domingo, 16 de dezembro de 2012

Gambit&Morlocks



Episódio 9

Gambit chega em casa exausto, havia passado um dia de grandes perseguições. Sua mãe adotiva Jeane Lebeau desde o início era considerada como tia biológica, aguardava assentada sobre a mesa de jantar lendo um livro. Gambit cumprimenta com um beijo no rosto.
_Estive preocupada, não dormiu em casa ontem, saiu cedo hoje, não avisou para onde ia. – retirou o óculos de leitura - Alimentou-se? -
_Sai à procura de emprego fui ao restaurante. Muitos locais proíbem o trabalho dos mutantes, algumas manifestações reivindicam a divisão dos mutantes na cidade. Devo morar sozinho algum tempo em Nova Orleans até amenizar a situação.
_Seu tio Jean Luc ligou, virá amanhã para uma visita.
_Trouxe este dinheiro. – colocou um março de grana sobre a mesa – Para as despesas.
_Onde conseguiu?
_Pacote financeiro e correção monetário do último emprego. - Gambit se levanta em direção ao quarto tentando se disfarçar da origem do dinheiro.
_O jantar está quase pronto.
_Estou sem apetite!

Em uma universidade da cidade, o sinal do intervalo é acionado. Era manha, Lucid andava pelos corredores à procura de sua amiga Deise, uma atraente aluna de cabelos loiros-castanhos. Um encontro era combinado na escrivaninha. Enquanto pelo lado de fora surgia uma patrulha policial, um aglomerado tentava saber o motivo da manifestação. Muitos protestavam a saída dos mutantes na escola. O diretor explica:
_Tentaremos identificar aqueles que possuem algum tipo de habilidade especial. Serão testados para continuarem os estudos. Aqueles que apresentarem alguma ocorrência ou algum poder prejudicial à sociedade serão investigados.
Um policial se aproxima:
_Estamos à procura de um mutante conhecido como Lucid, devemos interrogá-lo à respeito de um envolvimento com uma liga de ladrões conhecida como os Morlocks.
_Acompanhe-me.
Lucid ainda pelos corredores identifica Deise de longe, aproximou alguns passos, finalmente pergunta:
_Mandou me chamar aqui?
_Uma amiga viajou para Chicago e deixou sua chave comigo. Esqueci seu código preciso que use seu poder para identificar seu compartimento.
_O que devo localizar?
_Um livro de capa vermelha, estojo branco, adesivos brilhantes. – Lucid observava enquanto Deise descrevia os detalhes dos objetos de sua amiga
_Bolsa azul, - continuou enquanto Lucid andava observando através dos armários - caneta...
_Amarela? – perguntou ao conciliar os objetos – É este!
Deise consegue abrir e agradece, em seguida surge um inesperado aluno, era o seu irmão.
_Posso saber o que está havendo aqui? – pegou Deise de modo severo - Já disse que não é para se envolver com mutantes.
_Me larga. – soltou-se.
_Pega leve. – tomou-o pela manga.
_Caia fora. – empurrou Lucid.
_Cuidado cara.
O jovem ataca sem precedentes, Lucid esquiva, defendeu três golpes até acertar um chute no busto, o alvo desliza o corredor até uma porta nos fundos.
_Corra Lucid estão à sua procura. – disse Deise quando alguém a informava em secreto.
Lucid observava da janela, iniciou uma fuga pelos corredores internos esbarrando em alguns alunos. Alguns guardas já o seguiam por dentro. Lucid salta algumas escadas, lutava contra alguns perseguidores pelo caminho. Usando seu poder consegue identificar um policial à sair da porta, o mutante se esconde antes da curva de entrada.  Novamente o poder é usado para identificar uma saída subterrânea no porão.
Um local vazio possuía duas escadas de entradas, sendo uma na direita e outra pela esquerda. Ambas as portas são abertas, os guardas apontam as armas quase no mesmo instante, mas nada foi identificado senão uma tampa de esgoto que ainda se movia tremula sobre a borda.
_O aluno fugiu! – informou pelo rádio.
À noite Jeane Lebeau preparava os talheres para o jantar enquanto Jean luc Lebeau permanecia à espera de seu sobrinho, observava a lareira, usava um casaco pardo e um óculos para leitura. Gambit chega em casa, parecia ter feito alguma viajem longínqua, estava exausto,
_Remy! – a visita se felicita ao se levantar do sofá.
_Tio Luc. – abraçou.
_Meu querido Remy. – tocou palmas sobre seu dorso.
_Remy porque demorou? – sua tia se aproximava com os pratos para pô-los à mesa.
_Fui à Nova Orleans estudar algumas cotas mobiliares. O combustível da motocicleta acabou algumas milhas após a alfândega. Tive que andar uma légua até algum posto da cidade.
_Assente-se? – Jean Luc o direciona ao estofado.
_Prefiro manter-me assim, venho de uma viajem longínqua, minhas roupas estão sujas.
_Bom, sua tia me contou sobre sua idéia em se mudar, tenho ouvido as notícias sobre a discriminação contra os mutantes e decidi contratar um profissional para diagnosticar seu caso. Sua retina será remodelada, sua íris sofre grande possibilidade em tornar-se normal novamente, modificaremos geneticamente?
_Desculpe tio, mas não posso aceitar.
_Remy. – insistiu Luc Lebeal – A possibilidade de se adaptar à sociedade aumentará, você pode adquirir um novo emprego.
_Não devo negar o fato de ser um mutante. Conheço as dificuldades em lidar com a hostilidade e a carência de estadia e lazer.
_Não se ponha no lugar dos renegados, seu papel é mais importante, sua classe é superior, sua tia o sustentará.
_Escute seu tio Remy! – bradou Jeane pela cozinha.
_Não se iluda tio, tia Jeane já passou por várias dificuldades, aprendi em enfrentar minhas necessidades. Isto aparentemente pode ser sustentável, existe a alta sociedade, algo além disso deve ser conquistado. Devo seguir meu destino como mutante.
_Siga seu destino como um homem qualquer. – tocou-lhe os ombros – você deve ser internado e permanecer aqui.
_Minhas habilidades não se restringirão neste espaço tio, – soltou-lhe das mãos - devo usar meu poder para conquistar o meu apogeu.
_Como? Roubando? Suspeito da polícia? – exauriu-se ao tomar um jornal ao lado e apontar para Remy que era tido como um suspeito de um crime.
Gambit toma o jornal e o lança na lareira.
_Escute tio. - tomou-o pela gola. Jean Luc o frisava remoendo os dentes – Não aceitarei esta proposta tola, isto só me afasta do meu apogeu. – soltou.
_Remy! – espantou Jeane.
_Não tem recursos Remy? – Gambit encaminhava para porta.
_Encontrarei!
_O Apogeu é seu destino! – bradou de longe.
Gambit encerra a porta aborrecido.
_O que deu nesse garoto. – afagou o rosto preocupado ao se vira para lareira.
No fundo Jean Luc sabia que Remy deveria de fato encontrar seu destino.

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