais de justiça e bondade, exerceu o poder proconsular em 180 a 160 a.C. sucedendo a Quíncio. Venceu os Germanos que negaram acordos com o império e foram derrotados nas fronteiras da Baviera com o auxílio do cônsul Máximo. Em 160 a.c foi assassinado pelo seu próprio filho Marco Júnior, meramente conhecido por Cômodo, que desejou o reinado antes da nomeação do candidato por suspeitar-se dos magistrados em aprovar Máximo, procônsul da Gália.

Esta conspiração daria início à um clima de suspense entre os romanos interessados pelo poder proconsular e culminaria com o início da guerra civil de 149 a.C, lançado pelo golpe político de Graco. Pelo que Máximo fugiu para Tripoli e se rebelou contra o imperador. Em 152 a.C., como gladiador, foi desafiado à um duelo e venceu as lutas contra os desafios impostos por Cômodo.

Contou com o apóio de cartagianos e do procônsul Cícero da Sícilia, todavia foi exonerado do cargo público. Novamente foi desafiado à um duelo contra o próprio cônsul Cômodo e a luta findou-se com a morte de ambos. Este fato alterou a sucessão do cônsul ao legítimo eleito Lúcio, filho de Cômodo, que com doze anos, não havia completado a idade ideal.

O senado exigiu o governo unipartidário com a nomeação de Próximos. O exército e a guarda pretoriana aliaram-se ao tribuno e procônsul Graco, um dos mais aptos à sucessão do cargo, e conspiraram contra Próximos candidato à cônsul em 149 a.C.. Graco como novo cônsul recompensou regiamente as tropas pela morte de Próximos, desprezou as investigações do senado e governou com o apoio da guarda pretoriana. Atuou aproximadamente duas décadas. Apoiou as conquistas na Grécia em 146 a.C.; Marco Lúcio, filho de Cômodo, tornou-se procônsul romano e foi responsável pela conquista de Corinto.

Em 133 a.C. com auxílio de seus soldados, Graco estabeleceu fronteiras contra a Germânia e decretou a cidadania romana à todos habitantes além do rio Danúbio, anexou a Grécia que passou para protetorado romano e tornou-se a província de Acáia (nos primeiros anos do império esta região, junto a Macedônia, seriam denominados província de Albânia), conquistou também províncias na Ásia.

Desprovido da aprovação política desinteressada em ceder espaço ao expansionismo romano, sem o apoio dos camponeses, alienados aos acontecimentos políticos e restritos ao trabalho campestre e alvo de muitas perseguições, Graco estaria perto em finalizar seu governo. Acusado de tirania e crueldade contra os gregos, susteve a idéia imperialista, mas foi surpreendido pelos senadores e suas comitivas que convenceram os agricultores de abuso político e guerrearam contra cinco mil homens de Graco no Captólio agravando a guerra civil.

Em 125 a.C. a causa agrária foi tomada por seu cunhado e tribuno Caio, propôs limites de possessão territorial para herdeiros em 62,5 hectares de 125 hectares de terras do proprietário. As terras que excedessem a esses limites voltariam ao governo que cederia aos camponeses na proporção de 7,5 hectares para cada cidadão em constituição hereditária legível e permanente com o mínimo de sete pessoas membros.

Caio criou comissões para fazer o recadastramento de terras com apoio proconsular romano em toda península. As primeiras medidas de Caio favoreceram os cavaleiros romanos, que transigiram para as camadas superiores das tribunas romanas exercendo funções repartidas como questores.

O direito do voto permaneceu limitado aos magistrados e tribunos. Caio aplicou reformas no sistema de distribuição de terras em Cápua e Tarento, reduziu o preço do trigo e cereais com a lei frumentária. A Confederação Itálica, reunião de cidades-estados aliadas a Roma, formaram uma unidade quando entraram em pauta sobre assuntos da política externa. A confederação era formada pelas províncias latinas e gregas.

A concessão de cidadania aos estrangeiros foi dificultada pela plebe romana que temia o crescimento populacional e a dissolução dos benefícios políticos. Outros partidos formados por tribunos pertencentes à plebe demonstraram oposição ao período de Caio acusado de aliar-se aos ideais expansionistas propagados por Graco e pelo advogado Cícero.

Novamente inicia-se um novo conflito. O senado decretou a suspensão em 123 a.C. e concordou inicialmente com os princípios do governo unipartidário dirigido por Cícero. Apenas os tribunos de Roma teriam direitos intervencionistas sob o governo de um único cônsul que por muitas vezes eram substituídos por suplentes. Em 122 a.C., bastante pressionado, Caio se refugia para outro território na Itália e morre tempos mais tarde.

Durante quase uma década Roma esteve sob o domínio da corte. Cerca de dez suplentes administravam as cidades com o apoio dos proconsus e magistrados. Dois cargos para cônsul foram previamente estabelecidos pela corte para administração das províncias hispânicas e orientais recentemente conquistadas, no entanto, Roma permaneceu sem o cônsul absoluto sendo administrada pela corte geral. Muitos representantes políticos sem muita intervenção estatal eram indicados para representar a corte. Esta forma de governo dava poder ao partido sobre todas as camadas, principalmente sobre seus representantes.

Essas primeiras tentativas de democratizar a República romana foram fracassadas pela oligarquia romana e a falta de organização e de apoio político da plebe. Os romanos não conseguiram estabelecer o fim da crise política na República. Enquanto a situação não se resolvia, os comandantes vitoriosos nas batalhas exteriores ganhavam popularidade e usavam seus prestígios para conquistar cargos políticos. Mário era um exemplo típico desta nova camada. Jovem de origem grega conquistou popularidade em uma campanha exemplar realizada em Sardenha.

Em 110 a.C, após quase uma década de governo unipartidário na Corte, foi eleito cônsul no oriente. Nomeou Sula o cargo de tribuna em lugar de Cícero que morreu com setenta e cinco anos, afastou os líderes tribunos das cidades aliadas de Roma, alegando excesso de demagogia, cumprindo com os princípios morais do governo unipartidário.

Sula, uma mulher membro de uma família patrícia, ingressou na política ainda jovem. Começou a carreira como subalterna de Mário na ilha de Córsega, onde permaneceu como questora. Inicialmente enfrentou muito preconceito devido sua exclusividade na Corte entre os homens. Contribuiu nas guerras contra os nativos da ilha como aliada do exército. Os deuses sempre eram louvados por Sula, que seguia especialmente a proteção de Mitras, o deus das águas, em suas navegações insulares.

Reprimiu os conflitos sociais em 86 a.C. após ganhar projeção política, recebeu o comando das províncias menor-asiáticas do Senado trabalhando como tribuna em Roma. Venceu as guerras mitridáticas e conquistou parte do reino da Partíria, sob o comando de tropas estrúcias ao norte da Itália. Aumentou o número da classe senatorial, reduziu a etariedade consular senatorial e questorial para 20 anos, admitiu a presença dos tribunos da plebe e criou conflitos contra a Corte apoiando os princípios do poder imperial praticados por Graco e os princípios morais em favor da mulher romana. Mário, ambicionando as medidas impostas por Sula, induziu a Corte a afastar Sula do poder acusando-a de aliar-se aos tribunos afastados do governo unipartidário, como forma de unificar seu poder.

Em 82 a.C. Sula instigada pelas teorias apoiadas por Cícero advogado em Sicília e pelo exército estrúcio foi extraditada. Mário, atraído pelo apoio público e pelos demagogos que acompanharam a extradição de Sula, quebrou todas as regras constitucionais ao tentar tomar a cidade de Roma para se apoderar do poder unipartidário se consagrando cônsul definitivo de Roma.

Com o seu exército guerreou contra a guarda pretoriana, mas acusou o exército estrúcio pelo fracasso e combateu contra quem negasse a ordem para se tornar ditador. Com cinqüenta e sete anos Sula escreveu sobre o Triunvirato com base às idéias de Cícero. As idéias foram enviadas por um emissário hispânico à Roma. Os partidários de Mário, porém, pretendiam elevá-lo à condição de imperador, mas não resistiram muito e em 80 a.C. foram definitivamente derrotados.

Sula também resignou de seu cargo devolvendo o poder à Corte Romana ao renunciar, no entanto, o precedente estava lançado. A restauração do poder político durou pouco, os precursores demonstraram que a base do poder político estava propícia ao império. A história política de Roma seria, a partir de então, dominada por pessoas ambiciosas que buscavam o domínio absoluto da corte mediante o controle militar e civil.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

OS PRIMEIROS CÔNSUS

 

Por volta de 60 a.C; Pompeu comandante do exército e cônsul do protetorado romano no ocidente e na Gália retornou triunfante em uma campanha militar. Aliou-se aos comandantes Crasso e Julio César. A aliança procurava viabilizar a assunção do imperador, a comissão formada com o apoio de um extenso exército, assumiu o domínio de Roma, reduziu o poder da corte. As revoltas populares, contudo, reprimiam ainda mais os magistrados.

O governo permanecia mal administrado, muitos proconsus abdicaram os cargos em meio as revoltas dos romanos, outros foram exonerados sob sérias acusações, tribunos foram sendo substituídos pela indicação dos cônsus, muitas propostas e leis oprimiam a capacidade dos magistrados. Em 55 a.C. planejando monopolizar o poder, Júlio César apresentou as teorias defendidas por Cícero, advogado da Sicília. As longas reuniões aprovaram o Dominato, forma de governo em que um cônsul de Roma receberia o poder proconsular. A Corte, porém, prorrogou a aprovação de um dos objetivos referente ao poder imperatício.

O Dominato foi aprovado pelo Senado e Júlio César foi nomeado cônsul definitivo de Roma. Partiu para missões no oriente, aliou-se com Marco Pláucio, tetra-neto de Marco Aurélio, Marco Antônio, Marco Lépido, membros da dinastia Marcos, Pompeu e Crasso. Conquistou o apoio público e formou um poderoso exército. Após conquistar a tribuna de Roma contra a oposição, anexar o oriente e a província de Gália até parte da Ásia-menor o comandante seria sem dúvidas o elegido ao cargo de imperador, cogitado a partir do plano desenvolvido pelo poder imperatício.

Após cinco anos de autêntico governo obedecendo as antigas leis romanas e administrando as cidades, Júlio César retorna à Roma em 52 a.C. sob o pedido do consulado que continuava a enfrentar a crise política. Durante dois meses foram discutidas as propostas testamentais para administração definitiva de Roma. As propostas de Júlio César foram reapresentadas e discutidas em 50 a.C., para que fossem posteriormente definidas em uma reunião jurídica.

A passagem daquele ano foi marcada por um evento estratégico em celebração ao deus Júpter e ao próximo ano. Com os fundos adquiridos durante o governo na península albanesa e gaulesa, Júlio César promove um grande cortejo conquistando a confiança e o interesse do Senado para que no início de 49 a.C. conseguisse o apoio da Corte. As constantes revoltas e dissoluções políticas, a conquista, a centralização do poder em oposição ao governo unipartidário e a publicidade de Júlio César, fariam com que o Senado aprovasse o Triunvirato defendido por Escribônios Cúrio, neto do advogado Cícero, que foi instruído para manter a tradição e as leis implantadas ao poder imperatício.

Sob a aprovação dos magistrados foram convocados três comandantes do exército: Pompeu, Crasso e Júlio César. A primeira batalha foi decidida entre Pompeu e Júlio César que desmobilizou seu exército e o fez levantar a bandeira de renúncia em meio aos campos de Lion. Com o exército desfalcado Pompeu perdeu para Crasso na segunda batalha, que foi finalmente vencido por Júlio César na última batalha em Farsalha que definiria a posse definitiva do comandante pelo governador geral.

A forma de governo continuaria a ser unipartidária conforme as bases do Dominato, o comandante receberia a transferência do poder da Corte em um eventual cortejo no início de 48 a.C.. A declaração do império ainda não havia sido efetivada, muitas camadas deveriam ser administradas, no entanto o Dominato estava estabelecido. Marco Lépido foi enviado para presidir a Ásia-menor e a Partíria, Pompeu e Crasso permaneceram nas respectivas províncias, Gália e Germânia. Marco Antônio, parentesco mais próximo de Pláucio e membro da dinastia Marcos, porém, governou a Hispânia, paralelamente, e norte da África até o Egito.

As entidades republicanas encontravam-se em crise desde o princípio do século. Em 88 a.C. Aproveitando-se das dificuldades internas enfrentadas, Mitridates, rei da Partíria ao norte da Ásia-Menor, invadiu uma das províncias romanas expulsando seus habitantes. Em 82 a.C. Sula foi acusada de quebrar todas as regras constitucionais ao tentar tomar a cidade de Roma com o seu exército para se tornar ditadora. Esta série de acontecimentos culminou em duelos entre Júlio César, Pompeu e Crasso.

Em 52 a.C. a batalha foi findada após a derrota de Crasso e posteriormente na disputa entre Júlio César e Pompeu que foi vencido pelas tropas de Júlio César.  Estando Pompeu ao lado da Corte, declarou César inimigo de Roma, ao que César respondeu, atravessando Roma e iniciando uma nova guerra civil.

Tendo Crasso vencido Pompeu na guerra de Farsalha tornou-se efetivamente o comandante do exército de Roma em 48 a.C. sob o governo geral de Julio César. A forma de governo continuou sendo unipartidária, Júlio César recebeu poderes sobre os procônsus, transferiu o poder da Corte para o Dominato e governando de forma indireta associou em Roma a Gália, Panônia e Ilíria, províncias pouco povoadas e pobres.

No seu primeiro ano de mandato teve de fazer face a uma enorme invasão que visava ocupar a Itália. Mas com vitórias consecutivas derrotou-as definitivamente.  O próximo plano seria o domínio absoluto das províncias associadas, segundo as normas instituídas no atestado secreto cívico do encarregado de Cícero, que ganhava fama entre os tribunos. Escribônios Cúrio mantinha um dos principais estatutos imperatícios conhecido como o Triunvirato, que continha registros do plano expansionista, a criação de leis que seria a base do Dominato Romano, o poder centralizado, a sucessão do cargo para o supremo general e a imposição do nome vitalício 'César' ao seu legítimo sucessor.

O assassinato de Júlio César pouco tempo depois em 44 a.C. por conspiradores liderados por Cássio, daria a sucessão do cargo provisório de dois anos ao supremo comandante do exército Otávio Augusto que já atingia a idade permitida. Como comandante do exército se entende com Marco Antônio e Marco Lépido governador ao norte da Gália. Augusto exigiu que a Corte romana sancionasse o seu direito como sucessor definitivo, segundo o Triunvirato de Júlio César. No final de 42 a.C. Augusto marchou sobre Roma cumprindo com o Dominato, forma de governo que Júlio César implantou na Guerra Civil através do Triunvirato. A comissão governaria as províncias romanas, o Dominato foi indicado pela Corte que o reconheceria imperador romano.

Uma das primeiras iniciativas de César Augusto seria uma bruta reação autocrática contra senadores e cavaleiros oponentes da comissão que foram reprimidos pelo exército. Otávio, Marco Antônio e Lépido, se aliaram na Guerra Civil seguinte e culminaram na decisiva Batalha de Ácio em 31 a.C..

 O primeiro mandato, conhecido como o Triunvirato, influía com a consolidação política e com o Dominato. Com esse regime o domínio do imperador seria absoluto, o supremo comandante do exército formado em leis e jurisdição, de comportamento, postura e costumes apurados, família nobre e que propusesse melhorias ao império fazendo-as cumprir, seria eleito pelo imperador antecessor. O império seria herdado com a posse de um nomeado pelo próprio imperador entre os supremo-comandantes de várias províncias e este seria nomeado somente após a morte.

O império seria entregue ao supremo-comandante indicado na renúncia e na falta de indicações. O império e o poder centralizado deveriam ser mantidos sob conduta do imperador em todas as províncias. O imperador teria o direito de formular leis sob aprovação do Senado e a imposição do nome vitalício ao seu legítimo sucessor durante o seu governo, lei que seria revogada por Cláudio nos primeiros anos para imposição à livre escolha.

