domingo, 16 de dezembro de 2012

Gambit&Morlocks


EPISÓDIO 10


Em algum restaurante popular da cidade Remy tentava entrar. A entrada de mutantes era proibida, o ocorrido lhe parecia comum, seu nome foi identificado quando se recusou tirar os óculos, que era usado mesmo durante a noite. Cansado Remy retorna, o objeto é posto no bolso, havia saído sem a moto, andando pela rua, pouco próximo da saída do restaurante e ao atravessar um poste, alguém o chama:
_Ei.
Remy se vira surpreso. A pessoa que antes oculta pela sombra se desencosta do poste e se aproxima.
_Percebi que não o deixaram entrar.
_Caia fora! - tornou a andar o ignorando.
_Espere, suponho que seja um mutante, seus olhos o discriminam. Eu também sou, pode reparar.
O sujeito alheio possuía um palitó escuro pele morena. Remy estaciona os passos e o observava com mais atenção, ignorando continuou a andar.
_Conheço um local interessante onde os mutantes são aceitos. Remy agora interessado pergunta:
_Onde?
_Antes preciso saber qual é o tipo de seu poder e o seu nome. Os riscos no local pode o impedir alguma cilada.
_Sou Gambit. Use seu poder primeiro, deve possuir um poder especial.
_Claro.
No mesmo instante uma neblina de fumaça se estende às vistas de Remy, por trás alguém o toca.
_Sou noturno. - Remy vira assustado.
Uma nova neblina se forma e Noturno desaparece e reaparece ao seu lado direito.
_E ai, qual é a sua?
_Absorvo eletricidade, um acidente natural ocasionou a alteração da cor nos olhos e a formação de uma placa condutora de energia em meu braço direito. Algumas vezes, ao tocar em metais com minha alta adrenalina mental ou por fricção, consigo identificar o poder. A energia é formava nitidamente ao redor dos objetos pela quebra de rigidez dielétrica.
_Afinal, o que você faz?
_Sou perito em furtos, mutante, perseguido e faço parte da liga dos ladrões, mais conhecida como os Morlocks.
_Conheço o grupo. Devo admirar, ma não uso meus poderes para roubos.
_Conhece o caminho?
_O local não é muito distante. Já o vi por lá antes.
_Marauder's club?
_Algumas vezes já o encontrei por lá. Conheço uma mutante, o garçom Jeffrey! 
Alguns segundos se passam, Gambit tentava sacar a charada e finalmente recorda:
_Então você conhece a Mística? Não é de se estranhar.
_Não sou freqüentador do clube.
_Antes preciso de ir à uma loja de conveniência por perto. – sugeriu Gambit.
Uma loja de conveniências não muito distante é acessada. O ambiente interno pouco freqüentado pelos clientes preservava um silêncio inerente daquela noite. Gambit e Noturno pareciam ser mais suspeitos do que clientes, sua iris vermelha tão-pouco foram identificados pelo funcionário do caixa que se assustou ao observá-los.
_O que irá comprar?
            As quatro câmeras instaladas em cada canto das paredes talvez identificassem através das imagens em preto e branco algum foco negro dos olhos do cliente e a aparência esquisita do mutante, um lume excepcional que o transformasse em um verdadeiro suspeito. O funcionário da cabine superior, porém, percebia as câmeras assustado. As câmeras foram todas identificadas.
_Apressa-se, estamos sendo observados.
Quatro cartas foram tiradas do bolso.
_Afaste-se.
Um giro em torno de si liberou as cartas para cada câmera do local, na parte superior os monitores são desativados. O funcionário assusta ao observar as telas sem transmissão e ativa o alarme. As portas e as janelas metálicas são acionadas, impedindo todas as saídas tal como nos sistemas usados em navios contra   naufrágios. Foi usado a fim de impedir a fuga. Do lado de fora Noturno surge, Gambit anda à frente.
_Ei, eu disse que não roubo.
_Não suportaria ficar preso no interior da loja!
_Dinheiro para apostas?
_Não aposto.
_Justiceiro?
_Talvez.
_Vamos
No caminho Noturno revela:
_Conheço alguém interessado em reunir alguns ladrões para um eventual plano.
_Quem?
_Seu nome é Byron.
Marauder's clube era um local fechado e discreto da região, tornou-se um ponto popular, muitos vilões se reuniam no clube, outros jogavam cartas e a maioria eram mutantes. O papo decorria e Remy explicava seu objetivo em conquistar um lugar independente.
_Diga-me sobre Byron?
_Está planejando um crime estratégico. Precisa de alguém para se aliar. Por aqui. – identificou o vilão que se assentava em uma das cadeiras.
_Parece estar sozinho. – apontou ainda de longe.
_Direi sobre o plano.
_Vá em frente, nos encontraremos outra hora. – desapareceu.
Gambit se aproximava de Byron, este usava um terno com detalhes roxo, tal como o cachecol que lhe saia pelo peitoral. Alguns braceletes prateados harmonizavam com os detalhes dos cinco anéis de seus dedos. Usava cabelos frisados, rosto frio, este atende ao percebê-lo assentar-se.
_Drogas, armas, bebidas? – perguntou como já soubesse de seu interesse assim como muitos mutantes freqüentadores do clube.
_Crime!
_Excitante. – disse por um olhar sólido e indiferente – Seu nome?
_Sou conhecido como Gambit.
_Especialidade?
_Sou perito em furtos, artes marciais, absorvo eletricidade usando cartas de baralho, é uma insígnia particular.
_Interessante. - tomou um gole da taça de vinho.