 

No período de Júlio César o futuro imperador seria eleito entre três concorrentes escolhidos pelos magistrados e aprovados pelos senadores no duelo, que seria decidido nos campos de Farsalha e teria como vencedor o cargo atribuído ao império romano.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CAIO JÚLIO CÉSAR, (76 – 44 a.C.)

 

Após as conquistas dos comandantes do exército romano Pompeu, Lacínio Crasso e Júlio César, houve o aumento comercial dos submissos formados pelas gerações derrotadas, enriquecimento das classes sociais, colonização das terras dominadas pela aristocracia romana. Os romanos continuaram com o governo regido anteriormente pelos generais gauleses, que foram habitantes descendentes de Bárbaros e Godos na Gália.

Os romanos criaram muitas colônias ao longo da província, cuidaram por eliminar toda espécie de anarquia gaulesa. Seriam submetidos sem direito a cidadania e trabalhos assalariados. Muitos gauleses fugiam do domínio romano para a Ibéria e quando identificados no território do império eram levados presos para servirem o exército. Com os tempos implantariam leis, penalizariam os insubmissos ao império. Os gauleses, alamanos, burgúndios, judeus, e francos sofreriam com a submissão em maior impacto nos tempos de Nero, entre 54 à 68 d.C.. Nos tempos dos Flávios em 212 d.C. seriam retribuídos à cidadania especificamente impostas aos habitantes da Partíria; ganhariam trabalhos e costumes romanos em troca de regalias.

Os grandes proprietários de terras, que exerciam cargos públicos nas cidades e responsáveis pela coleta e pagamento dos impostos, foram exonerados, desobrigados a transferir os impostos ao governo romano e aos suplentes do imperador, ocupando a função pública. Este foi um dos primeiros passos do cônsul Júlio César na formação do império.

A crise social refletiu sobre a política dando início ao descontrole governamental. As ascensões de Crasso e Pompeu ganharam destaque na política romana, Júlio César com apoio de Escribônio Cúrio, advogado da Sicília, defendia o regime republicano e a constituição, juntos passaram a elaborar novos planos governamentais. Em 55 a.C. as províncias conquistadas por Roma, foram dividas em três comandantes militares. Sob convocação do Senado, Pompeu foi enviado à Espanha, Crasso à Baviera e após anexar a Panônia, Grécia e Ásia-menor, Júlio César tornou-se cônsul do oriente, realizou estudos rigorosos com apoio de Escribônio Cúrio para desenvolverem o Triunvirato.

A decisão foi apoiada pela Corte quando a disputa pelo império permanecia intransigente e acirrada. Três exércitos diferentes compunham trezentos homens, cada tropa possuía seus respectivos símbolos. Pompeu preservava o carmesim sobre suas bandeiras, sobre as rédeas e uniformes. Júlio César o marfim e Crasso o verde-musgo. A forma de governo continuaria a ser unipartidário conforme as bases do Dominato, o comandante receberia a transferência do poder da Corte em um eventual cortejo no início de 48 a.C., a declaração do império ainda não havia sido efetivada, muitas coisas deveriam ser administradas, no entanto, o Dominato estava estabelecido.

Marco Pláucio foi enviado para presidir a Ásia-menor e a Partíria, Pompeu e Crasso permaneceram nos respectivos protetorados. Júlio César conseguiu eliminar as revoltas, adquiriu privilégios especiais tais como vestes, títulos e honra, realizou várias reformas, reprimiu as guerras civis, apoiou as novas construções, fixou os valores pelas mãos dos questores e atendeu a cidadania romana aos habitantes de Roma das cidades administradas pelos tribunos da Corte.

Em 44 a.C., após o período entendido por “governo unipardidário”, foi marcado o cortejo para declaração do Império de Roma, em acordo com o Triunvirato escrito também em mano-escritos. A cerimônia foi organizada na expectativa de muitos cidadãos que recebiam as notícias de emissários anunciando a data da posse. Muitos aguardavam pela assunção do imperador quando foi encontrado morto por conspiradores ligados a Cássio Longíngo, militar que teria fugido da detenção. Houve grande alvoroço ao receberem a notícia. As revoltas fizeram destruir a Corte e as leis estabelecidas nos mano-escritos foram desaparecidas.

O Senado continuou com o Dominato durante o “governo provisório”, a reforma durou cerca de dois anos, em 42 a.C. entraram em acordo para eleger o supremo comandante do exército ao Dominato, que seria decidido apenas em 36 a.C. com a indicação de Ótavio Augusto, vencedor das guerras na Trácia e Pártiria. A Corte retornou ao “governo unipardidário” legitimado pelo Senado, sob administração de Otávio Augusto que recebeu o poder tribunico: poder sobre os tribunos romanos e o poder proconsular: que autorizava o poder absoluto sobre o exército de Roma.

Durante sua carreira promoveu reformas administrativas, sociais e culturais baseadas nos “direitos civis”. Mas somente receberia o poder imperialista em 27 a.C., ano em que Otávio Augusto exigiu a promulgação do seu direito como sucessor definitivo, segundo o Triunvirato de Júlio César e segundo as leis encontradas na Cicília. Após aprovação da Corte, César Augusto marchou sobre Roma cumprindo com o Triunvirato de César. O título de César seria incorporado ao nome do imperador para César Augusto. O poder do império permaneceria sob o domínio da Corte durante dezessete anos, até que o poder do império fosse totalmente entregue à César Augusto.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ASSUNÇÃO DE JÚLIO CÉSAR

 

Ao retornar da campanha militar no Oriente, Pompeu se aliou à Crasso e Júlio César, que se tornou cônsul. A aliança procurava viabilizar sua chegada ao poder, já que o Senado estava em fase de desenvolvimento para reorganização das províncias orientais apresentada por Pompeu. Em 60 a.C., a comissão com o apoio do exército, assumiu o comando de Roma reduzindo o poder do Senado.

Procurando monopolizar o poder, Júlio César incentivou o Senado para ser cônsul na Gália. Em 58 a.C., no comando de um numeroso exército, partiu para conquistar toda a região e transferir ao protetorado. Os gauleses, liderados por Vercingetórix, resistiram bravamente. Derrotados na batalha de Alésia, foram vencidos. Em 53 a.C., Crasso se torna cônsul combatendo os partas. O líder gaulês Vercingetórix foi feito prisioneiro em Roma por seis anos e morreu em 52 a.C com a assunção de Júlio César como governador geral. Em 55 a.C. as províncias romanas foram divididas entre a comissão. Pompeu ocupou parte da Hispânia e Gália, Crasso a Baviera e Júlio César partiu para missões no oriente. Em 49 a.C. a comissão realizou campanha na Grécia. No mesmo ano Júlio César interferiu na política interna egípcia e depôs o faraó, colocando em seu lugar a irmã de Ptolomeu, a Cleópatra. O Egito passou para protetorado romano. Seu sucessor César Augusto morreu com 78 anos em 14 d.C. Em 52 a.C. compartilhou com seu tio Júlio César o triunfo sobre os gauleses com apenas treze anos. Viveu com suas tias Sevilha e Cornélia em cortiços, embora pertencesse a nobreza.

Uma das primeiras iniciativas de César Augusto seria uma bruta reação autocrática contra senadores e cavaleiros oponentes da comissão que foram reprimidos pelo exército

Para reorganizar a sociedade, César Augusto priorizou aspectos econômicos em detrimento ao critério geopolítico, os cidadãos do império passariam a ter cidadania romana, os habitantes conquistados teriam direito ao trabalho romano com base ao salário estabelecido pelo império e segundo o emprego exercido.

Outros trabalhos de culturas heterogenias seriam desempenhados nas colônias com base às leis romanas. Todos seriam obrigados às taxas de impostos, aos publicanos, aos pedágios e a identificação do censo que eram realizados periodicamente. Os tribunos eram responsáveis pela ordem civil e financeira. Os emissários responsáveis pelas divulgações do império eram enviados tanto para os cônsus quanto para o imperador. Os pretores cuidavam em juntar todos os tributos em escoltas e cavalarias ao respectivo cônsul do distrito. Os presos das guerras conquistadas trabalhavam a favor do cônsul, as conspirações seriam tratadas com pena de morte. Posteriormente seriam livres ao trabalho romano.

A ordem pública foi composta por tribunos nobres e patronos, Anêios, o mercadante, Públios e Crato foram considerados os principais Tribunos nas camadas políticas. Cada colônia passaria a possuir um representante nomeado pelo Senado e indicados por Otávio através do que restou de seu poder proconsular por volta de 42 a.C; César Augusto aplicou a lei que preservava a cultura das famílias heterogêneas, um Tribuno concordava em aderir conceitos culturais conforme sua amplitude. Aprovou o culto aos deuses tradicionais. Procurou pacificar os territórios dominados, seu objetivo foi consolidar e proteger as fronteiras. Em 42 a.C. Marco Pláucio, outro militar romano, foi nomeado cônsul das províncias da Ásia-menor.  Recusou unir-se às forças do legado da Pérsia.

Os dois anos que se seguiram levaram à completa submissão da Ilíria, que se traduziu na criação de novas Cortes romanas na Panônia e península sul anatoliana.

Estes fatos culminaram com o triunfo romano e seu governo na Gália.

Mas seria com os descendentes de Marco Pláucio que Otávio se uniria nas batalhas do oriente. Uma comissão formada por Marco Antônio, Marco Júnior Bruto e Lúcio Verônios sufocou uma primeira revolta dos partos, guiou e reforçou duas legiões contra os rebeldes da Panônia e venceram a batalha de Ácio em 36 a.C; Marco Pláucio governador da Hispânia e Marco Júnior Bruto atuavam em Amphilopi e Trípoli respectivamente. Perto em concluir a expansão do império e a incorporação dos cônsus, César Augusto consegue apoio de Agripa que anexou oficialmente a península anatoliana e Judéia, colocou as fronteiras do Império nos rios Danúbio e Reno. Gabínio, foi nomeado procônsul romano da Síria, e Herodes, procônsul romano na Judéia. Efetivaram seus cargos após a Guerra de Investida operada por César Augusto que foi executada com uma marcha em todo território conquistado.

Contou principalmente com Cípio, cônsul da Síria entre 48 à 32 a.C.. Em ambos os territórios orientais houve grande conflito contra eminentes ameaças ao império. No decorrer dos primeiros anos do império, Tibério governaria a Baviera até por volta de 14 d.C. resignado pela assunção ao trono. No momento de indicar seu sucessor, conforme a lei do Triunvirato, César Augusto preferiu não instituir o princípio da hereditariedade. O sucessor foi Tibério, descendente da família de Graco, recebeu mesmo nome de um ancestral do século passado, todavia seu sobrenome foi mantido em sigilo pelo Senado, cujo tio seria seu antecessor Lacínio Crasso.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

OTÁVIO AUGUSTO, (27 a.C. – 14 d.C)

 

 

  


Os quinze anos seguintes à morte de César, com as guerras civis neles verificadas, podem ser considerados uma extensão da época cesariana. Os conspiradores, inicialmente, ficaram vitoriosos com o seu chefe Cássio Longíngo, impune e perseguido por Escribônios Cúrio. Embora fosse a favor de César, fez oficialmente suspender a campanha imperialista devido a ausência dos testamentos que foram desaparecidos com a revolta social ao atacarem o consulado romano após serem notificados do atentado contra Júlio César em 44 a.C.. Como conseqüência do conflito social o palácio foi ocupado e incendiado.

Somente com estes testamentos incluídos através do Triunvirato seria concedido o cargo de imperador ao sucessor de Júlio César através das suas supostas declarações. A reação dos partidários de Júlio César começou com Marco Antônio, seu auxiliar militar fez promulgar algumas leis que teriam sido preparadas por Júlio César, a quem prestou ainda honras. Para manter o apoio popular ao partido cesariano, Marco Antônio prometeu uma lei agrária e outra colonial, a atribuição do direito de cidadania à Sicília e uma reforma democrática dos tribunais.

Dois fatos, entretanto, possibilitaram aos proconsus de Júlio César a recuperação de algumas leis: a adesão do procônsul na Gália Narbonense, Marco Lépido, que juntou suas forças às de Marco Antônio, as quais se retiravam de Roma; e a chegada de Otávio, sobrinho-neto de Júlio César, vindo das campanhas ao norte. Foi apoiado inicialmente por Escribônios Cúrio que imaginou servir-se dele para apoiar a política de Antônio e seus proconsus.

Otávio, verificando que o Senado não lhe concedera o cargo de cônsul como sucessor legítimo mesmo usando como defesa o limite de idade imposto por Sula e que a derrota de Marco Antônio implicaria no triunfo do consulado republicano, assumiu o comando das legiões da Ásia-menor ao lado de Marco Júnior Bruto em 43 a.C. e marchou ao norte sem encontrar maior resistência. Com apenas vinte e três anos foi reconhecido no ocidente e entrou em acordo com Marco Antônio por intermédio de Marco Lépido e através de emissários enviados de Bolonha.

Após muita resistência Otávio foi nomeado finalmente procônsul no ocidente em 42 a.C.. Fator importante que permitiu sua admissão no Senado tornando-se detentor do poder por uma lei que se atribuía, pelo prazo de cinco anos, funções legislativas, o direito de nomear magistrados e de condenar à morte. Os vencedores fizeram listas de proscrições, nas quais figuraram cerca de dois mil homens, inclusive cem senadores. O mais ilustre nome dessa lista foi o de Escribônios Cúrio.

Mediante contribuições das províncias, Marco Júnior Bruto e Cássio tinham reunido um exército considerável, a frota dominava o Adriático e Pompeu apossava-se da Sicília. No verão de 42 a.C., entretanto, as legiões de Marco Antônio e Otávio desembarcaram na Macedônia e, ao cabo de alguns meses de lutas esmagaram as forças dos chefes ao sul da península. Houve um período de intensas dificuldades entre os vencedores, terminado com estabilidade em Outubro de 40 a.C; cujos termos talvez tenham determinado uma parte territorial à Marco Lépido na África, o restante do Ocidente à Otávio e o Oriente helenístico à Marco Antônio. Pompeu declamou sua parte e recebeu em face ao poder de sua esquadra a ilha de Acáia, segundo as determinações de Micena em 39 a.C..

            Durante a primeira Corte formada pelos cônsus vencedores, perdurou-se um período de dominação.  Quando Pompeu foi derrotado em Nauloco em 37 a.C., Marco Lépido ocupou a Sicília e pretendeu manter a posse das regiões ao sul. Foi afastado pelo governo romano na África, mas manteve o cargo que possuía. Otávio enfrentou desordens no Ocidente e na Itália, hostilidade do Senado, exigências de Roma e dos veteranos, decidindo se reunir com Pompeu para tomarem novas medidas lucrativas. Alguns problemas foram superados a mercê de sua capacidade. Em 36 a.C. Otávio recebeu o poder tribunício, um dos fundamentos do Império.  Quando seu mandato estava para se esgotar em 32 a.C., Marco Antônio propôs a restauração da antiga Constituição.

            A situação de Marco Antônio não era favorável perante os romanos. Apesar de haver recebido no Oriente quantidades de homens e recursos, não conseguiu manter a administração por muito tempo. As qualidades e os colaboradores de Otávio seriam essenciais, Marco Antônio perdera progressivamente o contato com a Itália e cedera aos encantos da Cleópatra, após uma guerra perdida contra os partas. A guerra era motivada pela intenção de acrescentar o poder ao reino egípcio dos Ptolomeus que se asseguravam pelas fronteiras romanas. Aliou-se à rainha em Alexandria e passou a cuidar quase exclusivamente de assuntos egípcios.

            A partir de 32 a.C., Otávio se dispôs desprovido do poder proconsular e resolveu recorrer pela força. Apresentou-se no Senado cercado de soldados e expôs suas exigências à Marco Antônio, cujos partidários refugiaram-se no Oriente atraídos pelo poder crescente através da aliança com a Cleópatra.

Marco Antônio enviou uma carta de renúncia que poderia resultar com a retirada de suas tropas em Atenas. Na carta via-se que Marco Antônio legava suas possessões no Egito à seu filho Marco Túlio e que desejava ser enterrado em Alexandria. Após muita resistência Otávio obteve o consulado por tempo indeterminado e fizera a Itália jurar fidelidade para ocuparem as ilhas Jônias e o litoral ocidental do Peloponeso. Antônio cometeu a imprudência de concentrar suas forças marítimas em Tarento. Em caso de derrota pela retirada do exército em face a situação egípcia, provocaria derrota imediata nas partes concentradas. Marco Antônio foi derrotado antes de combater, não-somente por suas incompreensíveis disposições estratégicas como pelos desertores de suas esquadras.

            O encontro decisivo teve lugar ao longo do promontório de Ácio em 31 a.C. e o resultado da batalha marítima estava ainda indefinido. A Cleópatra fugiu com seu filho Marco Túlio Cesarion, seguida por Marco Antônio que abandonou sua frota e seu exército. O Egito foi anexado à Roma em 30 a.C., completando-se assim a conquista no Mediterrâneo. Após vencer a batalha de Ácio em 36 a.C. e anexar o Egito ao império, Otávio nomeou Cornélio como cônsul, recebeu triunfos em homenagens à suas vitórias e declarou paz em Roma efetivando seu cargo como governador geral. Em 30 a.C. fez-se retribuir o poder tribunício, não vigorado pelo direito de julgamento durante a batalha e talvez por isso não-somente recebeu o Dominato em 36 d.C., como também foi considerado um regime importante para o surgimento do futuro império.

A ordem foi restabelecida em 27 a.C., Otávio como cônsul absoluto, em face aos pedidos dos senadores, consentiu em manter por período indeterminado o comando sobre as províncias anexadas.

Declarou-se imperador após receber o último regime, através do Triunvirato apoiado por Cícero e encontrado por seguidores de Escribônios Cúrio. Foi considerado o principal fator para estabelecer o Dominato definitivo em torno das províncias conquistadas.

Recebeu o título de César e o poder imperialista. Foi representado por um tribuno. Era representado por legados e no Egito foi considerado propriedade legítima. César Augusto dirigiu sua campanha passando inicialmente pela Hispânia. Foram dois anos de negociações. Em 25 a.C. foi consolidada a conquista. Os celtispanos revoltaram-se em 19 a.C., mas foram submetidos finalmente por Agripa que dominou a região. A divisão romana entre províncias senatoriais e províncias imperiais, instaurava de fato um novo regime e dava a seu detentor honras, que acabaram por colocá-lo acima de todas as magistraturas. 

            A segunda etapa do governo teve transformação em 23 a.C. e as razões foram talvez as conspirações ou a enfermidade que o afetou por duas vezes no ano anterior. Por este motivo, César Augusto recusou qualquer tipo de atitude solene em face ao seu domínio nas camadas internas.  O poder imperialista, contudo, renovou seus privilégios outorgados em 36 a.C; conferindo-lhe absoluta legitimidade e acréscimos em sua autoridade política como imperador oficial e pelo comando das forças militares. César Augusto recebeu o direito de atribuir cidadania e delimitar protetorados, estes motivos foram fundamentais para que César Augusto abrangesse seu poder administrativo.

Estes poderes foram limitados após cinco anos, em 18 a.C; a fim de evitar reações partidárias. Houve renovação no mesmo período através do legislador e do censor da cúria romana. Em 12 a.C, após a morte de Marco Lépido, a suprema corte conferiu a César Augusto a decisão de nomear o bispo, que haveria de ser eleito coincidentemente naquele ano.

            Tudo isso constituiu o Dominato abordado por Júlio César, nome que os antigos concediam ao novo regime, o poder imperialista. Para alguns seria apenas usado para evitar a denominação monárquica.

O Império, portanto, foi um regime militar com domínio superior para dar cobertura à magistratura e aos protetorados. As camadas tradicionais do Dominato foram mantidas, o Senado continuou o elemento essencial e César Augusto concedeu lei aos tribunos que se tornaram pessoas importantes para legislação do Império. O Senado recebeu o direito de julgar casos processuais em última instância e de erigir-se em tribunal para julgamento de seus membros. Os poderes da Magistratura foram de certa forma, acrescentados pelas camadas políticas em desenvolvimento.

            César Augusto reformulou uma camada permanente, remediando assim um dos maiores inconvenientes da administração republicana. As províncias senatoriais continuaram administradas por magistrados e as províncias imperiais por cônsus representantes do Império. A política externa de Augusto se destacou pelos esforços protecionistas, nas regiões anexadas e através de acordos diplomáticos ao Império Romano. As guerras civis tiveram lugar na Hispânia, Trácia, Aquitânia e região Alpina.

Na África, César Augusto reformulou leis na Mauritânia obtendo soberania. Um de seus cônsus Lúcio Verônios foi um mediador político. Na Ásia-menor manteve a política dos Estados, permitindo a existência dos reinos de Partiria e Capadócia, mas conquistando a Galícia e Judéia em 4 a.C..

Campanhas defensivas determinaram a criação das províncias destinadas à proteção das fronteiras romanas, Panônia, Dalmácia, Gália Nórica como regiões distintas, Panfília e Trácia como a antiga Mésia, Macedônia e Grécia como península albânica. Na Germânia César Augusto planejou a conquista até o rio Elba e incumbiu Drúsio e Tibério nessa missão. Drúsio submeteu e organizou a Germânia até no limite ao leste de Baviera. Os Lombardos foram submetidos por Tibério era o auge do império romano.

No ano 1 a.C. César Augusto marchou sobre todo o Império e estabeleceu o calendário romano. Neste mesmo ano em Jerusalém, Herodes mandou matar todos os recém nascidos por suspeita de golpe. Ameaçado por uma nova dinastia proveniente de um progenitor Deus, Herodes sentiu uma confluência tremenda de seus aliados para que a ordem fosse dada. Jesus foi perseguido, mas conseguiu nascer neste mesmo ano após fugir para o Egito.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

TIBÉRIO, (14 – 37 d.C.)

 

 

Tibério foi substituto de Crasso nos tempos das batalhas de Ácio para governar a Albânia e paralelamente a Gália com a transição do cônsul Marco Pláucio indicado no fim dos tempos de Marco Lépido. Tibério aprovado pelo Senado, entre 14 a 37 a.C. para ser imperador, executou planos deixados por seu antecessor. César Augusto designou para ser sucessor Tibério, chefe militar de temperamento vulgar. Se exilou por respeito e vontade própria.

Em 14 d.C. Após a morte de Augusto recebeu o poder romano pelo Senado e privilégios como Imperador. O início do seu período foi auspicioso. Com a concessão ao Senado de poderes legislativos, Tibério obteve facilidade em operar as vitórias militares. Seguiu para o Oriente onde Artabano fundara nova dinastia entre os partas e anexara a Síria.

Em 19 d.C. Salústio da guarda pretoriana acampou nos limites orientais para proteger o Império. O imperador se retirou para Capri junto com o ambicioso Sejano, chefe da guarda pretoriana. A partir de 26 d.C. Tibério esteve temeroso e perseguia seus inimigos com condenações, inclusive Sejano, que pensava poder suceder-lhe, mas foi executado em 31 d.C. após um longo conflito político em que Calígula se sobressaiu como principal líder a favor de Tibério. Em 35 d.C. Tibério indicou Calígula para sucessor. Apesar das circunstâncias desfavoráveis, o Império não sofreu revoltas por este período.

Tibério morreu em 37 d.C. sem indicar seu legítimo sucessor pelo que Cáligula provocou conflito contra os militares para assumir o poder imperialista passando o domínio das províncias orientais para as tropas do proeminente cônsul Agripa que morrera de velhice pouco tempo depois da nomeação de Tibério.

Os sucessores de César Augusto são conhecidos por formarem a Dinastia Júlio-Claudiana que inclui o próprio imperador Cláudio, devido aos casamentos idealizados por ele entre a sua família. Nos primeiros anos do reinado de Tibério, não houve grandes mudanças políticas ou organizativas em relação aos princípios estabelecidos por Augusto. No entanto, com o passar do tempo, a instabilidade surgiu dentro da própria família imperial.

Tibério tornou-se paranóico com possíveis conspirações e tentativas de golpe de estado, chegando, em 26 d.C; a retirar-se para a ilha de Capri de onde governou por procuração até o fim. Em conseqüência, mandou matar ou executar grande parte da sua família e senadores de destaque, provocando uma sensação de desconforto generalizada. O seu sucessor Calígula cresceu neste ambiente e mostrou-se um imperador igualmente instável.

As perseguições tornaram-se normais e durante estes reinados muitas das famílias tradicionais romanas chegaram ao fim devido a assassinatos e execuções que se prolongaram pelos reinados de Cláudio e Nero. Em 68 d.C., a classe política tinha chegado ao limite de resistência a tanta insegurança política. Depois de alguns erros graves de estratégia e de ter arruinado as finanças do estado em aventuras como a construção do palácio, Nero é declarado um inimigo do estado e declarado fora da lei.

Fugindo de Roma acompanhado apenas por seu secretário, o imperador acaba por se suicidar antes de ser apanhado pela guarda pretoriana que seguia em seu encalço. Com a sua morte, desaparecia a dinastia Julio-Claudiana e Roma acabaria por encontrar alguma estabilidade política.

Do ponto de vista organizativo, pouco mudou em relação ao estabelecido por César Augusto. Apenas Cláudio introduziu algumas reformas e procurou a prosperidade do império, talvez porque à data da sua ascensão ao trono era já um homem maduro. Cláudio foi ainda o responsável pela iniciativa da invasão romana nas ilhas britânicas em 43 d.C., que se saldou pela adição de mais uma província ao império.

Em 64 d.C; durante o reinado de Nero, Roma foi consumida por um violento incêndio, do qual o próprio imperador é muitas vezes erroneamente considerado culpado. A partir de então começaram as perseguições aos cristãos. Os Julio-Claudianos foram eficazes em espalhar o culto imperial. Alguns deles, como Cláudio, foram deificados durante a sua vida e elevaram à dignidade divina. Muitos dos seus familiares, outros subseqüentemente foram criticados pela plebe

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CALÍGULA, (37 – 41 d.C.)

 

 

Após a assunção de Tibério em 14 d.C., Agripa perpetrou seu partido na Gália e Calígula passou a governar sucessivamente a Albânia indicado pelo imperador e aprovado pelo Senado. Calígula subiu ao trono com a morte de Tibério em 37 d.C. e como administrador, preservou o dinheiro romano, protegeu o consulado nas províncias e aderiu o atestado político de sucessões durante seus quatro anos de governo absoluto. O comércio manteve-se ativo, propiciando prosperidade econômica.

De forma indireta Calígula administrava as províncias, gerou muitas dissoluções políticas. Após um breve período de estabilidade, iniciou-se uma crise externa, o tesouro perdeu prestígio e Calígula quis ser considerado deus, ordenando aos judeus que colocassem sua imagem nas sinagogas. Prosperou na Judéia. Seu governo foi resultado das conquistas na Galiléia. Preparou a conquista da Bretanha, mas não iniciou as operações.

Os antecessores por fim entregaria uma província concluída, Calígula usaria muitos recursos para contribuir com a Ásia-menor e Judéia.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CLÁUDIO, (41 – 54 d.C.)

 

 

Cônsul da Gália, Cláudio foi finalmente aprovado pelo Senado com apoio da guarda pretoriana para assumir o império.  O Senado deliberou fim ao regime, mas a guarda pretoriana defendeu Cláudio que encaminhou-se ao Senado para receber o poder imperialista. Proclamou inicialmente, suas intenções políticas opondo-se ao despotismo de Calígula. Organizou as repartições imperiais, cujos chefes propunham em torno dos poderes senatoriais.

Concedeu direitos de cidadania aos habitantes ainda prejudicados e reformulou para o Senado muitas províncias. A conquista da Bretanha em 43 d.C. foi um fator importante para o Império. Cláudio anexou definitivamente a Judéia no final de 44 d.C. e se projetou na Trácia em 46 d.C; sendo que o último cônsul desta dinastia era suspeito pelos romanos que habitavam esta região desde os tempos de César Augusto. Cláudio sofreu fortes influências de sua mulher que o desposou em 49 d.C., talvez tenha mandado assassiná-lo em 54 d.C., mas algumas versões apontam para um misterioso envenenamento.

Uma das obras ligadas à estratégia de Roma foi a construção de uma ponte sobre o rio Tamisa.  O governador Calígula se viu obrigado a dirigir uma nova expedição militar para combater à tribo celta do século I d.C., localizada no que hoje é Gales e chegou até atual Escócia.  Além da obra e da expedição, as sucessivas revoltas das tribos britânicas obrigaram o governador Agripa a construir uma base militar para uma futura investida devido o fracasso das primeiras batalhas.

 

 

Carataco, líder da confederação das tribos britânicas, organizou uma facção anti-romana nos vales e fronteiras gaulesas. Os romanos consolidam suas posições romanas no sudoeste e nas Middlands na Bretanha. A partir de então a fronteira provincial estava constituída por uma linha imaginária em Manchester e se converteu no principal centro de batalha na ilha em 43 d.C..

Mas somente no ano 49 d.C; quando o cônsul Dídio foi precedido por Escápula, iniciou-se o ataque contra as tribos rebeldes na saxônia. Os siluros foram derrotados sob o comando de Carataco que fugiu imediatamente e buscou refúgio entre os bretões, tribo que ocupava o norte da atual Inglaterra, mas foi entregue aos romanos por sua rainha Cartimândua. Paralelamente, ainda no ano 49 d.C; criava-se uma colônia romana e outra britânica principalmente pelo decreto de Cláudio.

A derrota de Carataco, entretanto, não trouxe consigo a segurança de Gales, coisa que não ocorreria definitivamente até quase dez anos depois, quando se decretaria o mando do cônsul romano Gaio Suetônio enviado de Cláudio à reger os saxões. Os romanos enfrentam a tribo dos britânicos, encabeçada pela rainha Cartimândua, que manteve uma política ofensiva liderada por seu marido. Somente, por volta do ano 71 d.C. o reino dos bretões seria anexado por Roma.

Dídio foi um general político do Império Romano que viveu durante o século I d.C.. Atuou na província da Bretanha entre 52 e 57 a.C.. Posteriormente foi designado procônsul da Cicília e prefeito da cavalaria. Entre 38 e 49 d.C. recebeu honras triunfais na sua condição de cônsul no reinado de Cláudio.

Em 52 d.C. foi designado embaixador da Bretanha, sucessor de Escápula. A situação na província não era nada encantadora à chegada de Dídio. Apesar da derrota do líder rebelde Carataco, as tribos em particular dos Siluros, estavam preparando-se para contra-atacar. Enquanto, a rainha Cartimândua dos bretões sofria uma rebelião por parte do saxão Venútio, que retrocedeu quando Dídio encabeçou Caio Suetônio como reforço ao seu auxílio.

Em lugar de embarcar em novas e arriscadas conquistas, Dídio agiu para sufocar as rebeliões dos insurgentes bretões. O seu governo, que abarcou até 57 d.C. caracterizou-se por seguir uma política defensiva, e por esta razão é criticado por Tácito. Contudo, é provável que Dídio agisse por ordens de Cláudio, que não considerava os benefícios suficientes para justificar o risco que suporia uma campanha de invasão. Em lugar disso, Dídio construiu caminhos e fortificações nas regiões fronteiriças para conter os bárbaros saxões. Após cinco anos no cargo, os dois primeiros durante o reinado de Cláudio e os três posteriores sob o império de Nero, Dídio foi substituído.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

NERO, (54 – 68 d.C.)