_Tenho estudado sobre um cruzeiro marítimo pelo oceano Atlântico. – continuou - Este navio possui uma tecnologia que permite bloquear as passagens internas por proteções metálicas a fim de impedir uma suposta inundação interna. De tal modo que existem duas saídas de emergência em casos de vazões. É uma tecnologia frequentemente usada em lojas contra furtos. Este sistema está aplicado em um salão subterrâneo do navio Apotheosy Atlantic. Uma equipe deverá ser formada para o planejamento do crime. Outras três pessoas deverão ser encontradas para o embarque e um piloto de lancha para a fuga, posso direcioná-lo como líder do crime. Estes são meus dados. – entregou-lhe um pequeno envelope preto que continha seu cartão de visita.
Algum tempo depois ainda no clube Gambit se concentrava para fazer sua aposta.
_Dobro. - propôs após a dispensa de quatro jogadores da mesa por uma alta quantia em dinheiro.
Seu adversário descarta as cartas, uma seqüência de três quatros e dois reis, um fullen, porém os quatro reis seguidos de Gambit o tornou vencedor da rodada milionária de pocker, as fichas são recolhidas em seguida. Na pista de dança, Gambit tenta reanimar o público, sua energia é concentrada ao máximo, a eletricidade da pista acaba de súbito absorvida para as mãos do mutante, as luzes se apagam, um urro de voz surgia sobre a queixa do público tal como os dançarinos que reclamavam em direção a cabine do Dj que tão-somente emitia alguns feches verdes aleatórios. No mesmo instante uma luz roxa produzia uma claridade pela energia da eletricidade envolvida sobre a Dama de ouros na mão de Gambit:
_Bebida gratuita até meia-noite, hoje é por minha conta.
O pessoal comemora, Gambit libera a energia absorvida, os flash’s de luzes retornam ao normal e o som ao seu ritmo, a festa continuava.
Um roubo estava perto em ser feito. O cruzeiro marítimo seria o primeiro passo do plano. Um dos criminosos do Marauder's club, foi apresentado ao mutante. O plano foi proposto. Outros três mutantes deveriam ser encontrados, além destes, o piloto de fuga.
Inicialmente os Morlocks foram convidados por Gambit para uma partida de cartas, fariam o pior roubo daqueles tempos. Facad, homem de porte médio, cabelos escuros e cavanhaque, um dos principais jogadores de cartas junto com Lucid, cabelos loiros de olhos castanhos, se uniram com Gambit e os outros na parte superior do salão onde era a área específica para jogos de cartas. A explicação é dada durante o jogo de pocker:
_Um navio será o alvo, preciso da equipe para desenvolvermos um crime idealizado por Byron. O plano será bastante minucioso devemos nos unir em sua mansão amanhã às oito da matina.
Leech distribui as três primeiras cartas sobre a mesa. Muitas fichas se aglomeravam em torno dos jogadores.
_Aposto. – disse Lucid quando tão-somente permanecia Facad como seu adversário após muitos abandonarem a partida.
_Dobro. – Leech abre a última carta.
_Aumento.
_Pago!
Facad ganha com uma seqüência de cores.
_Usou seu poder para identificar meu blefe.
_Não uso meu poder em jogo.
_Então continue... – disse Leech ao por sobre a mesa as próximas cartas.
_Três pessoas deverão ser incluídos no embarque.
_Leech e Masque serão percebidos facilmente. – disse Lucid.
Em uma outra rodada Caliban paga a aposta, Masque sai vencedor.
_Caliban, Lucid e Facad me acompanharão. – continuou Gambit.
_Não posso. – disse Caliban – Tenho outros assuntos à tratar.
_Calisto ex-líder dos Morlocks? – sugeriu Masque.
_Tenho outra sugestão. – disse Gambit ao ganhar a rodada.
Em uma outra hora pelo salão ocorria muita bebida, conversas e jogos. Um dos clientes sentava sobre uma das mesas sociais. Um arranjo discreto de flor se posicionava ao lado de um cardápio, um porta lenços e uma jarra de bebida sobre um jarro de gelo. O cliente após degustar um delicioso aperitivo acompanhado do drinque exige a recolhida dos talheres. O garçom se aproximava, servia a mesa ao recolher os objetos, uma carteira de couro estava ao lado das taças. Movimentos ágeis iam recolhendo os talheres. Sem que o cliente percebesse o garçom arrasta a carteira até a bandeja e em frações de segundos fecha a tampa. Saiu andando discretamente. Em seu sinete inseria-se o nome Jeffrey.
Após abrir a carteira Mísitica se assusta tornando-se à sua aparência normal ao notar a ausência do dinheiro. Por dentro havia apenas um bilhete que dizia: “Me encontre no Coquetel club às 10:00 horas, estarei te  aguardando”.
Pelo salão Gambit andava contando o dinheiro pego da carteira. No mesmo instante ele é paralisado. A durabilidade do poder durou pouco produzido em um mutante tal como Gambit. Em poucos segundos tornou-se a movimentar. Virou para trás surpreso:
_Masque?
O velho amigo usava uma túnica cobrindo parte de sua cabeça, folheava as cédulas enquanto Gambit lia o bilhete substituído em sua mão pelas cédulas.
_Lancha arrius Gt turbo, ilha Nantucket ?
_Mais o combustível? – acrescentou Masque ao retirar a túnica. Possuía um semblante asqueroso.
_O que é isto?
_Trabalhei muitos anos com barcos, posso fazer uma fuga em alto mar após o crime. Aceito a grana em troca do serviço.
_Nos encontraremos na mansão de Byron.

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