 

Nero foi o último imperador dos primeiros anos do império apresentou-se aos pretorianos que o aclamaram imperador sendo acompanhado pelos Senadores. Em seu governo foi auxiliado pelo filósofo Sêneca. Com os tempos revelou-se um ditador perverso. E morreu nas guerras militares em 68 d.C.. Em 55 d.C; porém, matou seus oponentes, mas em seguida, durante cinco anos, realizou boa administração, certamente influenciado pelo seu preceptor Sêneca.

Suas tendências acentuaram-se com condenações à morte, confisco de bens, desvalorização da moeda, extravagâncias. Estabeleceu acordo com os partas em 63 d.C. após derrotas romanas. Na primavera de 68 d.C. eclodiu uma revolução na Gália chefiada por um nobre gaulês governador de Aquitânia. O patrono romano Sulpício foi cônsul da Baviera administrando na sede em Toscana e Vespasiano foi nomeado cônsul na Trácia, Dídio ainda mantinha sua intervenção ao norte.

Em 64 d.C. suas economias provocaram reações dos militares estrangeiros. Em Roma, Nero foi traído pelo chefe da guarda pretoriana e o Senado recorre ao voto de anistia tanto para a exoneração de Nero quanto para a sucessão do próximo imperador. Após cinco anos de governo ausente e opositor, os conflitos agravaram, Nero se refugiou e a tese mais provável entre os romanos seria a procura de seu próprio suicídio em 68 d.C.. Uma data relativamente próxima do fim do ano fez com que seu sucessor tomasse posse apenas no ano seguinte.

 

 

 

 

 

 

 

 

VESPASIANO, (69 – 79 d.C.)

 

Chefe do exército na Judéia foi eleito pelo Senado. Foi aclamado imperador ao vencer Vitélio. De modesta família, compreendeu que o melhor ponto de apoio em que se poderia basear seria uma administração eficiente. Vespasiano obteve o apoio das legiões do Danúbio que acompanharam sua marcha sobre a Itália. Derrotaram os partidários de Vitélio em Cremona. Essas divergências políticas facilitaram a eclosão de rebeldia na Gália e seu segundo oponente Óton foi derrotado.

Os batavos revoltaram-se sob a ordem de seu príncipe e foram apoiados pelos gauleses, que proclamaram a independência da região conhecida como Gália Armórica. O movimento não prosperou e a derrota dos revoltados na divisa ao leste em 70 d.C. restabeleceu a administração.

Entre 41 à 69 d.C. Vespasiano governou o oriente preferencialmente a Panônia, através inclusive de sucessões políticas pertinentes à Calígula enviadas de Cláudio no auge do seu poder. De 69 a 79 d.C. tornou-se imperador. Durante o governo de Vespasiano no oriente Calixto, filho de Vespasiano, sucedeu a família herodiana para governar a Judéia. Em 70 d.C. Jerusalém foi invadia e seu templo destruído pelas tropas de Calixto (Tito). Com o apoio da Corte romana no oriente, venceu outros convocados pelo senado para receber o poder imperatício e terminou a carreira política como imperador romano em 79 d.C..

Com suas economias, governou sem oposição, restaurou os estatutos em 70 d.C. e as obras públicas forneciam trabalho aos romanos. O direito de cidadania foi amplamente distribuído e algumas províncias foram assinaladas pelo Senado. Vespasiano sofreu oposição por parte dos filósofos das escolas estóicas e alguns foram banidos.

Seu futuro sucessor Calixto, pôs fim à revolta dos judeus tomando Jerusalém em 70 d.C. atuando como cônsul absoluto das partes orientais. Vespasiano propôs plano de acordo na Gália Armórica, abriu estradas que puseram em comunicação entre povos afastados na província de Aquário ao norte da Gália. Estes o receberam com festejo tradicional. O mesmo ocorreu na região central da Ásia-menor, incentivando o comércio internacional, notadamente com Heracléia.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CALIXTO, (79 – 81 d.C.)

 

Após promover reforma política na Judéia, Calixto é nomeado para governar em Roma e termina em 81 d.C. após três anos de governo opositor. Exerceu ainda as funções de prefeito do pretório não resignadas com a assunção. Vespasiano deixou o poder ao seu filho Calixto que desde o ano de 71 d.C. recebeu o cargo de tribuno e o poder proconsular. Demonstrou capacidade ao conquistar Jerusalém em 70 d.C., exerceu as funções de chefe do pretório. Calixto subiu ao poder sem dificuldades, seu império foi marcado por calamidades.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DOMICIANO, (81 – 96 d.C.)

 

Muito insatisfeito com as aptidões de Calixto e desprovido de auto-crítica governou durante sete anos, procurou tornar-se absoluto no governo.  Apoiou-se o exército em 82 d.C; cujas vitórias aumentaram no oriente, mas encontrou dificuldades em sua política externa devido seu reconhecimento episcopal. Dez anos mais tarde, em face à oposição dos Senadores gregos, instituiu a deposição política, que predominou a partir da cúpula e atuou extraditando inimigos dos territórios romanos.

A perseguição atingiu os filósofos e também os cristãos julgados em 94 d.C.. Domiciano encontrou dificuldades na política externa. Os estrangeiros invadiram a Ásia-menor e derrotaram os romanos instalados ao sul em 86 d.C.. Domiciano conseguiu estabelecer a situação obrigando-se a fornecer operários romanos e cobranças de tributos ao designar publicanos ao extremo-oriente, teve como um dos principais cônsus Nerva, projetor político desde os tempos de Calixto.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

TRAJANO, (98 – 117 d.C.)

 

De origem italiana, nasceu em Bética, nome da atual Andaluzia, na Espanha, destacou-se por respeitar as instituições políticas estabelecidas no governo anterior. Tomou várias medidas importantes, introduziu benefícios aos agricultores. Áreas neutras além do rio Danúbio foram sendo povoadas inicialmente pelas colônias crescentes da Gália. Os burgúndios ganharam estadanias, foram civilizados às leis romanas, evoluíram a medida que trabalhavam e conquistaram prosperidades.

Foram chamados de burgos pelo império romano, o território ao norte, no entanto não seria ainda incluído ao império.  Trajano estava em Colônia quando recebeu o trono e passou ainda um ano na Alemanha. Sua ascensão demonstrou o lugar proeminente ocupado nas províncias e no principado. Trajano obrigou os senadores à inverterem a fortuna de papéis públicos para transformarem em táticas de guerras.

Pretendia com isso desalojar os alamanos da fronteira na Baviera para servir o exército romano em tropas específicas e acobertar os burgúndios para mantê-los na Suábia. Além disso, realizou a construção de túneis subterrâneos para a passagem do exército alamano. Trajano usou como argumento, a construção de esgotos nos pântanos da Germânia para conseguir emissão de verbas do senador Décio. Os sarmatanos haveria de romper uma liga do rio Vístula ao esgoto romano a fim de combater o exército alamano. A inundação não foi suficiente para afogá-los. As saídas para fugas foram criadas sob estratégias.

O projeto, porém, foi roubado pelos inimigos do cônsul Tertuliano escalado pelo próprio imperador Trajano. Os inimigos construíram a mesma obra no que hoje é a cidade de Dublin, paradeiro onde muitos sarmatanos se escondiam. Trajano realizou obras monumentais, como a restauração do Fórum de César e a construção de um Templo.

Competente chefe militar, casado com a esbelta Platina de família nobre, Trajano venceu os sarmatanos, na região do Danúbio após decidir vingança pelas invasões ao norte da Germânia. No oriente Horácio realizava uma eficiente campanha militar responsável por repelir os partas para as regiões da Armênia e Mesopotâmia.

Em Jerusalém enfrentava oposição contra revoluções lideradas por um cristão proveniente possivelmente da Ásia-Menor, conhecido como Bar-Khoba. Militar e também evangelista, esquematizava ataques contra o consulado romano. Trajano, ao contrário, faleceu asfixiado após se infiltrar nas fronteiras polonesas a procura dos invasores sarmatanos.

Em 117 d.C. o inverno condicionava um clima muito frio e Trajano não resistiria. O exército haveria de retornar à Roma sem resultados dos invasores, Trajano recebeu honras do Senado como imperador competente. Seu irmão Tertuliano inaugurou uma construção arquitetada em 110 d.C. e denominou o Templo de Trajano com uma estátua em sua homenagem.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ADRIANO, (117 – 138 d.C.)

 

Foi aclamado imperador, embora Tertuliano houvesse feito uma campanha exemplar na Borgonha. Conferiu ao cônsul Adélio o legado da Síria, o qual foi reconhecido pelo Senado. Introduziu o crédito agrícola, empreendeu conquistas militares, exerceu influência no oriente na região da România. Construiu o Templo em Roma e reformas em Adrianópolis. Possuidor de qualidades intelectuais dominou as fronteiras do Império contra as ameaças de invasores.

Cancelou as guerras para conquistar os sarmatanos preferindo os investimentos internos das províncias na Itália. Esteve em Atenas em 119 d.C. ao lado de Horácio para percorrerem as regiões do império a partir daquele ponto e discutirem sobre novos planos. As fronteiras seriam visitadas em especial no decorrer do seu reinado. Realizou reformas visando aperfeiçoar a burocracia para funcionamento independente dos burgúndios.

Tomou medidas para manter os consulados romanos no vasto império. Adriano estabeleceu um controle de dinheiro e fisco nomeando questores para realizarem funções na România. Instalou fronteiras na Bretanha e na Panônia. Enfrentou um levante em Jerusalém liderado pelo judeu chamado Bar-Khoba. O choque de 135 d.C. foi responsável por algumas mortes de pessoas importantes, entre estas, o próprio imperador Adriano que foi atacado por uma flecha envenenada e permaneceria em estado grave durante três anos. Diferentemente do cônsul Décio que teria morrido subitamente pelo mesmo motivo.

 

 

 

 

 

 

 

 

ANTÔNIO, (138 -160 d.C.)

 

O início de 138 d.C. é decididamente uma das principais datas do império romano. É lembrada por dar abertura à dinastia Flávios. Após receber uma herança do senador Décio, morto na batalha de 135 d.C. no levante em Jerusalém e quem o ajudava nas campanhas na Espanha, o imperador conhecido como Flávio Antônio Augusto XII, foi nomeado através do mandato de Adriano. O primeiro da dinastia Flávios, Antônio Augusto se auto-denominou o décimo segundo entre os imperadores. Insistia em dizer que Júlio César, embora não fosse aclamado imperador, teria sido um cônsul de puro caráter imperialista.

A insistência dos cesarianos em receber um imperador intitulado César retornou com maior intensidade no período de Adriano, após recapitular sobre alguns ideais desenvolvidos na fundação do império. A idéia então ganhou aprovação com a assunção do imperador Antônio chefe da guarda pretoriana e também líder de um grupo de cesarianos. Pelo que foi considerado piedoso entre os senadores que mantinham a intitulação ignorada desde os tempos de César Augusto.

Os cesarianos, talvez, fossem os mais obstinados em relação aos cultos, por este motivo, os principais suspeitos da revolta romana após a conspiração contra Júlio César em 44 a.C.. Conhecedores das práticas esotéricas foram também acusados de esconder religiões secretas e responsáveis pela criação de exércitos particulares. Os cesarianos aceitaram a aprovação do Senado ainda que sabendo da alteração feita por Otávio em 27 a.C. ao confirmar o nome Augusto como nome vitalício.

Provavelmente a alteração tenha acontecido por estar relacionado ao oitavo mês e ao seu próprio nome, ou pela simples decisão voluntária de Otávio, incluindo acidentalmente o nome Augusto como segundo nome. Mas a versão mais aceita é sobre um grave erro dos senadores após a intitulação, considerando a ordem de Júlio César para adesão do segundo nome sem mencionar necessariamente o nome original.

É importante frisar sobre as constantes revoluções operadas por cesariano, que poderiam ter sido também a causa provável da mudança definitiva do nome vitalício operada pelos senadores ainda nos tempos de Nero em 64 d.C.. Conseqüentemente esta foi a decisão dos senadores confirmando o nome Augusto ao imperador Antônio em 138 d.C. e de acordo também com a assunção de Otávio.

De origem norte-africana praticava as doutrinas de Numídia. Teve vários de seus membros tribunos, destacou-se primeiro como procônsul da Ásia-menor atuando em província italiana e depois como cônsul na Hispânia. Não se afastou de Roma por muito tempo, reprimiu as revoltas contra os romanos e pôs fim aos debates senatoriais em 140 d.C., impedindo que o Senado condenasse a memória do seu antecessor. Gláucio Máximo atuando ainda como general em Trípoli em 148 d.C. foi nomeado cônsul das regiões norte africanas.

Seu império marcou o apogeu romano e o período foi considerado estável. As negociações de 149 d.C. com os bárbaros renderam terras férteis no alto Danúbio em troca de povoados estrangeiros ao norte das regiões litorâneas do golfo Báltico. O acordo indicava avanço dos romanos na Trácia ao norte e possíveis ameaças dos estrangeiros nas gerações seguintes.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SEVERO SÉTIMO, (160 – 194 d.C.)

 

Auto intitulou-se como Severo Sétimo e assumiu o poder dando continuidade à dinastia Flávios. A idéia talvez tenha surgido após discussões criadas no Fórum Romano nos tempos de seu antecessor Antônio, cujo principal assunto seria sobre a intitulação do nome vitalício ao imperador. Todavia, muitos senadores sabiam que Flávio Gláucio Severo possuía um adjetivo em seu nome, mas não sabiam que Severo Sétimo se auto-considerava o sétimo entre os imperadores mais democráticos e incorruptíveis do império. Acredita-se que dos quais, Júlio César, apesar de não ter sido imperador, fora citado entre os sete.

Esta então seria a principal idéia de Severo Sétimo ao assumir o poder, aprovada, inclusive, pelos magistrados. Severo Sétimo também aprovou as tendências de legislação, atividade provincial e projetos esboçados por seu antecessor Antônio que se manifestaram amplamente. O papel do exército quanto a transição do trono tornou-se decisivo. As influências orientais aumentaram incessantemente.

Por esses motivos, o período dos Flávios adquiriu aspectos peculiares e influiu nos fatos que se verificaram após o término dessa dinastia. Na primeira etapa do governo, Severo Sétimo derrotou seus rivais, defendeu o legado da Síria e várias regiões da Ásia-menor, tendo seu oponente morrido após uma revolta em Antioquia. Conferiu Albino o consulado romano da Bretanha. Em 179 d.C. Severo Sétimo combateu os partas. Nomeou Aurélio cônsul da Trácia em 188 d.C. talvez também por pertencer a sua família.

Severo Sétimo era originário da África e tomou medidas em benefício das províncias em Trípoli, extensão dos limites, expulsão dos nômades, construção de postos nos desertos, emprego de camelos, construção de estradas e monumentos. Contou com o apóio de seu sobrinho e gladiador, Flávio Gláucio Máximo, tornou-se cônsul após vitórias exemplares como gladiador em 154 d.C.. Foi nomeado para presidir as galias no auge do governo de Severo Sétimo que na verdade manteve uma política hostil ao Senado, demonstrou em várias oportunidades autoridade e democracia, muitas vezes, em favor dos seus próprio parentescos.

Contou com apoio de juristas e proconsus tais como Ulpiano e Modesto de Bizâncio que fez-se reconhecer cônsul ao assegurar a paz com os damascenos, anexando alguns territórios agropecuários. Isentou os damascenos de impostos por não haverem ainda privilégios romanos, mas cobrou taxas aos bárbaros ao norte que foram aceitos nos tempos de Antônio.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CARACALA, (194 – 212)

 

Flávio Aurélio Caracala é conhecido mais intimamente como Caracala, foi filho do segundo casamento de Severo Sétimo com uma sírio-libanesa. Pensou desde o início partilhar o Império entre os membros da família imperial. Sua assunção ao trono, segundo seu ponto de vista, parecia ser o motivo das discussões entre os romanos.

As dificuldades em administrar Roma surgiam inclusive pela oposição da concordata germânica. Caracala mandou perseguir o chefe da guarda pretoriana acusado de corrupção e iniciou um período burocrático, eliminando as constantes fraudes em torno de Roma. Essas acusações despertaram indignações aos romanos que foram extraditados para a ilha de Córsega.

Caracala acreditou recuperar o favor público decretando a suspensão de cargos. Foi responsável por rituais solenes ao deus Baco com a assunção do trono. Em 198 d.C. aceitou honras para serem dadas à deusa Diana, condicionados a não alterar o pudor romano. No ano seguinte enviou uma comitiva solicitada por Albino na Bretanha, após a ocupação dos bárbaros na saxônia na fronteira do rio Elba. Os bárbaros alegavam ausência de pretores nas bases romanas. O exército liderado pelo cônsul gaulês Cassiano ofereceu o mérito da vitória daquela batalha aos deuses e acreditaram que teria sido os novos ideais do imperador.

Com sua assunção em 194 d.C. nomeou Pertinax cônsul na Suábia, que foi um magistrado de origem nobre e progredia graças aos méritos políticos. Os habitantes das províncias romanas não se contentaram com o regime introduzido por Pertinax e acreditavam que Caracala houvesse induzido o consulado ao erro, após ignorar a emissão de mandatos no rolo de inscrição e enviando emissários sem tradutores aos alamanos.

Após tentativa de usurpação do consulado na Síria tramada por Sampáio um antigo general de Severo Sétimo, Caracala ordenou a restauração do tribunal na Ilíria e enviou Lúcio como cônsul nas regiões orientais em 203 d.C.. Educado no ambiente da corte e possuidor de apreciável instrução, cumpriu com suas obrigações, tirando os princípios da cultura filosófica e dos sentimentos de sua condição de soberano, as forças necessárias para vencer os obstáculos resultantes de sua saúde frágil e do seu ceticismo intelectual. Em 212 d.C. concedeu o direito de cidadania romana aos habitantes da Ásia-menor que reclamavam pelos direitos civis, em contra partida, implantou também a cobrança de impostos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LÚCIO, (212 – 235)

 

No império de Flávio Augusto Lúcio as tendências baseadas em épocas anteriores foram mantidas. Primo de primeiro grau de Caracala foi nomeado imperador mediante campanhas exemplares em torno do Império. A influência oriental manifestou-se nos usos, nos costumes, na concepção governamental e na intervenção do Império. As batalhas exteriores, porém, não impediram a legislação na Itália. Enquanto o cônsul Genésius, tentava diminuir as despesas militares na Ásia-menor, Maximiliano esquematizava as relações da Hispânia, ocupada intensamente pela guarda pretoriana ao sul.

Em 217 d.C. Augusto Lúcio conhece Livine de Edessa, mas com o passar do tempo constatou-se esterilidade por parte de sua esposa. Com isto Augusto Lúcio promulgou o estatuto romano onde após comprovar a inexistência de um futuro e legítimo sucessor, passou o poder de escolha ao Senado no fim do império de Victor. Para Augusto Lúcio, apenas seu sobrinho, filho da irmã de sua falecida mãe, poderia exercer o império e concluir a dinastia Flávios. Todavia o Senado advertiu sobre o início de um período de influência militar, haja visto o cargo sublime que Victor possuía no exército. O estatuto não foi negado, mas para se assegura de que a escolha não corromperia a Corte, Augusto Lúcio proibiu regalias a seus sucessores e ninguém dos Flávios, portanto, poderia iniciar uma campanha política além de Victor.

Em 232 d.C. Livine de Edessa revela estar grávida de Augusto Lúcio por milagre. O imperador não estranhou o fato, mas respeitando o estatuto ordenou que Livine migrasse para Liége onde seu filho poderia ser tratado secretamente para ser o futuro sucessor de Victor.

Ainda no decorrer do império, os acordos foram feitos com a região costeira de Calipolis ao norte da África. Em 221 d.C. Heliogábalo comandou uma batalha na Ilíria onde teria se aliado ao exército composto por devotos do deus Baco, contra o exército formado por devotos do deus Vesta. O palácio mediano foi novamente destruído em Nis em 222 d.C., os vencedores intentavam dominar o palácio romano onde estabelecia a Corte ao atacar as colunas de sustentação. O exército não se moveu contra os rebeldes que foram vencidos pelo cansaço. O palácio foi reformado com a construção de colunas mais resistentes, onde a guarda pretoriana chefiada por Heliogábalo fazia a proteção após o ocorrido. Lúcio contava com o apóio do cônsul Cassiano e magistrados ao norte do país.

Os bárbaros da Europa e os búlgaros do oriente ameaçavam as fronteiras de Roma, atraídos pelos evidentes sinais de decadência estrutural que o Império apresentava progressivamente e pelas possibilidades de enriquecimento que os seus campos e cidades ofereciam e cuja defesa estava se tornando cada vez mais difícil e inoperante.

Houve uma fase no decorrer da crise, em que o Império pareceu próximo de total desagregação que foi evitada pela ação de Trajano e posteriormente Severo Sétimo. Algumas idéias, entretanto, abaladas durante os cinqüenta anos de crise do século III aparecem com características aparte, algumas ignoravam as medidas tradicionais do Senado e de costumes.

O período de cinqüenta anos compreendido pelo ano de 235 à 285 d.C. é denominado como período militar. O papel proeminente dos soldados nessa fase, impondo vontade à Corte Romana e ausência quase permanente de uma autoridade com mandato de prazo estabelecido, imposta de modo regular em todos os consulados do império, foram dois motivos importantes.

Maximiliano obteve algumas vitórias militares, julgou os germanos na região de Dunberg e Halstin na Baviera em 232 d.C., foram soltos pela promessa de melhoramento e mudança de comportamento. Maximiliano combateu os samartanos da Polônia e explorou regiões na Dalmácia de tribos independentes, no vale do rio Danúbio.

 

 

FLÁVIO VICTOR, (235 – 253)

 

Foi um general no tempo de Lúcio e por pertencer a família Flávios, ganhou a indicação do seu antecessor e iniciou o período militar em 235 d.C.. Sua atitude com relação ao exército trouxe confiança com a introdução de táticas de batalhas em Córdoba e conspiração aos que assistiam a situação dos que se opunham em face ao regime, que em muitos casos eram enviados para serem presos na Polônia. Confiou à Macrino, jurista público, o consulado norte-africano instalado em Cartago pelo imperador Severo Sétimo. Macrino não teve a simpatia dos senadores e possivelmente não tenha recebido a confiança dos soldados celtispanos, pelo que a maior parte do seu exército era formada por romanos refugiados e piratas provenientes de Córdoba.

Victor mandou destruir as estátuas dos respectivos deuses, que foram abertas ao público nos tempos de Caracala após longo período de bloqueio, uma dessas tropas foi dirigida por Górdio, cônsul substituto de Cassiano na Gália. Os constantes conflitos entre os devotos do deus Baco foram o princípio da atitude de Victor que, além disso, ordenou erigir uma estátua no palácio romano da Ilíria denominando o Templo Vitoriano e ameaçando morte à quem ousasse arruiná-la. Victor pelo contrário, ganhou adeptos após realizar campanhas satisfatórias no império romano. Suspendeu o pagamento dos tributos aos godos nacionalizados e indenizados na guerra contra os cultos pagãos.

Em 251 d.C. Victor pelejou contra um levante no ocidente, atual Bulgária, ao lado de Heliogábalo. Insistiu contra a guerra que foi incitada por rebeldes em conflitos às tribos de Tracos. A guerra de Azgrard perdurou até 253 d.C. quando Victor encontrou a morte por uma falange acampada em Abrito. Mas foi vingado por Heliogábalo que também findou a guerra dois meses depois e se afastou do cargo por velhice.

 

 

VALÉRIO, (253 – 268)

 

Flávio Valério foi o último da dinastia Flávios, um auspicioso general militar na Gália, conseguiu se destacar na política através de recursos concedidos por Augusto Lúcio. Embora vivesse longe dos seus descendentes na Gália, foi aprovado como membro da família Flávios, contudo, não teve o reconhecimento de Augusto Lúcio como parente em registro. Apesar do cumprimento do estatuto romano o Senado o aceitou porque não havia possibilidade de um Flávio em Roma alcançar o mesmo prestígio. Todos foram vigiados e proibidos às regalias e a esposa separada de Augusto Lúcio não podia gerar filhos. Apesar dos nomes suspeitos, o Senado descartou a idéia de que fosse o nome da mãe o original e somente sua existência poderia provar o contrário, todavia, já havia falecido.

 Tolerante aceitou as práticas religiosas com fundamentos limitados ao império. Este período corresponde à fase mais delicada da dinastia. Restaurou a administração com base nos conceitos praticados pelo imperador Severo Sétimo, após a obsessão dos antigos imperadores em aplicar regimes pesados aos romanos e táticas ofensivas. A idéia do investimento exorbitante com a modernidade, talvez fosse apenas uma das medidas desenvolvidas por Severo Sétimo e praticadas pelos imperadores seguintes.

Julgou as regiões da Grã-Bretanha através de Górdio, mas se ocupou nas regiões Germânicas para julgar os habitantes do norte como insatisfeitos pelas ocupações romanas e denominou as regiões que se englobavam ao sul (Baviera, Bavária, Suábia, Lombádia, Bohemia e Áustria) denominando-as como província Alamânia e anexada ao império. Ao sul deu continuidade aos projetos.

Valério, porém, tentou se inspirar em idéias menos ofensivas, aplicando seu conhecimento pragmático, oferecendo também cargos de suplentes à oficiais estrangeiros, que eram desvalorizados pelos antigos imperadores. Sua medida, talvez, tornou-se um dos principais motivos para que Valério fosse o último da dinastia, mas ofereceu oportunidade à Galiano como cônsul romano na Gália e que possuía prestigio e idéias importantes, praticadas com maior intuição no início do século seguinte.

Contou com os apoios de juristas e proconsus tais como Górdio, Brécio e Emílio que lutou ao redor da Úmbria para estabelecer a concordata germânica. Górdio seria cônsul ao norte da Gália com a assunção de Galiano, que permitiu a permanecia dos povos bárbaros no império apoiando a idéia desenvolvida nos tempos de Antônio e pôs em prática a extradição dos suspeitos de sabotagem usada na agricultura para serem julgados na Sicília, acusados de tentativa de fuga.

Brécio, prefeito do pretório, pensou em executar o plano do seu antecessor, para atacar habitantes estrangeiros da Jordânia suspeitos de invasão no consulado romano em Israel.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

GALIANO, (268 – 284)

 

Foi capacitado por Diocleciano para se tornar um imperador de caráter jurídico. Sem dúvida, suas investidas foram os fatores principais para fazer de Constantino um dos mais aptos entre os imperadores do Império Romano. Acreditava que depois de todo incidente, a religião deveria ser valorizada tal como a nomeação do cônsul. Natural da Gália, não rejeitou a hipótese de ser aclamado imperador.

A crise do século III teve importantes conseqüências, o império ficou estável com o controle ao sul da Bretanha. A fase do reinado isolado de Galiano foi formada por conturbações políticas. Para se prevenir das invasões aceitou o poder proconsular dado ao próprio cônsul. Instalado por Valério, isso permitia que as ordens fossem executadas sem o mandato do imperador romano e aprovadas pelo mesmo.

A nova ordem significou desenvolvimento na Gália e na província de Palmira. O bispo Diocleciano, durante cerca de dez anos, realizou campanhas na Gália e na Germânia, com sua autoridade reconhecida em várias regiões do império e aprovada por Galiano, constituiu uma forma de administração baseada no ponto de vista político e religioso ao mesmo tempo.

O tribuno de Palmira, Odenato, adquiriu grande prestigio por haver derrotado um sátrapa em 272 d.C. no consulado romano do oriente e ignorou a idéia de estado independente na Frígia que era um ponto cobiçado pelos cristãos.

Galiano hostilizou o Senado por excesso de demagogia, apoiou as pretensões igualitárias da plebe e concedeu liberdade de culto aos cristãos. Reuniu um exército em Milão no início das décadas de sessenta daquele século e o comandante era o próprio bispo Diocleciano. Quando se preparava para realizar campanha no Egito, foi abordado por oficiais Ilírios em 268 d.C. que ainda não compreendia a ordem de Galiano para nomeação de um bispo ao cargo de comandante, após ser indicado imperador. O mesmo aconteceu com Cláudio II em 270 d.C., pouco tempo depois de ser nomeado cônsul da Gália, um dos oficiais romanos da Ilíria assumiu o comando de uma tropa em Lion usando como argumento a escolta dos emissários. 

Cláudio II expulsou os germanos da Itália, acampados em torno do Captólio desde os tempos de Valério, massacrou os Godos em Naissus em 282 d.C., mas não conseguiu impedir que Zenóbia, cônsul de Palmira e parente de Odenato, ocupasse Antioquia e quase todo o Egito pelo lado oriental. A guerra civil de Palmira, à trezentos e cinqüenta quilômetros de Cirene, cidade norte africana, prolongou-se até as delimitações egípcias.

Em 283 d.C. quase todos romanos morreram na guerra, por estarem desprovidos do exército oficial romano, mas prorrogou o conflito por cerca de dois anos. Essa guerra envolveu vários emissários e tribunos responsáveis pela aprovação de mandatos em todo o império.  Entre esses, encontrava-se Aureliano, tribuno entre 270 à 275 d.C., filho de um agricultor de Panônia e comandante da cavalaria do cônsul Cláudio II, Aureliano obteve êxitos militares significativos.

Derrotou os alamanos perto de Pávia e restabeleceu a unidade do Império se sujeitando à Zenóbia em Palmira e o tribuno Tétrico, substituto do tribuno Górdio elegido pelo comandante Diocleciano em 273 d.C., após período de instabilidade na Corte Gaulesa. Aureliano aprovou a fixação das fronteiras romanas no Reno e no Danúbio, autorizado pelo imperador Galiano e realizou reformas agrárias caracterizadas por um grande progresso de autoridade monárquica na Franconia pela estatização econômica, que se tornaria independente no século IV.

Cláudio II seria substituído por Quintílio. Durante a guerra, a eleição do cônsul nas províncias norte-africanas, foi entregue ao Senado pelos soldados. Após curto intervalo, foi designado pelo emissário Tácito, antigo italiano e explorador da ilha de Malta. O tribuno Probo 276 à 282 d.C., esteve envolvido na guerra civil, foi colaborador do tribuno Aureliano cujos assassinos o condenou à morte acusado de usurpação.

Era a favor de povos estrangeiros que foram usados no desenvolvimento da agricultura, por este motivo talvez, foi suspeito pelos pretorianos quando preparava uma expedição contra os sápratas no Cairo. Carino e Numeriano também eram tribunos associados à guerra, ambos vencidos na guerra em 283 d.C.. Numeriano por Aper, prefeito dos sápratas e chefe da guarda pretoriana e Carino derrotado na batalha confundido pelas tropas de Diocleciano.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DIOCLECIANO, (284 – 303)

 

Dizia-se imperar pela vontade de Deus e aceitou que o denominassem senhor. Submeteu as corporações de Roma à prestação de serviços gratuitos para as províncias. Mas anulou os efeitos dessa ingerência distribuindo ao povo trigo, azeite, pão e carne. Adotou o culto do Sol, oferecido pelos romanos, para o qual nomeou representantes e fez erguer um templo em homenagem aos imperadores, favorecendo a idéia de cultos particulares abolidos na época de Victor com a campanha ditatorial.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CONSTANTINO II, (395 – 422)

 

A estratégia de Constantino II neto de Constantino I no ocidente estava diretamente ligada ao acordo de Honório. Constantino II perdeu o trono por Teodósio que teria se unido à Honório negando a influência dos germanos, francos ortodoxos e a oposição do império do oriente. Em 395 d.C. uma eventual discussão concluiu definitivamente a separação do império. Após o término do governo provisório do imperador Graciano em 380 d.C., o bispo Teodósio foi aclamado imperador e o império romano do oriente se manteve sob o governo do cônsul Martiniano ao lado de Graciano que serviu como cônsul no ocidente. Constantino II que também atuou como procônsul na Romênia, declara pelo atestado de Roma em 395 d.C., imperador romano do oriente com sede na corte arquitetada por Constantino I em Bizâncio.

O clima da divisão causou muita rivalidade o que levou Constantino II a poupar a vida dos seus próprios inimigos para desafiarem Teodósio. Este episódio ficou marcado pela reconquista das cidades povoadas pelos estrangeiros na Dalmácia e parte do território da Romênia, após a derrota de Valentino na guerra de Adrianópolis em 378 d.C.. As tropas de Alarico invadiram Roma e saquearam mercadorias de Teodósio que foi sucedido por Honório em 412 d.C..

A insuficiência para administrar Gália tornou um motivo para adesão do exército estrangeiro nas tropas romanas que estavam precárias e formadas pela maioria de homens nativos insólitos às normas. Eram dedicados ao exército devido o pagamento pelo serviço que algumas vezes era retirado em troca de penalidades, o que não poderia ser feito por castigos pesados.

Graciano ficou ao lado de Constantino II e foi o principal mediador da infiltração dos Hunos às regiões alpinas, concedeu aos Hunos mantimento, utensílios para guerra, roupagens e enviou Máximo Prisco para defender o exército dos hunos. Máximo por três vezes liderou confrontos contra o exército romano ao lado de Átila, o Huno. Uma destas, na fronteira de Ilíria ao passarem pelas margens do rio Danúbio. A via Póstuma foi dominada e além do excedente estrangeiro, muitos adeptos de Constantino II e imigrantes se alistaram ao exército para tentarem conquistar o império do ocidente das mãos de Teodósio.

Ao saber da investida, Teodósio mandou prender Máximo Prisco acusado de conspiração, pois era Cônsul do império do ocidente em Mauritânia e o segundo principal da Corte atuando como magistrado ao lado de Honório. Máximo foi preso ao retornar para Constantinopla, foi pego numa emboscada em Dalmácia. Foi enviado à um cativeiro em Mauritânia e Teodósio enviou uma prescrição a toda Roma avisando sobre uma suposta morte de Máximo Prisco na guerra na Bretanha. Com isto Teodósio se apoderou de Helena de Edessa, esposa de Máximo e lhe entregou a seu general Martiniano.

Convencida da morte de Máximo, Helena aceitou habitar no palácio. Máximo propõe uma condição para ver Helena novamente. Se caso ganhasse um duelo de gladiadores ele receberia a permissão para vê-la. Teodósio aceitou a proposta e convocou toda Roma para assistir o duelo, mas Máximo só poderia se revelar caso ganhasse a luta. Máximo entrou no Coliseu com um capacete exigido por Teodósio. Lutou contra o maior gladiador daquele tempo, Debur-amant. Máximo foi sabotado e ferido antes do duelo. Porém conseguiu vencer Debur-amant, mas irredutível com a vitória de Máximo e ignorando o acordo, Teodósio libera um leão para devorar Máximo que tira o capacete e olhando para Helena fixamente deixava as lágrimas caírem enquanto o leão não vinha. Helena saiu do palácio e velou pelo marido durante três dias.

 

 

 

 

 

INTRODUÇÃO

 

A guerra dos bárbaros na segunda metade do século VI a.C. teria destruído muitos habitantes e aprisionado os sobreviventes. Grande parcela de alamanos viveu gerações em tremenda fuga e insatisfação com a presença dos saqueadores, até que por volta do ano 58 a.C. as tropas romanas comandadas por Júlio César, Pompeu e Crasso conseguiram eliminar os bárbaros, dominaram a Gália e mais tarde a Baviera. Muitos foram feitos escravos junto com alamanos e a maioria fugiram para formarem colônias na Germânia, atual norte da Europa. Após vários anos, no início do século V d.C., os germanos, se aprimoraram em guerras e ampliaram as forças, mantiveram as regras lingüísticas, avançaram para o leste da Gália divisa com o território onde se alojaram e conseguiram dominar as tropas formadas por uma fração de insurgentes após o alistamento de Átila.

Para Roma, os estrangeiros incluídos no exército poderiam trazer segurança maior ao domínio do império poupando tropas para a batalha nos Alpes, onde Hunos estrangeiros se alojaram pretendendo invadir a península. Mas nada sabiam que estes alistados em Gália seriam os principais cooperadores na guerra em que Francos venceriam as tropas romanas. Os Francos que habitando ao norte conseguiram constituir família monárquica estabeleceram uma forma de governo e por fim atacaram Lutécia na Gália. Muitas tribos se juntaram aos germanos e formaram o estado, que futuramente se tornou conhecido como Alemanha. Os Francos apenas restituíram o remanescente e iniciaram o reino formando novas colônias, o conjunto das regiões viria a ser a atual França.

 

 

 

 

 

 

O IMPÉRIO DO ORIENTE

 

 


O império seria administrado pela mesma forma em Roma, mas agora com a transferência da sede para Constantinopla segundo a ordem do imperador Constantino I para construção da sede no oriente. O império romano do oriente seria formado por Macedônia, Grécia, que envolvia Bizâncio e se tornaria futuramente a província da Romênia região dos romanos desde o rio Danúbio ao mar Adriático com capital em Constantinopla. Com a adesão de imigração dos povos eslavos autorizada por Valentino e com as táticas de governo implantadas por Constantino II, dois novos territórios na Romênia tendiam a surgir com administração pré-definida.

O primeiro território habitado em grande maioria por suevos, assimilados pelo império como servos, constituíram o maior exército da região após receberem terras pelo alistamento nas tropas. Foram enviados para missões na Gália junto com os germanos, impediram as invasões, realizaram grandes construções e habitaram a região entre a Ilíria e Panfília que se tornou a região dos suevos e mais tarde o estado da Sérvia. Os povoados dos colonos estrangeiros da Eslávia também formaram trabalhadores, servos e religião constituindo a região denominada pelo império por habitantes eslavos e mais tarde o estado da Eslovênia. Húngaros e Búlgaros habitariam posteriormente as regiões conquistadas por Alarico além do rio Danúbio.

Quatro cônsus administrariam o império com sedes nos distritos de suevos, eslavos, albanos, tracos, partos dentro das delimitações românicas e médio-asiáticas. Varsórvia, palavra de origem russa em detrimento aos trabalhadores rurais, significa, vars: de campo, várzea e sórv: de servo agrário. O neo-latin tratou em definir os sorvos como suervos levando em consideração a transformação da primeira vogal "o". Muitas interpretações desconsideram a letra "r" em sórvos, transformado em sóvos e assim, suevos, porém o latin-clássico tratou em defini-los como sérvios, muitos permaneceram sob a cultura eslávica formaram comissões de suevos na Ilíria até as delimitações da Panônia. Como meio de preservar a língua e os costumes dos alamanos, os sobreviventes eruditos, foram protegidos em colônias pelo exército romano.

Em 421 d.C., após planejar construções, fronteiras, pedágios, aumento da penalidade através de fianças ao invés de castigos, Constantino II implanta o processo de descentralizarão monárquica que causaria o progresso da nobreza administrativa do poder soberano para as bases aristocráticas no campo agrário, caracterizando uma meta medieval. Através de cartas de adesão os indivíduos aptos ganham direitos como tributos sobre seus dependentes, mas com uma taxa específica a ser paga ao soberano, direitos sobre os pedágios das novas estradas que deveriam ser construídas baixo um decreto aprovando a localidade, emissão de verbas e direito sobre exércitos privados que deveriam ser chefiados por um comandante autenticado pelo governo proconsular, além dos questores responsável pelo rolo de inscrição.

Hunos se deslocaram das fronteiras da Romênia nas planícies da atual Hungria (local onde permaneceram alojados após a vitória em Adrianópolis em 378 d.C.), e seguiram em direção ao norte da península italiana. Os hunos foram formados por descendentes de várias gerações, porém os latinos foram mais organizados e constituíram uma legião aristocrática, desejavam povoar o ocidente e possuir um domínio absoluto. Inicialmente povoaram o extremo oriente da Ibéria entre as planícies ao norte da Armênia, denominaram a tribo e formaram exército.

Atravessaram o golfo ibérico e tentaram invadir a Romênia, mas se alojaram na Dalmácia ao norte do rio Danúbio, e conquistaram parte da província de tracos. A grande quantidade da tribo foi expulsa na divisa do rio Danúbio no governo de Constantino II em 410 a.C. e por fim se moveram ao norte da península italiana onde se alojaram.

Em 455 d.C. os estrangeiros aristocráticos obtiveram êxito sobre os exércitos privados da ordem imperial admitidos por Constantino I. Liderados por um forte comandante conquistaram cidades no norte e ocidente da Germânia, venceram os cônsus do Imperador romano do ocidente, em Gália e Lusitânia chefiadas por Joviano. Mas o imperador culpou a estratégia de Constantino I em aderir a entrada dos estrangeiros que cedendo às forças ao exército franco derrotaram os romanos. O cônsul derrotado em Gália fugiu e retornou à sede do oriente.

O exército excedente liderado por Martiniano cônsul da Gália, foi subordinado e dirigido pelo cônsul germânico Aécio. Após as conquistas, os germanos se estabelecem ao oriente da Gália, os hunos conquistariam a Hispânia e Lusitânia, derrotando as tropas dos cônsus e auxiliares do imperador do ocidente. Entretanto estes territórios foram povoados por colônias passivas latino-ibéricas. Os exércitos dos germanos-alamanos, anglos e francos conseguiram anexar territórios da Gália e Britânia e formaram respectivos estados. Emissários romanos trouxeram à Roma todos os relatórios das invasões estrangeiras e o fracasso da fuga de Martiniano.

Em 410 d.C., com a expulsão dos hunos por Constantino II, o exército romano do ocidente passou a sofrer mais ataques nas colônias do império, quando hunos se alojaram próximo às planícies da atual cidade de Verona e povoaram cidades do nordeste italiano situadas nas regiões dos Alpes. As Cargamas dos hunos eram divididas por pilhagens de mantimentos, seda, brocado, espelho, cerâmica e propriamente o ferro que eram utilizados nas batalhas. Os soldados costumavam usar um uniforme único, botina de couro amarradas por correias de ferro, vestidos regatados de gola longa além do peito, feitos com pelos de cabra branco encardido e cinturões de correias escarlatas com bronze moldurado. Andaram por volta de cinco meses as margens do Danúbio e por fim atravessaram a Ilíria. O primeiro confronto de Roma foi fracassado pela investida de uma das tribos dos hunos, descendentes de godos desejavam se alojar ao sul da Hispânia, mas para se susterem no alojamento saquearam algumas cidades italianas sob liderança de Alarico e mais tarde, Átila. Cerca de cento e vinte mil hunos em grande maioria descendentes dos latinos permaneceram alojados.

A tribo foi divida entre descendentes de godos, bárbaros, latinos chamados de hunos e soldados de outras classes de hérulos lideradas por Genserico. Os hunos se uniram para povoar o lado ocidente da península nas proximidades de Cisalpina, após dois anos alojados sustentados por mercadorias saqueadas nas cidades do golfo Adriático, novamente intentam uma investida sob o comando de Alarico. No entanto, pela costa oeste do mar mediterrâneo havia cidades mais populosas e fortificadas. Os hunos ao saquear o primeiro povoado romano seguiram em direção sul. Ao retornarem foram surpreendidos na batalha das planícies de Cisalpina, quando emissários romanos à cavalos foram mais ágeis, e notificaram o imperador Teodósio sobre os invasores que seguiam ao sul. Ao ser informado a respeito da quantidade superior de soldados hunos, Teodósio ordenou emissários para Gália a fim de fortalecerem a saída e enviou tropas para proteger as cidades ao sul. Após dois meses, as tropas romanas se estabeleceram no golfo mediterrâneo, os hunos atacaram outras cidades fora das proteções romanas e recuaram ao serem informados sobre os bloqueios ao sul. Todavia estavam prontos para se depararem com um enorme batalhão romano ao norte. Em 412 d.C. houve uma batalha acirrada, a maioria dos hunos foram derrotados, uma série de batalhas culminaria com a morte de Teodósio. Os hunos sairiam vitoriosos e o exército romano apenas conseguiu expulsa-los em 419 d.C. para as regiões de Narbona. O excedente se moveria futuramente para Nicânia em 422 d.C. para seguirem e se alojarem rumo ao sul da Espanha Uterior.

O exército foi ordenado pelo imperador à proteger a península especificamente nas planícies de Cisalpina. Simultâneas invasões na Gália alarmaram as tropas romanas. Este evento favoreceu a investida dos francos, que percebendo o enfraquecimento do exército romano iniciaram novas invasões além das fronteiras do rio Meuse. A pressão se intensificou quando o episódio tornou a se repetir com o crescimento populacional dos hunos na costa gaulesa, as guerras ao sul da península e a transferência dos militares estrangeiros à hispânia enfraqueceria o poder militar do império romano em 451 d.C.. Com a sucessão interditada pela convulsão política e militar o poder imperatício passaria paralelamente ao religioso e bispo Leão. Com a reconquista da atual região belga os francos fortaleceriam o exército para mais tarde conquistar toda a Gália.

Em 430 d.C. os germanos venceram o exército romano da Baviera nas fronteiras com a Germânia pelo rio Reno após se aliarem com germanos infiltrados pacificamente no exército romano. Esta conspiração debilitou o exército romano que dominavam os normandos até as fronteiras de Estenberg às margens do rio Danúbio. Após as primeiras conquistas, alteraram a dinâmica social dos povos nativos e aos poucos as colônias romanas ao norte perdiam as propriedades, os germanos herdaram a cultura dos alamanos preservados pelas colônias estritas que se submeteram à autoridade de uma nova elite, em 437 d.C. devastaram completamente a cidade de Worms. Em 443 d.C. conquistaram o reino germânico.

Teodósio não teria mencionado seu sucessor e após alguns meses, seu filho Honório seria declarado imperador, talvez por pertencer a família imperial, mas sua função episcopal durante o império de Teodósio seria a razão mais aceitável para sua assunção. Clemente também, por pertencer à uma camada eclesial exerceria o poder por pouco tempo, não recebeu o poder tribunício devido as suas qualidades severas como imperador, ocupou um cargo independente.

A notícia se espalhou sobre o império e outras tropas foram convocadas para a Batalha Alpina, local onde estavam situadas as tropas ao redor das planícies da atual Ravena, cerca de cento e vinte mil hunos em grande maioria descendentes dos latinos. O rei da família monárquica, afirmava ser descendente de latinos refugiados na Ibéria.

Com a entrada dos eslavos nas regiões da Panônia e a interrupção entre Bizâncio e o império do ocidente, a estrutura mediterrânea do mundo romano se desagregou e o centro do conflito pelo poder transferiu-se para a região dos Alpes. A Europa afastada de outras civilizações do oriente próximo, tomou caminhos próprios e os povos habitantes transigiram do submundo para o centro do cenário mundial.

Antes da era republicana na Itália os povos germânicos migraram da Escandinávia para o golfo Báltico, região situada entre a Polônia e Saxônia. Os germânicos expandiram suas colônias até as terras ao leste do rio Reno, antes habitadas por celtas e povoações burgúndias que, devido o ataque germânico, foram obrigados a migrarem para o sudeste da Gália. Neste período por volta de 534 a.C. povos bárbaros e godos também formaram ataques e constituíram severas tiranias em povoados nas proximidades do rio Meuse.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

APÓS A DERROTA DOS BÁRBAROS

 

 

 

A pressão de godos sobre as delimitações dos hunos iniciou-se cerca de 150 d.C. nas regiões da Ibéria e Criméia situadas ao norte do mar negro. Após a derrota dos bárbaros pelos romanos os povoados de godos se expandiram por toda região ibérica entre o monte Caucásso e o golfo pérsico. Em aproximadamente 370 d.C., os hunos foram forçados pelos godos à atravessar o rio Diester para além das fronteiras romanas formadas pelo rio Danúbio em direção a Dalmácia aonde receberam a permissão para povoar a província.

Ao derrotar o imperador Valentino na batalha em Adrianópolis em 378 d.C., destruíram a resistência romana do oriente e abriram novos caminhos para colonizarem o império. Outros povos entre os hunos tentaram se estabelecer na Grécia em 380 d.C., entre estes havia uma fração de búlgaros que povoaram pacificamente a região da Trácia nas delimitações da Romênia, mas a maior concentração deste povo se intensificou nos Alpes em 410 d.C., após a expulsão de Constantino II. Por este período os hunos se dividiram, saquearam Roma e foram obrigados a fugirem para o sul da Gália, onde formaram pequenas colônias. Em 422 d.C. se alojaram na fronteira com a Espanha, na região pirinéia. 

Na Inglaterra, os ingleses, oriundos das tribos dos anglos, conseguiram alojamentos entre o rio Reno até as colônias de Hamburgo após alianças com os saxões. Construíram um imponente exército nas regiões da Frísia. Em 440, ocuparam as áreas costeiras do leste e sul do Reino Unido, libertaram os bretões do domínio romano instalado pelos principais generais nos primórdios da expansão do império.   

Os germanos declararam guerra aos alamanos e suevos subalternos dos romanos, conquistaram o vilarejo de Worms pelas fronteiras do Reno em 406 d.C. e dominaram o norte durante três anos. Após a fragmentação do exército titular romano enviados às batalhas nos Alpes e o enfraquecimento das tropas em Dunberg em 413 d.C. os germanos sob o comando de Fritigerno finalmente guerreiam contra os romanos.

Em 437 d.C. os germanos sofreram novos ataques e a cidade de Worms foi totalmente devastada. Em 443 d.C. finalmente se estabeleceram em Suábia.

Os hunos fundaram também monarquias na Lusitânia e sobreviveu à 585 d.C. quando foram absolvidos pelas gerações seguintes formadas pelos povos neo-latinos. Os contingentes gauleses, alanos e suevos povoaram a hispânia citerior em 429 d.C. enviados pelo último general romano da província à mando do imperador sob precaução à integração ibérica. O mesmo não ocorreria na Gália sob reprovação do cônsul Martiniano que sofreria o pior ataque de todos as batalhas. Os hunos durante quatro anos reconstruíram a base militar em Córdoba.

Um dos principais sistemas penitenciários da Mauritânia foi conquistado por algumas tropas independentes conhecidos futuramente como Mouros por volta de 698 d.C.. Inicialmente se envolveram com escravos insubordinados e foram chamados de vândalos em 440 d.C., mas com a conquista do território o sistema passaria a regimento militar cívico. Com a chegada dos árabes os investimentos da reforma passariam
à lucro e os mouros sucessores da primeira estirpe possuiria o domínio parcial do território denominado pelos súditos mouros como região de Magreb, em  533 d.C. os romanos orientais habitariam a região sob o comando do general Belisário que foi ordenado por Justiniano a comercializar com as colônias de mouros.

A evolução estrutural levaria o domínio até as bases militares em Córdoba, a união de mouros e árabes e a concentração islâmica na região Citerior propiciariam o surgimento de novas expansões e, por conseguinte, o surgimento de novas batalhas, especificamente na região dos pirineus, divisa real com Gália, o que acarretaria na primeira guerra em Pointier contra o rei franco Murchiel.

O desenvolvimento também daria o surgimento à uma nova classe religiosa denominada mulçumanos. Mais tarde as batalhas sobrecarregariam as fronteiras francas sob o reinado de Carlo Magnos em Roncesvilles. Todavia as missões culminariam com o retorno inglório dos mouros que se limitariam pelas costas africanas de Magreb à Guiné.

Os francos guerrearam contra os romanos em batalhas repartidas, uma delas, próximo aos Campos Catalunos levou a morte de Átila em 450 d.C.. O imperador romano Clemente foi morto após o ataque de 448 d.C. operado pelos francos. Embora houvesse libertado os hunos presos na região pirinéia, Átila seria perseguido, inclusive pelo imperador Glicério, sucessor de Clemente em 448 d.C. Novamente forçados ao êxito seguido pela morte do líder Átila, em 453 d.C., os hunos finalmente conquistam o sul da Espanha. Perto de 440 d.C. os anglos ocuparam as áreas costeiras ao oriente do reino unido. Sucessivas invasões culminariam com a morte de Glicério em 460 d.C., ao perder as regiões no sul da Gália. No mesmo ano Júlio Nepos assume o poder, apenas trabalhou em conter as forças romanas nos Alpes.

Contudo a movimentação de povos não rompeu a estrutura da civilização romana. Os romanos realizaram anteriormente o alojamento de tropas estrangeiras confederadas ao império. Os Francos-sálicos dominaram e se instalaram em Liége em 360 d.C. o que também contribuiu para a conquista franca. Os líderes germânicos, com exceção aos vândalos, aceitavam posições na hierarquia romana de governo com o objetivo de partilhar os benefícios da civilização romana. Um dos principais líderes foi Teodorico, que operou especificamente nas regiões norte-africanas.

 

 

 

 

CONSTANTINO III, (422-455)

 

 

 

Teve como suplente Martiniano na Gália. No ocidente o bispo Leão era um forte defensor do império. O bispo Sisto entre 422 à 432 d.C. foi conciliador nas relações religiosas no oriente, velou pela conservação dos direitos da Santa Sé sobre a região da Ilíria, província do império bizantino incluindo a Romênia. O imperador do Oriente manteve a região indicada pelo bispo dependente de Constantinopla, mas em 422 d.C. o acordo com o oriente resultou na criação do governo independente com a sede em Nis, era a terceira cidade mais importante da época depois de Belgrado e Novi Sad, localizada ao sul da Sérvia próximo ao rio Morava. Inicialmente o Império aderiu duas pátrias: Romênia, que incluía Trácia, Panfília, Ilíria e Albânia que incluía Grécia e Macedônia ao sul. Ásia-menor pelo lado oriental que incluía a Partíria, Galícia, Capadócia, Cilícia na divisa com Constantinopla, Síria e Armênia, com capital em Nicéia. As regiões da Síria, Líbano, Palestina e outros territórios na costeira ao sul do oriente foram disputados contra os árabes e islamitas ao longo dos tempos.

Como a base da economia estava diretamente fundada na agricultura, os proprietários de terras foram os mais afetados. Os pequenos proprietários que não tinham como atender às exigências fiscais acabavam cedendo suas terras aos grandes proprietários, pelo abono de terra ou contrato de posse, embora ainda residentes e cultivadores da terra, os proprietários perdiam o direito das terras sem acordo com o débito.

Ocorre a concentração de riquezas e terras para uma classe minoritária e por conseqüência, o empobrecimento da população excedente, marcando uma das características da baixa idade média. O Estado por muitas vezes era negado, pois havia proprietários não leais aos impostos de necessidade pública. Os grandes proprietários passaram a usar os exércitos particulares para impedir a entrada de coletores de impostos nas suas terras e para se defenderem das investidas dos germanos.

A queda do Império Romano e as invasões bárbaras de fato alteraram radicalmente a história da Europa ocidental, causando uma grave crise econômica, política e social. O sistema de ensino e a cultura greco-romana foram alterados pelos novos costumes da sociedade vigente. Outro fator importante entre os dois povos foi a influência da religião ariana pelos godos. A igreja nos primeiros séculos da Idade Média foi a responsável pela educação de quase toda a Europa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Mésia

 

Moesia em latim, era uma região geográfica limitada ao sul pelos Bálcãs e pelo monte Sar, ao oeste pelo rio Drina, ao norte pelo Danúbio e à leste pelo mar Euxino, atualmente conhecido como Mar Negro. A área era habitada principalmente por tracos e o seu nome origina-se de uma tribo trácia, os mesos ou mésios. Em 75 a.C., um exército romano, chefiado por Escribonios Curio, procônsul da Macedônia, atingiu o Danúbio, derrotando os habitantes da região, os quais foram subjugados definitivamente por Crasso. A área foi organizada como província romana apenas no final do reinado de Augusto.

Inicialmente formou-se uma única província, sob um legado consular imperial que provavelmente também controlava a Aquéia e a Macedônia. A Mésia foi posteriormente dividida por Domiciano em Mésia Superior, lado ocidente e Mésia Inferior, lado oriente anteriormente conhecida como Ásia-Menor, tendo o rio Cebrus como fronteira. Cada uma delas era governada por um legado consular imperial e um procurador. Sendo uma província de fronteira, a Mésia era protegida por postos e fortalezas erigidas ao longo da margem meridional do Danúbio. Uma muralha foi construída de Axiópolis até Tomi, hoje a cidade de Constantinopla. Como proteção contra os citas e os sármatas, Constantino III legou a região da Mésia Superior ao Império Bizantino, a região tornou-se a pátria românica.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A idade média

 

É o termo compreendido para designar o período por se tratar do poder burocrático dos governantes. Os aspectos políticos são, o progresso da nobreza administrativa causada pelo processo de descentralização do poder soberano para as bases aristocráticas e a queda do império. O suserano possui relações indiretas através do emissário católico que realizava longas viagens para informar as relações internas do feudo ou através do súdito do rei que eram cavaleiros ligados a nobreza encarregados na monitoração dos feudos.

As cartas em geral poderiam ser transportadas pelas caravanas, mas o vassalo como emissário era o mais usual. No aspecto ideológico, a Igreja exerce poder de julgar ou estabelecer leis cívicas através de aprovações legislativas. Os padres estavam diretamente ligados ao soberano, formando uma política com caráter teocrático. O soberano cedia direitos intervencionistas ao superintendente da igreja que passou a possuir caráter jurídico.

O soberano e o Clero, como lideres religiosos, os senhores feudais, a aristocracia (cavaleiros e suseranos) e os respectivos parentes pertenciam à classe nobre. Porém a burguesia era a classe predominante, composta pelos plebeus, artesões, camponeses e vassalos rurais. A doação de terras era o método usado na relação entre o suserano e vassalo, além de cumprir uma série de obrigações como cultivador agrário, formalmente, exercia a função protecionista do campo a fim de impedir invasões de terras. A base agrária possuía maior valor econômico, contribuía para a subsistência dos feudos e trocas de mercadorias era um dos aspectos econômicos da época.

 

 

 

 

 

 

RECAPTULANDO

 

Os primeiros reinos germânicos eram instáveis por várias razões, havia hostilidade entre a classe dominante ariana e os súditos católicos. O exército geralmente não era suficientes para exercer o controle permanente, exceto as hostes francas e anglas que validaram-se por reforços provenientes da Itália.

Após a morte de Valentino, morto pelos invasores na Batalha de Adrianópolis em 378 d.C., atuando como cônsul no lado ocidental e administrando a reconstrução da nova capital na Trácia financiado por Constantino I, Graciano finalmente exerce o cargo legitimado pelo imperador conservando ao governo a administração das províncias gaulesas através de decretos. Durante os primeiros anos como cônsul romano no oriente, Graciano instituiu acordos financeiros em Milão seguindo as normas empregadas por Valentino que possuía uma residência fixa na cidade e abrangeu o espaço político na Ilíria desenvolvido por Teodósio em 380. A relação com a Itália causou a liberalidade intervencionista da corte romana do ocidente acarretando a economia de Constantinopla. Muitos recursos foram usados como métodos para evitar novas invasões. A prévia divisão do império era meramente nominal, Constantino II não se conformava com a reprovação de sua intitulação ao cargo imperatício pela Corte e a autoridade consular no ocidente ficou por completo nas mãos de Graciano.

            O Império Romano do Oriente estava sob o domínio de Valentino. Em maio de 378 d.C., Graciano derrotou completamente as tribos de alamanos, na Batalha em uma região próxima à atual Colmar. Anteriormente Valentino recusou aguardar por Graciano e ao seu exército para combater juntos contra os godos. O governo do Império do Oriente ficaria em poder de Graciano durante os próximos anos, a indicação ao cargo parecia informal, e ao sentir-se incapaz de resistir aos rumores dos bárbaros, recusou o governo e propôs à Corte a sucessão do cargo ao general hispânico Teodósio em 380 d.C. como imperador da parte ocidental. Graciano e Teodósio se uniram e intentaram monopolizar o ocidente com base aos recursos de Constantino I. Durante alguns anos Teodósio governou o império com êxito, mas ocupou-se substancialmente da liberdade percussionista político-religiosa, tornando-se ferramenta nas mãos do general franco Merobaudes e o bispo de Milão, Ambrósio.

            Ao retornar ao seu serviço e reaparecer em público com a vestimenta própria de um guerreiro cita, Graciano despertou o desprezo e ressentimento das tropas romanas. Um general hispânico chamado Máximo Prisco, suplente de Teodósio, (nome comumente dado aos gladiadores) aproveitando as suas vitórias na Bretanha frente aos jutos, desleixou-se da Gália que constituía um grande exército. Aos poucos as tropas se enfraqueciam e o exército perdia seu poder. Em 380 d.C. Teodósio oficializa a nova ordem religiosa ao império aderida por Constantino I em 313 d.C., segundo o Edito de Milão. Uma das regras do acordo autorizava a prática católica permitindo os ensinamentos ligados à igreja. Sob a influência de Ambrósio, Teodósio proibiu as cerimônias pagãs em Roma, mas recusou levar o título de Pontífice por considerar-se incompatível ao cargo. Esta foi uma das primeiras tentativas da política católica em unir o império à igreja romana ortodoxa. Teodósio retirou o Altar Vitoriano da Casa Senatorial em Roma, e ignorou os protestos dos membros pagãos da Corte. Confiscou as suas rendas, proibiu as doações de propriedades à plebe e aboliu outros privilégios que possuíam os sacerdotes e sacerdotisas pagãos.

            Graciano em aliança política com o oriente publicou um decreto pelo qual todos os seus súditos deviam professar a lei aos bispos de Roma e de Alexandria. O movimento visava acabar com o arianismo, regime favorecido por Constantino II. Outras seitas de opiniões menores foram proibidas, tais como os macedônios-helenísticos. Como general do exército Constantino II defendeu o arianismo praticado pelos mais fracos, em 422 d.C. desmoralizou as tropas de Teodósio, e após algumas campanhas não conclusivas, acabou aprovando Constantino III, assinou um tratado pelo qual os germanos preservavam sua independência política no interior do Império Romano do Oriente em troca da obrigação de fornecerem tropas ao exército imperial, lei estabelecida por Constantino I. Este tratado seria uma das causas do enfraquecimento militar romano que levaria ao saque de Roma pelos mesmos godos em 412 d.C.. Valentino, primo de Graciano, à quem defendera contra várias usurpações, assumiu o governo na Grécia como cônsul em 352 d.C.. Teodósio ampliou o domínio do Ocidente do Império com recursos de Constantinopla e governou como imperador único. Em 395 d.C. uma eventual discussão concluiu definitivamente a separação do império. Constantino II declarou guerra na Batalha do Rio Frigido, Graciano se aliou à Teodósio em 385, mas foi desferido pelo exército do oponente. Após a conquista, Constantino II instalou-se no oriente em 395 tendo o apoio de Arcádio.

            Teodósio teve três filhos, Honório e Pulcheria, de sua mulher Aélia Flacilla, que uniu-se à Teodósio com a morte de seu antigo marido Valentino. O jovem Arcádio, portanto, tornou-se afilhado de Teodósio. Arcádio que também atuava como general, se espelhou em Constantino II e foi cônsul no Oriente ao receber sua liberdade política no auge do império romano do oriente, Honório permaneceu como cônsul no Ocidente e como suplente de Teodósio. Após a derrota de Graciano, o Império seria administrado pela mesma forma em Roma, mas agora com a transferência da sede do poder econômico para Constantinopla, recentemente reconstruída segundo a ordem do imperador Constantino I. Em 395 d.C., após a separação da política, finalmente o governo romano do ocidente seria declarado império independente sob o decreto de Constantino II, Joviano seria seu novo suplente também com administração nas regiões asiática.

 

 

 

 

A QUEDA DO IMPÉRIO

 

Odoácro, de origem latina, levantou um exercito italiano com o qual ele derrotou os vândalos na Sicília, se aliou a Teodorico, da tribo dos herúlos e foi capaz de conquistar toda a ilha por volta de 477. Foi aclamado rei e conquistou a batalha de Izonso em 489, a batalha de Milão em 489 e a batalha de Benevento em 490. O exército preponderou sobre toda a península Itálica em 493. Por conseguinte, os territórios foram declarados anexados ao regime, os últimos patrícios da tribuna foram anistiados, a cúria propôs o Estatuto Italiano, que entre outras medidas, manteve a capital em Roma.

Odoácro da classe dos herúlos, tornou-se rei ao norte, entra em acordos com o senado e o clero. Reina na Itália pela forma de governo monárquico. Ao seu lado manteve-se o Bispo Leão I que não se rendeu ao triunfo de Odoácro e lutou até sua morte em 481 sucedido por Félix IV. Seu sucessor foi Teodorico ao lado de Félix IV. Júlio Nepos, gladeou com Odoácro para disputar o governo. Como vencedor odoácro impôs a forma política monárquica, Nepos foge e Félix assentou-se ao seu lado.

O bispo retomou o título de Pontífice, que muitas vezes foi estagnado pelo despotismo imperial, pela obstinação dos imperadores aos protetorados romanos e pela intransigência do pontificado na política interna de Roma. Os bispos Teodósio e Honório, por exemplo, declamaram o poder da igreja sobre Roma como legítimos imperadores. O bispo Félix IV foi sucessor ao cargo de Leão I em 482, atuou em um período marcado pela divisão política entre bispo e rei, obteve maior aderência pragmática aliando-se ao exército italiano em 524, quando terminou sua campanha política. Porém, o pontífice haveria de surgir primeiro que o rei.  Junto com o exército italiano comandado por Teodorico, o bispo Leão I reconquistou igrejas importantes em Neápoles, Cápua em 499 e Palermo na Sicília em 523. As campanhas internas na Itália foram motivos de inspiração para o surgimento do futuro Sacro-império romano na Europa e para os primeiros planos da construção da sede no Vaticano. Este período, portanto, é conhecido como o início do governo paralelo efetuado por Teodorico, que dividiu reinado junto ao bispo aclamado pontífice absoluto.

A dinastia de Teodorico conseguiu prevalecer somente até o reinado de seu filho Teodomiro, seu neto Videmiro haveria de se opor cedendo lugar à um membro distinto da realeza, Ordovico antecederia por fim Helvécio. Por volta de 590, Gregório I finalmente recebeu o título monárquico e pontífico resignado pelo rei sucedido. A lei lhe concedia o direito supremo sobre todo reino italiano. O evento acarretou com a unificação definitiva clerical com a teocracia política interna. O pontificado e a monarquia não existiriam mais, concedendo origem ao primeiro entre os papas de Roma. As demais formas de governo imperial foram abolidas, e os últimos vestígios do império foram sendo anistiados.

A queda do império ocorre por volta de 475, diferente do pontificado que foi atestado em um concílio realizado por volta de 380 onde o imperador Teodósio seria o principal mediador. E diferente do surgimento do reinado que seria decretado apenas em 489 com a derrota do cônsul Rômulo Augusto, que negava a retomada dos latinos.

Embora a igreja tenha ganhado força com a adesão clériga, por outro lado, faltava ainda recursos políticos para que o representante conseguisse maior influência administrativa. As constantes invasões políticas na Europa culminariam com a renúncia do último imperador romano do oriente, Júlio Nepos, marido da sobrinha do bispo Leão I. A conquista das últimas batalhas em Toulousse pelo rei franco Merovel em 475, a ocupação dos Hunos ao norte, o avanço dos herúlos de origem latina e a deposição do cônsul Rômulo Augusto na província de toscana pelo rei Odoácro, causou a queda definitiva do império em 475.

 

 

 

O SACRO IMPÉRIO ROMANO

I CRUZADA 1064 – 1096

 

Os muçulmanos fatímidas permitem que os cristãos peregrinem à Terra-Santa, pois toleravam o livre credo, essa convivência não duraria por muito tempo. Em 1071 os bizantinos são derrotados pelos turcos seljúcidas na Batalha de Manzikert. Em 1078, após vencerem os bizantinos, os turcos entram soberanos na cidade santa de Jerusalém. Trataram com tolerância os cristãos que habitavam as regiões conquistadas, após serem convertidos ao islamismo desde a conquista da Pérsia.

Muitos peregrinos com o propósito de expurgar seus pecados ficaram insatisfeitos, para amenizar a situação, mercadores italianos de Amalfi fundaram em 1080 o Hospital de Saint-Ioane-Del-Acre nas aproximidades de Jerusalém. O hospital tornou-se abrigo aos peregrinos e ficou conhecido como a primeira Ordem Secreta no Oriente, a Ordem dos Hospitalários em 1096. O hospital funcionou em conflitos até a morte do sultão seljúcida Jalal al-Dawlah Malik-shah em 1092. Durante este período os emirados de Malik Shah atacaram a Síria, Palestina e outras províncias abássidas do califado de Bagdá. Essa expansão obstruía, por muitas vezes, a peregrinação dos cristãos ao Santo Sepulcro. Começa a surgir da cúpula da Igreja e do pontífice uma cruzada de combate aos infiéis da Terra-Santa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

III CRUZADA 1189 – 1204

 

A retomada de Jerusalém por Saladino em 1187 afetou as expectativas da Igreja romana estimulada por uma nova Ordem de ataque e defendida pelas legiões do Sacro-Império. Baliah da família de Godofrey não conseguiu conter o ataque, embora houvesse liderado junto com Guy de Lusignan uma tropa altamente capacitada pelo papa Gregory. As tropas de Saladino venceram os exércitos de Guy de Lusignan em Jerusalém e Raymund em Trípoli na batalha de Hattin. Em 1189 eclode a terceira cruzada. O papa Gregory convoca os reis ocidentais à uma conferência universal, sendo convidados os reis Felipe da França, Frederich I do Sacro Império romano-germânico e Richard da Inglaterra.

O exército de Frederich parte de Ratisbona e atravessa a Ásia-Menor. Em 1190, ao cruzar o rio Selef na Síria é atacado. Richard toma Chipre junto com os Bizantinos e com o rei Felipe, prosseguindo como líder principal para Saint-Ioane-Del-Acre nas aproximidades de Jerusalém. Felipe, por conseguinte, abandona a cruzada no meso ano, após desavenças pessoais com Richard antes das embarcações, deixando seu cargo à disposição de Raymund. Em 1190 Richard continua com seus ataque e derrota Saladino na primeira batalha após a derrota de 1188 no palmar de Arsouf.

Em 1192 fazem um acordo de paz, o controle de Jerusalém fica nas mãos dos muçulmanos. Em 1194 Frederich I do Sacro Império  surge de uma embarcação pelo litoral búlgaro, após se unir ao própio papa Gregory com uma tropa jamais vista em todo continente. Com o porto de Chipre dominado pela primeira esquadra liderada por Guy de Lusignan, ambos tiveram seus exércitos poupados à um eventual ataque. O segundo ataque em 1194 conseguiu recuperar uma faixa de extensão territórial desde o Negev até os limites da cidade Santa. As novas rotas e o direito de peregrinação à Jerusalém custou a morte do papa Gregory nomeado desde 1171.

Os cristãos mantiveram os territórios conquistados, mas o objetivo ainda não estava em contrato real. O exército composto por Guy, Raymund, Baliah lideres das embarcações lideradas por Frederich do navio real, retorna ao porto no litoral búlgaro de onde partiram, deixando a faixa de extensão territórial palestina nas mãos de Richard. Ainda em 1194 Raymund foi enviado para prestar informações à cúpula romana para proteger Inocêncio III, na embarcação formada por contigentes treinados apenas para a escolta armada, Inocêncio III foi nomeado papa em 1195.

Os cruzados do Sacro-Império que retornaram à Roma foram liderados por Bonifácio de Montferrat na mesma embarcação de 1198, entre estes estava Raymund. A permição de Frederich para a partida do exército foi dada após se aliar com Aleixo IV de Constantinopla, novos acordos deveriam ser planejados para um preeminente ataque à Terra-Santa. Em 1198, estimulado pela mesma linha de pensamento favorecida por Gregory e insatisfeito com a presença do exército oriental em Jerusalém, finalmente o papa Inocêncio III exige a conquista definitiva da Terra-Santa. Bonifácio de Montferrat enfrentou grandes dificuldades para recompor o exército do antigo Sacro-Império para definitivamente outorgar seu cargo como líder daquela embarcação.

Saindo do sul da Itália e tendo chegado ao litoral búlgaro em 1198, Inocêncio III é apresentado pessoalmente à Frederich e como líder principal do exército, foi apresentado Bonifácio de Montferrat, que nomeou Elígio de Siracusa e Ostório Ciraques conselheiros. Muitos acordos foram reformulados, Constantinopla tornou-se sede de encontro entre os cruzados. Antes da partida, porém, Henrique Dândolo, duque búlgaro e embaixador de Veneza, exigiu oitenta marcos de ouro para que o exército fosse fortalecido com as tropas de Aleixo IV, ao contrário, os cruzados deveriam conquistar Zara, cidade na Dalmácia tomada pelos húngaros e que era cogitada por Henrique Dândolo para anexá-la à embaixada de Veneza.

Se o exército retornasse vitorioso não pagariam a taxa exigida, mas deveriam arcar com a guerra em Zara após o ataque. Aleixo IV também pediu apoio aos cruzados para ter seu trono outorgado em lugar do imperador bizantino Issac II. Além do apoio do exército bizantino, Aleixo também oferecia dinheiro em troca para conquistarem Jerusalém. No mesmo ano as tropas lideradas por Frederich e Bonifácio partem ao confronto contra Saladino e os exércitos arianos de Balduíno. No sul da Palestina se encontram com Richard, Guy de Lusignan e Baliah. Balduíno proseguiu separado de Saladino. Palacios foi líder principal de uma comitiva construída desde o pontificado de Gregory.

O terceiro e último ataque consegue a expulsão dos imigrantes de Balduíno e a entrada definitiva à sede universal de Jerusalém de modo pacífico. A partir de onde finalmente o papa Inocêncio III poderia negociar alianças com Roma, obedecendo as estratégias herdadas do papa Gregory. Muitos escritos copilados foram doados pelos ansiões de Jerusalém, e eventualmente protegidos pela escolta de Montferrat na embercação de volta ao litoral búlgaro.

Finalmente em 1202 os cruzados tomam Zara e em 1203 finalmente dominam Constantinopla dos turcos. Tendo Isaac II percebido as acusações pelas quais tramavam os suditos de Aleixo IV como motivos daquele ataque e tendo percebido a investida fora das suas ordens e também tramada para retirá-lo do trono, Isaac II foge com o tesouro imperial. Aleixo IV finalmente é elegido imperador bizantino. Em 1204 a última guerra foi eclodida a favor de Aleixo IV para expulsarem os turcos e conquistarem a rota oriental para Nicéia na Partíria.

O exército consegue reunir todos os personagens então envolvidos desde Jerusalém embarcados no grande e temível Magogue, navio onde piratas e soldados se misturavam em uma só comitiva. Uma batalha pelo mar no Bósforo de Istambul foi o momento histórico para todas legiões ocidentais, Palácios, escrivão do papa, se ofereceu para ajudar o exército e se tornou um grande soldado na guerra, além disso teve a honra de substituir Bonifácio de Montferrat que contraiu febre e se tornou capitão do grande Magogue por oito meses, isto devido a sua bravura e dedicação. Durante três dias os exércitos estiveram em grande conflito contra o próprio Balduíno, ausênte por algumas vezes nas batalhas de Jerusalém. Os despojos dos Jelcidas foram conquistados, novas rotas pelo lado de Istambul na Ásia-Menor foram criadas, os cruzados ainda alcançaram Nicéia para demarcarem a trajetória também em contratos, estabeleceram o calendário romano e ainda peregrinaram pela Síria, desde as Colinas de Golã ao norte da Israel até o litoral do Negev onde as embarcações marítimas de Bonifácio, com o surpreendente conquistador Frederich ao lado do papa Inocêncio III, vindo das peregrinações por terra, se encontraram com Richard, alojado ao sul.Em uma destas embarcações estava o Bergantim, embarcação comandada por Elígio de Siracuza, incluía Ostório Círaques general dos chacais que assumiu o comando do grande Magogue após a morte de Bonifácio de Montferrat.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ASCASUB

 

Em 1217 começou uma nova cruzada em direção a Jerusalém sob o comando de João de Brienner. O Sacro Império Romano achou necessário fazer uma nova expedição para fortalecer as bases conquistadas contra invasões inimigas e neste ano João de Brienner conseguiu adesões após a emissão da proposta. O Sacro Império Romano ainda imperado pelo rei Frederich seguiu uma rota passando por Egito, conquistando cidades ainda fora do domínio romano. Em 1221, nas imediações de Jerusalém foi nomeado como chefe dos atalaias um soldado chamado Ascasub. Muito determinado na guerra, se empenhava desde o amanhecer do dia até após o por do sol.

Ao término do seu plantão, Ascasub seguia para as colinas ao derredor das torres. Embora estivesse em condições de descanso, Ascasub insistia em participar da expedição noturna. Nestas colinas ficavam acampados os soldados para combater uma suposta emboscada inimiga, pois durante a noite a visibilidade dos atalaias na torre só permitia enxergar poucos metros adiante. Caso um contingente inimigo surgisse, o exército romano colocaria fogo em torno dos montes para avisar sobre a ameaça de guerra.

Em determinado momento Ascasub foi proibido de participar das tropas noturnas pelo cardeal Pelágio que o alertava sobre a fadiga que poderia o comprometer na guerra. Além disso, o cardeal Pelágio o criticou por fazer parte de uma patente que não era de sua competência. Porém Ascasub de modo bastante secreto continuou servindo as tropas noturnas e irremediavelmente combateu a guerra contra as invasões mulçumanas ao leste. O cardeal Pelágio percebendo sua ausência durante o período da guerra enviou buscas para resgatá-lo. Ascasub se nega a voltar e declara que se tivesse que morrer, morreria na guerra. Após uma semana de guerra, Ascasub morre por causa do desgaste físico. O Sacro Império Romano consegue expulsar os inimigos que voltaram a conquistar Jerusalém somente há alguns anos depois. 

CRONOLOGIA DO IMPÉRIO

 

Júlio César

Otávio Augusto

Tibério

Calígula

Cláudio

Nero

Vespasiano

Calixto

Domiciano

Trajano

Adriano

 

(Dinastia Flávios)

Flávio Antônio Augusto 138-160

Flávio Gláucio Severo Sétimo 160-194

Flávio Aurélio Caracala 194-212

Flávio Augusto Lúcio 212-235

Flávio Victor 235-253

Flávio Valério 253-268

(Fim da dinastia Flávios)

 

Galiano 268-284

Diocleciano 284 – 303

Constantino 303 – 337

Valentino 337 - 378

Graciano 378 – 380

 

(Fase episcopal)

Teodósio 380 – 412

Honório 412 - 436

Clemente 436 – 448

(Fim da fase episcopal)

 

Glicério 448 – 460 – Bispo Leão

Júlio Nepos 460 – 475

(Fim do Império Romano do Ocidente)

 

Império Romano do Oriente

 

Constantino II 395 – 422

Constantino III 422 - 455

Zenon I 455 – 491

Anastácio I 491 – 518

Belisário 518 – 533

Justiniano 527 – 565

Anás 625 - 672

 

Primeiros Reis da Itália

Odoácro

Teodomiro

Videmiro

Ordovico

Helvécio